One Piece | Como o arco de Egghead pode melhorar o anime?
O anime de One Piece retornará neste mês para adaptar a parte 2 do arco de Egghead após um hiato de seis meses. O post One Piece | Como o arco de Egghead pode melhorar o anime? apareceu primeiro em O Vício.

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O anime de One Piece retornará neste mês para adaptar a parte 2 do arco de Egghead após um hiato de seis meses. A evolução que o anime teve nos últimos anos foi impressionante, e nunca houve um hiato tão longo em toda sua história. A Toei Animation usou esse tempo para renovar sua qualidade de animação e outros aspectos relacionados à sua produção.
A dedicação dos produtores em entregar uma experiência melhor com o anime deixou uma grande expectativa para o retorno de One Piece. Mas será que as mudanças no arco de Egghead vão se resumir apenas a uma animação bonita ou terá algo a mais?
Onde o anime parou?

O anime seguiu com o arco de Egghead até o episódio 1122, que adaptou o capítulo 1088 do mangá. A parte 1 de Egghead apresentou um battle-royale de vários eventos importantes de One Piece acontecendo ao mesmo tempo. Entretanto, a parte 2 vai voltar a focar apenas na trama principal do bando do Chapéu de Palha.
Depois de resolver a questão do traidor e os Seraphins, Luffy e seus aliados precisam proteger o Dr. Vegapunk do Governo Mundial. A fuga deles não será fácil, já que uma frota da Marinha liderada por Kizaru e o Gorosei São Jaygarcia Saturn se aproxima do local. Nesse conflito, veremos Luffy ter a sua revanche contra Kizaru, o passado de Kuma, o segredo dos Gorosei e várias informações sobre o Século Perdido.
Horário de exibição

One Piece vai continuar sendo exibido aos domingos, mas em um horário diferente. Antes do hiato, os episódios do anime eram exibidos na programação matinal do Japão, agora ele vai ser transmitido de noite, às 23:15 (11:15 no horário de Brasília). A Toei Animation mudou o horário de One Piece para eles não ficarem se preocupando com censura.
A programação matinal exige que todos os animes exibidos dentro desse horário sejam mais leves, já que a maioria dos seus espectadores são crianças. O anime de Dragon Ball Super teve muitas censuras por causa desse horário. Seus espectadores devem lembrar que os personagens sempre cuspiam saliva ao invés de sangue nas cenas de luta.
Provavelmente, uma boa parte da audiência de One Piece é a mesma que acompanha a série desde o seu início, que seriam jovens adultos de 20 a 30 anos nos dias atuais. Com isso em mente, a Toei deve ter planos para trazer um estilo que se enquadre em todas as faixas etárias do anime, incluindo as mais novas e as mais velhas.
Uma das vantagens de exibir o anime de noite é que não será preciso alterar os traços de personagens monstruosos, como os Gorosei, para algo mais “fofinho”. Em suas formas reais, os Gorosei apresentam traços de criaturas demoníacas, que talvez não seriam adequados à faixa matinal. Nesse caso, os produtores teriam que fazer leves alterações para os vilões não serem tão assustadores igual são no mangá.
Além disso, One Piece também pode passar por censuras de sangue dependendo do nível de violência da cena. Por exemplo, em Marineford, o anime censurou a cena em que Barba Branca teve metade da sua cabeça incinerada. Na programação noturna, o anime terá liberdade para apresentar o mesmo nível de violência do mangá ou ir até além caso isso enriqueça a cena adaptada.
Uma animação melhor

Quando o anime chegou no arco de Wano, One Piece passou por uma grande mudança artística, com a direção de Tatsuya Nagamine, o diretor de Dragon Ball Super: Broly. O filme de Broly chamou muita atenção por resgatar aquele estilo de animação clássico dos anos 90 para uma versão mais moderna.
Eventualmente, a Toei gostou tanto do estilo de Nagamine que deixou a direção de Egghead em suas mãos após Wano. Os outros nomes que se destacaram dentro dessa equipe, como Megumi Ishitani, Vincent Chansard, Akihiro Ota e Henry Thurlow, também contribuíram bastante para a animação da franquia ficar cada vez melhor.
Chansard e Ota foram alguns dos animadores que desenvolveram aquelas viradas de câmeras bem fluidas (como nos episódios 1038 e 1048) e aqueles traços distorcidos de Luffy (como nos episódios 1049 e 1072). Já Ishitani é a famosa diretora que cuidou dos episódios considerados “nível filme” (como o 1015, 1072 e o especial Fan Letter). Sempre que ela é escalada para dirigir um episódio, os fãs do anime já ficam super empolgados.
Sob a tutela de Nagamine, esses animadores incorporaram os poderes de One Piece, usando os efeitos de Super Saiyajin como referência. Não é à toa que os efeitos especiais de Wano começaram a ser comparados com os de Dragon Ball. Mas eles sabem como usufruir da sua referência para criar efeitos inovadores em vez de simplesmente copiar outros animes.
Cada personagem recebeu seu próprio efeito: Kaido emana a energia de um monstro frio, Robin uma energia graciosa, Zoro uma energia flamejante, Kid uma energia estática e Luffy uma energia cheia de cores positivas. Caso a Toei consiga ir além do seu nível atual de animação, podemos esperar efeitos mais surpreendentes ainda nas lutas de Egghead.
Mudanças na adaptação

Muitos fãs de One Piece já criticaram a adaptação do anime pelo seu ritmo lento e enrolado. Essa é uma das desvantagens de adaptar apenas um capítulo por episódio em vez de dois ou três, mas, no arco de Egghead, o anime conseguiu melhorar nesse quesito ao se aproveitar das cenas cortadas.
Devido ao cronograma apertado do mangá, às vezes, Eiichiro Oda costuma partir de um ponto para outro sem explicar algumas questões em aberto. Isso aconteceu muito em Egghead, quando a história retomou a luta dos Chapéus de Palha. A princípio, eles estavam separados pela ilha e enfrentando os Seraphins, mas depois o bando todo já estava reunido e com a situação sob controle. Oda não chegou a dizer qual dos inimigos atacou Robin, quem resgatou Vegapunk ou como o bando prendeu York nesse ínterim.
Durante a parte 1 de Egghead, o anime adicionou algumas cenas extras que não tinham no mangá. Vimos como foi o processo de transformação de Lucci, o futuro previsto por Shanks, como Garp derrubou Sanjuan Wolf no mar e uma versão estendida da luta de Kuzan. Portanto, a parte 2 tem a chance de fazer o mesmo, incluindo os eventos que ocorreram fora de tela.
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One Piece é uma criação de Eiichiro Oda e começou sua serialização pela revista semanal Shonen Jump, publicada pela Shueisha, em 1997. Desde então, se tornou um sucesso comercial e crítico em todo o mundo, com muitos dos volumes quebrando recordes de impressão no Japão. A obra conta com 111 volumes até o momento.
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