Nintendo Switch 2 x Switch: o que muda no novo videogame em termos técnicos?

Com o anúncio do Nintendo Switch 2, muito é debatido sobre como a experiência geral do novo console híbrido será melhor em comparação à primeira versão. Quase um dinossauro nesta geração, o Switch está presente no nosso cotidiano há 8 anos e já estava atrás do PS4 e Xbox One, mas com a chegada do PS5 e Xbox Series, em 2020, essa diferença se tornou ainda maior.

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Junto às diversas informações sobre o novo videogame e seus recursos, uma breve apresentação tratou de mostrar mais detalhes sobre o salto tecnológico que ele representa e como isso será visto durante a jogatina. Ou seja, a companhia buscou sanar uma dúvida que persistia há algum tempo: valerá mesmo a pena trocar o antigo pela versão mais recente ou continuará defasado?

Para responder essa dúvida, o Canaltech reuniu todas as especificações técnicas do Nintendo Switch 2 e vai compará-las com as do primeiro. Afinal de contas, é necessário saber se ele será tão melhor do que o original ou ainda fica para trás dos principais consoles disponíveis no mercado. 

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Switch 2 vs Switch original: comparativo físico

Antes de salto de desempenho, jogos sendo processados de forma mais velozes ou coisas do tipo, a primeira coisa que você fará com o Nintendo Switch 2 será pegá-lo em suas mãos e sentir as diferenças em relação ao tamanho do console, tela, Joy-Con, peso e outras atribuições básicas. Logo, vamos falar um pouco sobre as diferenças entre ambos nesses aspectos:

Como podem notar, o ponto mais gritante sobre o Nintendo Switch 2 é o tamanho de sua tela. Ele usará um modelo LCD de 7,9 polegadas que está acima do que vimos no modelo básico (que possui apenas 6 polegadas) e no OLED (que, apesar de ter um display de melhor qualidade, seu tamanho é de 7 polegadas). 

De acordo com a companhia, isso garantirá o dobro de pixels na tela do videogame em comparação ao original e possivelmente trará uma acessibilidade maior para ler as letras miúdas que existem na interface de alguns jogos.

Isso também impacta no próprio tamanho do Nintendo Switch 2. Prometendo uma ergonomia maior, o console híbrido terá 11,43 cm de altura, 27,17 cm de comprimento e 1,3 cm de largura. Definitivamente maior que os antecessores, a ideia é que isso auxilie na distribuição dos botões nos Joy-Con 2 e das funções básicas do console (que agora conta com uma segunda porta USB-C para acessórios). 

Além disso, o console pesará pouco menos de 400 gramas com os controles encaixados. Neste aspecto, ele é consideravelmente mais pesado do que o Switch original e o OLED (porém, mais leve que o Steam Deck e ROG Ally X). Não foi revelado se isso causará desconforto em longas sessões de jogos, mas é notável que a diferença poderá ser sentida de algum modo. 

Já em relação à qualidade da imagem, não restam dúvidas que o Nintendo Switch 2 deu passos mais largos em relação aos antecessores. Na dock, ele terá suporte à resolução até 4K, enquanto no modo portátil vemos seu padrão em 1080p. Tanto o primeiro console quanto a versão OLED seguiam em 720p em ambas as condições. Além disso, o novo videogame terá suporte a upscaling por hardware, HDR10 e VRR de até 120 Hz (em monitores e TVs compatíveis).

Switch 2 vs Switch original: comparativo de hardware

A Nintendo não divulgou o que veremos dentro do Nintendo Switch 2, mas a NVIDIA já informou que o console terá chip 10x mais poderoso que o do original. Com isso, o novo console poderá rodar todos os maiores jogos que foram lançados recentemente, com qualidade gráfica entre o PS4 e PS4 Pro. Graças a isso, poderemos jogar Cyberpunk 2077, Elden Ring, Street Fighter 6 e diversas outras experiências no novo videogame.

Oficialmente, a página do Switch 2 informa apenas que ele terá um SoC NVIDIA customizado. Por outro lado, rumores indicam que esse componente pode ser o Tegra T239, que será mantido em nossa comparação para fins informativos. 

Neste caso, o Switch 2 vem equipado com processador Cortex A78C (com 8 núcleos e design ARM) e uma GPU de arquitetura Ampere (1.536 núcleos CUDA, 48 núcleos Tensor e 12 núcleos de ray tracing) com 3,1 TFLOPS. Isso garantiria um desempenho similar ao visto na RTX 2050 Mobile. 

É notável que o Nintendo Direct não nos trouxe informações sobre ray tracing, mas a própria NVIDIA também confirmou que o console híbrido usará a tecnologia de upscaling para aprimorar a qualidade de seus jogos (assim como o DLSS faz nos PCs). Mesmo sem mostrarem como isso se portará em diversas experiências, a expectativa é que melhore também o que já temos em títulos lançados na geração anterior. 

Caso se confirme o SoC NVIDIA Tegra T239, também será notado que ele possui 3 vezes mais memória RAM e 4 vezes mais largura de banda quando está na dock. Além disso, a utilização da tecnologia LPDDR5X garante uma velocidade maior e mais eficiência energética.

Detalhes importantes entre gerações

A Nintendo também revelou diversas diferenças que vão melhorar a experiência dos jogadores no Nintendo Switch 2. Uma delas é um aumento expressivo no armazenamento interno, que irá de 32 GB no modelo comum e 64 GB no OLED para 256 GB no novo videogame. Porém, para expandir, será exigido um microSD Express Card (XC).

O novo modelo usará bateria de lítio de 5.220 mAh, um pouco maior do que as vistas no Switch comum e OLED (que é de 4.310 mAh atualmente). Porém, enquanto a estimativa dos antigos é de duração que vai de 4,5 horas a 9 horas; o novo apresenta uma estimativa de 2 horas a 6,5 horas de jogo — até 55% menor em relação ao original.

Segundo as informações da Nintendo, isso dependerá bastante dos jogos que estiverem em execução e do tipo de recursos usados durante a experiência (multiplayer online, acessórios conectados ao USB-C, som mais alto entre outros). Se o upscaling estiver acionado em 100% das experiências, isso também pode impactar diretamente no consumo da bateria. 

Um detalhe relevante e que deve ser levado em consideração é que o Nintendo Switch 2 utilizará Wi-Fi 6. Os antigos utilizam a conexão mais básica, então pode esperar não apenas por downloads mais velozes (em modem/roteador compatível), mas também por transferência de dados pela nuvem e streaming ágeis e fluídos. 

O Nintendo Switch 2 é definitivamente melhor

Como o nome sugere, o Nintendo Switch 2 é uma versão muito melhor do que a primeira versão já oferecia. Isso é notável nos próprios vídeos de seus jogos, que demonstram um grande salto de desempenho visual e técnico. Este aspecto pode agradar não apenas nas próprias experiências first-party, mas também no apoio de estúdios parceiros: que devem continuar trazendo ports para o console híbrido nos próximos anos. 

Ainda que tenha um excelente hardware e jogos, uma coisa que deixou a desejar é o suporte a apps externos. Esse tópico sequer foi mencionado no anúncio, o que indica que continuaremos vendo o videogame sem aplicativos de streaming como Netflix, Disney+, Prime Video e outros. A Twitch seria uma excelente adição, principalmente agora que trouxeram a Nintendo Switch Camera, mas o silêncio preocupa em relação ao que virá.

A bateria é melhor, mas sua eficiência energética preocupa bastante. Se levarmos em consideração todo o debate recente que tivemos em torno dos demais consoles portáteis disponíveis no mercado, ter apenas 2 a 6,5 horas de game será um grande ponto positivo. A estimativa já prepara o público para passar de novo pelo problema de tentar jogar em uma tarde inteira de sábado e domingo e não conseguir (ao menos não sem carga constante). 

Mesmo com diversas novidades e melhorias, é notável que o Nintendo Switch 2 trará grandes acertos e alguns erros no seu lançamento. Recomenda-se que equilibre bem como estes detalhes podem impactar você e sua experiência antes de fazer a sua pré-venda, para não ter arrependimentos ou gastar mais do que tem no bolso agora, principalmente se há outras prioridades na sua vida.

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