“New Yorker”, a revista centenária que olha para a frente

O universo editorial americano tem na revista “New Yorker” um ícone do jornalismo de fôlego, onde as contribuições literárias ombreiam com cartoons, humor acutilante e uma poderosa máquina de ‘fact-checking’.

Mar 8, 2025 - 14:20
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“New Yorker”, a revista centenária que olha para a frente

Há cem anos, Nova Iorque ainda não era Nova Iorque quando, na semana de 21 de fevereiro, aterrou nas bancas uma revista de 32 páginas. Na capa, um dandy desenhado por Rea Irving, o artista gráfico que imortalizou a tipografia da “New Yorker”. O traço ficava na retina, assim como a pose afetada do dandy, observando uma delicada borboleta através da lente do seu monóculo. That’s all. Nenhum título, chamada de capa, o que quer que fosse que fizesse luz sobre o conteúdo. E quem arriscasse pagar 15 cêntimos de dólar para saciar a curiosidade, iria passear-se por uma longa avenida de cartoons, caricaturas, anúncios de livrarias, espetáculos da Broadway, perfumes franceses e gravatas inglesas. E muito, muito texto.

Logo na abertura, uma espécie de “declaração de princípios” dava o mote. Esta é uma revista que leva a sério os seus princípios, mas que não irá coibir-se de os pôr em causa. Acima de tudo, quer dar nota do que se passa na cidade, “registar factos e assuntos quotidianos, com bonomia, humor e sátira”. Para isso irá contribuir Eustace Tilley, o tal dandy que viria a figurar em todas as capas de aniversário da revista, de 1925 a 1994.

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