Novo lançará Dallagnol ao Senado em 2026, diz presidente do partido

Eduardo Ribeiro diz que a Casa Alta “se apequenou” contra o STF; o ex-Lava Jato teve mandato como deputado cassado em 2023

Abr 8, 2025 - 12:00
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Novo lançará Dallagnol ao Senado em 2026, diz presidente do partido

O partido Novo irá lançar o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (PR) ao Senado em 2026. O presidente da legenda, Eduardo Ribeiro, afirmou em entrevista ao Poder360 que a Casa Alta será uma prioridade nas próximas eleições.

O ex-procurador da Lava Jato se elegeu deputado federal pelo Podemos do Paraná em 2022, sendo o candidato mais bem votado no Estado, com 344 mil votos. No entanto, teve seu mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio de 2023. 

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Dallagnol se filiou ao Novo em setembro daquele ano depois de driblar o estatuto do partido, que proíbe a filiação de pessoas com ficha suja. A legenda, no entanto, teve o entendimento foi que o ex-procurador teve sua candidatura cassada, e não seus direitos políticos.

O TSE cassou o cargo do deputado por 8 anos depois de considerar que ele antecipou a demissão do cargo de procurador no Paraná para evitar uma punição administrativa do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que poderia torná-lo inelegível.

O Novo ensaiou lançar Dallagnol à Prefeitura de Curitiba, depois de despontar bem nas pesquisas. No entanto, desistiu da pré-candidatura em maio de 2024 e apoiou Eduardo Pimentel (PSD), que acabou vencendo a disputa.

NOVO FOCA NO SENADO 

Além de Deltan Dallagnol, o Novo vai tentar emplacar outros nomes ao Senado, como os deputados federais Marcel van Hattem (RS) e Ricardo Salles (SP).

A este jornal digital, Eduardo Ribeiro disse que a Casa Alta se “enfraqueceu” e “apequenou” nos últimos anos em casos de supostos excessos do STF (Supremo Tribunal Federal). A íntegra da entrevista irá ao ar no sábado (12.abr).

O Senado Federal enfraqueceu muito do ponto de vista institucional, se apequenou diante dos arbítrios do Supremo Tribunal Federal e, certamente, a eleição do Senado será a pauta da eleição, sobretudo, para que os candidatos se posicionem em favor do impeachment de ministros”, disse.

ZEMA GANHA FORÇA 

Apesar de considerar prematura a definição de candidatos à Presidência em 2026, Ribeiro defende lançar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao Planalto caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não consiga reverter a inelegibilidade.

O presidente do Novo defendeu uma “frente ampla” em torno do ex-presidente caso ele chegue às urnas, mas se isso não acontecer, declarou ser “absolutamente essencial” que a chapa da direita conte com chefe do Executivo mineiro na sua composição.

Se o Bolsonaro não conseguir se viabilizar, [defendemos] uma pré-candidatura em torno do nome do Romeu Zema, para ser a opção da direita em 2026”, declarou.

Zema foi reeleito em 2022 no 1º turno em Minas Gerais –o 2º maior colégio eleitoral do Brasil. Ribeiro afirma que o liberal ajudaria a definir o voto do “swing state”– em referência aos Estados-pêndulo das eleições dos Estados Unidos.

Ter um candidato, um futuro candidato, um ativo eleitoral como é o Romeu Zema, representando esse Estado, trazendo esses votos dessa população para o campo da direita, para uma chapa da direita, é absolutamente essencial, declarou Ribeiro.

O TSE tornou Bolsonaro inelegível em 2023 por 8 anos por abuso de poder político. Apesar da negativa, ele insiste em se colocar como candidato em 2026 e nega qualquer discussão sobre sucessão. O ex-presidente também é réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.

Em uma demonstração de força, o ex-presidente reuniu 7 governadores no ato pela anistia a presos pelo 8 de Janeiro. Dentre eles, Zema, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Zema– todos cotados para suceder Bolsonaro em 2026.

Assista (1min):