Médico do Papa Francisco conta qual foi seu grande pesar nos momentos finais
No dia 21 de abril, o Vaticano anunciou a morte de Papa Francisco, aos 88 anos, em sua residência na… Esse Médico do Papa Francisco conta qual foi seu grande pesar nos momentos finais foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


No dia 21 de abril, o Vaticano anunciou a morte de Papa Francisco, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta. O líder religioso, que dedicou mais de uma década ao serviço da Igreja Católica, enfrentou desafios de saúde nos últimos meses, mas manteve seu compromisso com a fé e a solidariedade até os momentos finais.
Nascido Jorge Mario Bergoglio na Argentina, Francisco já apresentava fragilidades desde fevereiro, quando foi hospitalizado por bronquite. Dias depois, o diagnóstico evoluiu para pneumonia dupla — uma infecção que afeta ambos os pulmões —, exigindo internação de cinco semanas. Mesmo após receber alta em 23 de março, seu estado físico permaneceu debilitado, limitando suas atividades públicas. Apesar disso, continuou a participar de eventos essenciais, como as celebrações da Páscoa, uma semana antes de falecer.

O Dr Sergio Alfieri visto com o Papa Francisco em 2023
De acordo com o médico pessoal do pontífice, Dr. Sergio Alfieri, a causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiorrespiratório irreversível. O profissional relatou à imprensa italiana que, na madrugada do dia 21, foi acionado às 5h30 após o Papa apresentar perda de consciência. Ao chegar ao local, 20 minutos depois, encontrou Francisco consciente, porém sem reação a estímulos. “Seus pulmões estavam limpos, e ele recebia oxigênio, mas não havia mais resposta. Compreendi que não havia o que fazer”, explicou Alfieri.
Um detalhe emocionante veio à tona após o falecimento: o último desejo não realizado do pontífice. Na Quinta-Feira Santa (17 de abril), quatro dias antes de morrer, Francisco visitou uma prisão em Roma para o tradicional ritual de lavar os pés de detentos — um gesto que remete a Jesus Cristo lavando os pés dos discípulos na Última Ceia. Porém, devido à fraqueza física, ele não conseguiu realizar o ato pessoalmente. “Desta vez, não pude fazer isso”, lamentou ao médico, segundo relato publicado no jornal La Repubblica.
O ritual, incorporado por Francisco em seu papado, simbolizava sua visão de uma Igreja voltada aos marginalizados. Desde 2013, ele lavou os pés de refugiados, idosos, pessoas com deficiência e encarcerados, reforçando um legado de humildade. Para seus colaboradores, a impossibilidade de cumprir esse gesto na última Semana Santa representou uma profunda tristeza.
Dr. Alfieri destacou ainda que, mesmo com a saúde frágil, o Papa resistiu a abandonar suas responsabilidades. “Ele queria ser Papa até o último instante”, afirmou. Nas semanas finais, Francisco limitou aparições públicas, mas manteve encontros privados e orações, recusando-se a ser internado novamente. Sua determinação em continuar trabalhando, mesmo em meio a dores e limitações, impressionou até mesmo sua equipe médica.
A história de vida de Francisco, marcada por simplicidade e defesa dos pobres, ganhou um capítulo final cheio de simbolismo. Seu último gesto frustrado — a impossibilidade de lavar os pés dos detentos — reforça a imagem de um líder que, até o fim, priorizou gestos concretos de amor ao próximo, acima de qualquer formalidade.
Com informações detalhadas sobre sua saúde, divulgadas de forma transparente pelo Vaticano, o mundo pôde acompanhar não apenas a despedida de um líder religioso, mas também a trajetória de um homem que transformou princípios espirituais em ações tangíveis. Seu exemplo permanece como um marco na história recente da Igreja Católica.
Esse Médico do Papa Francisco conta qual foi seu grande pesar nos momentos finais foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.