Mãe tem vida transformada após sintomas aterrorizantes serem confundidos com desidratação em férias dos sonhos
Imagine planejar a viagem dos seus sonhos, mergulhar em águas cristalinas e explorar a vida marinha, apenas para enfrentar consequências… Esse Mãe tem vida transformada após sintomas aterrorizantes serem confundidos com desidratação em férias dos sonhos foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


Imagine planejar a viagem dos seus sonhos, mergulhar em águas cristalinas e explorar a vida marinha, apenas para enfrentar consequências que mudam sua vida para sempre. Foi exatamente o que aconteceu com Elizabeth Savage, uma mergulhadora amadora da Califórnia, cuja aventura nas ilhas tailandesas se transformou em uma batalha contra uma condição médica rara e perigosa.
Elizabeth, de 57 anos, sempre sonhou em visitar a Tailândia. Em março de 2024, ela finalmente realizou esse desejo, viajando para Khao Lak, destino famoso por suas paisagens subaquáticas. Com mais de 20 mergulhos realizados em profundidades de até 25 metros, ela descreveu a experiência como “magnífica” — até que tudo mudou durante seu 23º mergulho.

Elizabeth já havia feito mergulhos de até 25 metros. (Kennedy News and Media)
Os Primeiros Sinais de Alerta
Ao retornar à superfície após explorar os recifes, Elizabeth sentiu uma dor aguda nos braços e pernas. Preocupada, ela conversou com o instrutor de mergulho, que atribuiu os sintomas a desidratação ou a um nervo comprimido. A recomendação foi simples: tomar ibuprofeno e descansar. Uma hora depois, a equipe do barco a convenceu a participar de um segundo mergulho, prometendo que valeria a pena. Confiando na experiência deles, Elizabeth aceitou — uma decisão que lamentaria profundamente.
Durante o segundo mergulho, a situação piorou. Ao emergir, a dor se intensificou, irradiando do pescoço para o resto do corpo. “Não conseguia mover braços ou pernas”, contou ela. Mesmo assim, a equipe manteve a postura de que não havia urgência. Ofereceram apenas 15 minutos de oxigênio suplementar, enquanto Elizabeth lutava para entender por que não conseguia esvaziar a bexiga ou controlar os membros.
O Diagnóstico Tardio
Só quando chegou a um hospital em terra firme, horas depois, Elizabeth descobriu a verdade: sofria de doença descompressiva, popularmente conhecida como “mal da descompressão” ou “embolia traumática por ar”. A condição ocorre quando bolhas de nitrogênio se formam no sangue e nos tecidos devido à rápida mudança de pressão durante a subida à superfície. O tratamento imediato em uma câmara hiperbárica é crucial para reduzir as bolhas e evitar danos permanentes.
No caso de Elizabeth, porém, a demora no atendimento agravou as lesões. “Cada minuto sem oxigênio adequado e sem a câmara aumenta o risco de sequelas irreversíveis”, explicou ela. As bolhas de nitrogênio estavam perto de atingir seu cérebro, o que poderia ter sido fatal. Após dez sessões na câmara hiperbárica na Tailândia, ela foi transferida para os EUA, onde os médicos confirmaram danos graves na medula espinhal.

A mãe perdeu o controle da bexiga após o mergulho. (Kennedy News and Media)
Vida Após o Acidente
Um ano depois, Elizabeth ainda enfrenta desafios diários. A dor neuropática — descrita como “facadas constantes” — a impede de dormir. Ela também depende de autossondagem para esvaziar a bexiga, já que os nervos responsáveis pelo controle da função urinária foram afetados. Nos Estados Unidos, os tratamentos necessários não são cobertos pelo seguro, gerando custos exorbitantes. “Virou uma crise financeira. Não posso pagar por terapias que poderiam aliviar um pouco a dor”, desabafou.
Na esperança de recuperar parte da mobilidade, Elizabeth busca agora terapias experimentais, como células-tronco. Enquanto aguarda respostas da medicina, ela tenta encontrar formas de conviver com a nova realidade. “Talvez eu precise aceitar que não vou melhorar”, admitiu.
Conscientização Para Salvar Vidas
Determinada a evitar que outros passem pelo mesmo trauma, Elizabeth criou um grupo no Facebook chamado Decompression Sickness DCS DCI, onde mergulhadores compartilham experiências e informações. O objetivo é educar sobre os sinais da doença descompressiva, que incluem fadiga extrema, formigamento, dor articular e dificuldades motoras. “Se minha história ajudar uma pessoa a reconhecer os sintomas a tempo, valeu a pena”, afirmou.
Ela também alerta sobre a importância de confiar nos próprios instintos. “Nenhum mergulho vale sua vida ou seu futuro. Se algo parece errado, exija atendimento médico imediato, mesmo que os profissionais ao seu redor minimizem o problema”, reforçou.

Elizabeth precisou passar por várias sessões na câmara hiperbárica para tentar regular seu organismo. (Kennedy News and Media)
Entendendo a Doença Descompressiva
A doença descompressiva é um risco inerente ao mergulho. Quando um mergulhador respira ar comprimido sob alta pressão, o nitrogênio se dissolve no sangue. Durante a subida, se a pressão diminui muito rápido, o gás forma bolhas que bloqueiam vasos sanguíneos ou comprimem tecidos. Mergulhos profundos, múltiplas imersões em um curto período ou desidratação aumentam o risco.
O tratamento padrão é a oxigenoterapia hiperbárica, que restaura a pressão adequada, reduzindo as bolhas. No entanto, a eficácia depende da velocidade do diagnóstico. Segundo especialistas, a janela crítica para intervenção é de poucas horas.
Elizabeth Savage é um exemplo de como a combinação de fatores — desde a desinformação da equipe de mergulho até a falta de acesso a tratamentos — pode transformar um momento de lazer em uma crise permanente. Sua história ressalta a necessidade de preparo, conhecimento técnico e responsabilidade na prática de esportes de alto risco. Enquanto busca reconstruir a própria vida, ela transformou sua tragédia em um alerta global, provando que a conscientização pode ser tão vital quanto um equipamento de mergulho bem ajustado.
Esse Mãe tem vida transformada após sintomas aterrorizantes serem confundidos com desidratação em férias dos sonhos foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.