Negociações comerciais entre EUA e China já arrancaram em Genebra
O vice-primeiro-ministro da China, He Lipeng, manteve conversações com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na madrugada de sábado, em Genebra, informou a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua. Uma pessoa próxima das conversações confirmou à Reuters que estas estavam a decorrer. Após semanas de tensões crescentes que levaram a que os direitos aduaneiros […]


O vice-primeiro-ministro da China, He Lipeng, manteve conversações com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na madrugada de sábado, em Genebra, informou a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua.
Uma pessoa próxima das conversações confirmou à Reuters que estas estavam a decorrer.
Após semanas de tensões crescentes que levaram a que os direitos aduaneiros sobre as importações de bens entre as duas maiores economias do mundo ultrapassassem os 100%, as duas partes reuniram-se finalmente para conversações.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a China deveria abrir seu mercado para os EUA e que tarifas de 80% sobre os produtos chineses “parecem corretas”.
A China está no epicentro da guerra comercial global lançada por Donald Trump, que tem agitado os mercados financeiros, perturbado as cadeias de abastecimento e alimentado o risco de uma forte recessão económica mundial.
Washington quer reduzir o seu défice comercial com Pequim e convencer a China a renunciar ao que os EUA dizem ser um modelo económico mercantilista e a contribuir mais para o consumo global, o que implicaria, entre outras coisas, reformas internas dolorosas.
Pequim resiste a qualquer interferência externa na sua trajetória de desenvolvimento, pois considera que o avanço industrial e tecnológico é crucial para evitar a armadilha do rendimento médio. Quer que Washington elimine os direitos aduaneiros, especifique o que quer que a China compre mais e seja tratada como igual na cena mundial.