Nova geração está a mudar o mercado das marcas e esta influenciadora com pai português é exemplo disso

A forma como os influenciadores digitais se tornam empreendedores, sobretudo nas áreas da moda e beleza, está a mudar. Uma nova vaga de criadores — como Morgan Stewart (Renggli), Aimee Song (Amiya), Cass DiMicco (Aureum Collective), Mary Orton (Chord) e Lindsay Silberman (Hotel Lobby Candle) — está a lançar marcas com uma abordagem mais cautelosa e estratégica do que a geração anterior.

Ao contrário das marcas impulsionadas pelo hype e apoio de investidores ou de grandes retalhistas, estas novas empresas de influenciadores tendem a ser autofinanciadas, com lançamentos discretos e crescimento intencionalmente mais lento.

Este novo paradigma tem chamado a atenção dos investidores. A Slow Ventures criou recentemente um fundo de 60 milhões de dólares (cerca de 54 milhões de euros) dedicado a marcas lideradas por criadores. Mikayla Nogueira, uma influenciadora americana com pai português, é um desses exemplos, tendo obtido financiamento da Imaginary Ventures, que apoiou marcas como Skims e Glossier, segundo o site Business of Fashion. “Toda a liberdade criativa” foi uma das condições que a influenciadora valorizou no acordo.

@mikaylanogueira This is just the beginning for @pointofview ♬ original sound – Mikayla Nogueira

Ao contrário da era dourada das marcas de influenciadores dos anos 2010, marcadas por parcerias comerciais de alto risco e sucessos efémeros, esta nova geração procura estratégias mais sólidas, onde a autenticidade e o envolvimento orgânico nas redes sociais têm maior peso.

Mais do que o alcance do público, o verdadeiro trunfo destes criadores está no profundo conhecimento da sua comunidade, valorizando um sentimento de pertença nos seus seguidores.