'Minha mãe estava estirada no chão', diz filho de vítima de feminicídio no Sol Nascente

Valdete Silva Barros, de 46 anos, foi morta no sábado (19). Defesa de José Ribamar Cunha Pereira, suspeito e companheiro da mulher, afirmou que morte foi 'resultado de um acidente, que não houve qualquer briga com a vítima nem sequer qualquer intenção de machucá-la'. Valdete foi encontrada morta com sinais de violência no quintal da casa onde morava, no Sol Nascente. TV Globo/Reprodução O filho da catadora de recicláveis, Valdete Silva Barros, de 46 anos, morta na manhã de sábado (19), no Sol Nascente, disse que encontrou a mãe morta no quintal de casa (veja vídeo mais abaixo). Segundo Igor Marxs, o local estava revirado. "Quando eu cheguei [na casa], minha mãe estava estirada no chão, com a facada na coxa esquerda. Dentro da casa tinha muita marca de sangue em cima da cama, no chão, a casa toda revirada. Então, certamente houve uma briga entre eles", diz Igor Marxs. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O caso é tratado como feminicídio. Segundo a Polícia Civil (PCDF), o companheiro de Valdete, José Ribamar Cunha Pereira, se apresentou na delegacia e teria confessado o crime. Ele liberado após prestar depoimento. Em nota, a defesa de José Ribamar Cunha Pereira afirmou que a morte de Valdete foi "resultado de um acidente, que não houve qualquer briga com a vítima nem sequer qualquer intenção de machucá-la" (veja íntegra no fim da reportagem). A polícia pediu a prisão preventiva do suspeito e a medida está sob análise e decisão do Poder Judiciário. Filho lamenta morte da mãe Filho de vítima de feminicídio encontrou mãe morta dentro de casa, no DF. Igor Marxs contou que morava em Feira de Santana, na Bahia, e veio para Brasília há cerca de seis meses para conhecer a mãe. O último contato entre os dois foi na manhã do dia anterior ao crime. "Eu dei um abraço nela, dei um beijo, me despedi. Quando foi de noite aconteceu essa tragédia", lamentou o filho. Relembre o caso Valdete foi encontrada morta com sinais de violência no quintal da casa onde morava, no Sol Nascente. De acordo com o boletim de ocorrência, ela tinha uma perfuração na coxa esquerda e havia muito sangue em vários cômodos da residência. A suspeita é de que a mulher tenha tentado sair de casa após ser ferida. Uma testemunha contou à polícia que a mulher sofria agressões físicas frequentes por parte do companheiro. Segundo ela, vizinhos já haviam chamado a Polícia Militar do DF em outras ocasiões por causa das brigas do casal. Ainda segundo a testemunha, houve uma discussão entre o casal na noite anterior ao crime. Feminicídios em 2025 no DF Relembre outros casos: 5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural; 15 de fevereiro: Gilvana de Sousa, entre Taguatinga e Samambaia; 15 de janeiro: vítima ainda não identificada, em Planaltina (em investigação); 24 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina; 26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro; 29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal; 31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto das Emas; 1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá; 8 de abril: Rosimeire Gomes Tavares, de 51 anos, na BR-040, altura de Santa Maria (em investigação); 9 de abril: vítima ainda não identificada, no Park Way (em investigação); 19 de abril: Valdete Silva Barros, no Sol Nascente.

Abr 21, 2025 - 18:35
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'Minha mãe estava estirada no chão', diz filho de vítima de feminicídio no Sol Nascente

Valdete Silva Barros, de 46 anos, foi morta no sábado (19). Defesa de José Ribamar Cunha Pereira, suspeito e companheiro da mulher, afirmou que morte foi 'resultado de um acidente, que não houve qualquer briga com a vítima nem sequer qualquer intenção de machucá-la'. Valdete foi encontrada morta com sinais de violência no quintal da casa onde morava, no Sol Nascente. TV Globo/Reprodução O filho da catadora de recicláveis, Valdete Silva Barros, de 46 anos, morta na manhã de sábado (19), no Sol Nascente, disse que encontrou a mãe morta no quintal de casa (veja vídeo mais abaixo). Segundo Igor Marxs, o local estava revirado. "Quando eu cheguei [na casa], minha mãe estava estirada no chão, com a facada na coxa esquerda. Dentro da casa tinha muita marca de sangue em cima da cama, no chão, a casa toda revirada. Então, certamente houve uma briga entre eles", diz Igor Marxs. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O caso é tratado como feminicídio. Segundo a Polícia Civil (PCDF), o companheiro de Valdete, José Ribamar Cunha Pereira, se apresentou na delegacia e teria confessado o crime. Ele liberado após prestar depoimento. Em nota, a defesa de José Ribamar Cunha Pereira afirmou que a morte de Valdete foi "resultado de um acidente, que não houve qualquer briga com a vítima nem sequer qualquer intenção de machucá-la" (veja íntegra no fim da reportagem). A polícia pediu a prisão preventiva do suspeito e a medida está sob análise e decisão do Poder Judiciário. Filho lamenta morte da mãe Filho de vítima de feminicídio encontrou mãe morta dentro de casa, no DF. Igor Marxs contou que morava em Feira de Santana, na Bahia, e veio para Brasília há cerca de seis meses para conhecer a mãe. O último contato entre os dois foi na manhã do dia anterior ao crime. "Eu dei um abraço nela, dei um beijo, me despedi. Quando foi de noite aconteceu essa tragédia", lamentou o filho. Relembre o caso Valdete foi encontrada morta com sinais de violência no quintal da casa onde morava, no Sol Nascente. De acordo com o boletim de ocorrência, ela tinha uma perfuração na coxa esquerda e havia muito sangue em vários cômodos da residência. A suspeita é de que a mulher tenha tentado sair de casa após ser ferida. Uma testemunha contou à polícia que a mulher sofria agressões físicas frequentes por parte do companheiro. Segundo ela, vizinhos já haviam chamado a Polícia Militar do DF em outras ocasiões por causa das brigas do casal. Ainda segundo a testemunha, houve uma discussão entre o casal na noite anterior ao crime. Feminicídios em 2025 no DF Relembre outros casos: 5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural; 15 de fevereiro: Gilvana de Sousa, entre Taguatinga e Samambaia; 15 de janeiro: vítima ainda não identificada, em Planaltina (em investigação); 24 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina; 26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro; 29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal; 31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto das Emas; 1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá; 8 de abril: Rosimeire Gomes Tavares, de 51 anos, na BR-040, altura de Santa Maria (em investigação); 9 de abril: vítima ainda não identificada, no Park Way (em investigação); 19 de abril: Valdete Silva Barros, no Sol Nascente.