Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos 

A empresária pediu ao presidente do Banco Central que não antecipe novas altas na Selic, que hoje encontra-se no patamar de 13,25% ao ano The post Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos  appeared first on Seu Dinheiro.

Fev 17, 2025 - 18:40
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Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos 

Em um dia marcado pela queda na curva de juros futuros (DIs), as ações do Magazine Luiza (MGLU3) despontam entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (17).

Por volta das 12h35, os papéis da varejista subiam 5,83%, cotados a R$ 7,81. No ano, MGLU3 acumula valorização da ordem de 20%.

O Magalu não é a única varejista a operar no azul hoje. Na realidade, as ações cíclicas — caso das empresas ligadas ao consumo e dos negócios alavancados por natureza — sobem em bloco hoje, em reação à abertura na curva dos DIs.

Magazine Luiza (MGLU3) e as maiores altas do Ibovespa hoje:

NomeTickerÚltimoVariação %
Automob ONAMOB3R$ 0,297,41%
YDUQS ONYDUQ3R$ 12,326,67%
Magazine Luiza ONMGLU3R$ 7,815,83%
Cosan ONCSAN3R$ 7,965,01%
Vamos ONVAMO3R$ 5,255,00%
Assaí ONASAI3R$ 7,824,55%
Minerva ONBEEF3R$ 4,744,87%
CVC Brasil ONCVCB3R$ 2,064,04%
Localiza ONRENT3R$ 33,024,46%
Lojas Renner ONLREN3R$ 14,254,40%
Fonte: Investing.com às 12h35

O alívio nos juros futuros reflete as novas perspectivas de desaceleração da economia após a divulgação da tradicional proxy do PIB medida pelo Banco Central, o IBC-Br, aquém do esperado.

A atividade econômica brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,8% mesmo depois de contrair mais do que o esperado em dezembro, mostrando que perdeu força no quarto trimestre, conforme projetado.

O indicador contribui para as expectativas de que o BC não estenderá o ciclo de alta de juros por tanto tempo. 

Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, mas já conta com mais uma alta de 1 ponto percentual contratada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em março, o que levará os juros para a marca de 14,25% a.a.

Segue no radar dos investidores ainda a queda brusca na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o Datafolha mostrar queda na aprovação do governo para o pior patamar de todos os mandatos do petista, um novo levantamento do Ipec revelou que 62% são contra a reeleição de Lula.

As alfinetadas de Luiza Trajano aos juros altos

O desempenho forte das ações do Magazine Luiza (MGLU3) nesta sessão também vem na esteira de novas críticas de Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magalu, à escalada dos juros

Em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última sexta-feira (14), a empresária pediu ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não antecipe novas altas na taxa Selic.

A executiva afirmou que as pequenas e médias empresas não conseguem mais “sobreviver” com um patamar de juros tão restritivo.

As críticas de Luiza Trajano aos diretores do Banco Central não são novidade. Em 2023, a presidente do conselho do Magazine Luiza também realizou apelos ao então presidente do BC, Roberto Campos Neto.

“Quero falar em nome do setor varejista, porque o varejo é o primeiro que sofre e o primeiro que demanda. A pequena e média empresa não aguenta mais sobreviver com isso, não tem condição. E é ela que gera emprego”, disse a executiva, em evento.

Galípolo, que também esteve presente no encontro, reconheceu a preocupação de todos com o país, mas sem deixar de defender que problemas estruturais precisam ser endereçados.

“Acho que muitas vezes somos críticos ao Brasil porque muitas vezes as transformações não ocorrem na velocidade e com a linearidade que a gente gostaria que acontecesse”, disse o mandatário.

Vale lembrar que apertos monetários mais intensos tendem a bater em cheio nas ações cíclicas, que operam com margens mais apertadas e dependem de crédito barato para crescer.

Diante de perspectivas de crédito mais caro em 2025, com diminuição da concessão de empréstimos e aumento da inadimplência, e de um aumento da taxa de desemprego no segundo semestre, o BB Investimentos rebaixou a recomendação para as ações do Magalu (MGLU3).

“Entendemos que a companhia segue com fundamentos positivos, mas sofrendo com os efeitos de um contexto macroeconômico menos favorável para as varejistas”, avaliaram os analistas. 

Isso porque o Magazine Luiza possui grande participação de mercado em produtos de maior tíquete, o que aumenta a dependência da disponibilidade de crédito para o aumento de suas receitas. 

*Com informações do G1 e do Money Times.

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