Design para iluminar: 9 lançamentos da Euroluce 2025 que unem forma, função e apelo estético
Mostra bienal de iluminação realizada pelo Salone del Mobile, a exposição foi destaque na Semana de Design de Milão

A cada dois anos a Euroluce apresenta ao mundo a força da indústria de iluminação. Mostra bienal do Salone del Mobile.Milano, a exposição ocupou os pavilhões 2, 4, 6 e 10 da Rho Fiera entre os dias 8 e 13 de abril e apresentou lançamentos das principais fabricantes mundiais, de diversos países do globo.
Entre os destaques, chamou a atenção a sutileza de peças cujas estruturas em vidro pareciam quase se desmanchar no ar, feito bolhas de sabão, ou ao toque sobre suas cúpulas de papel.
O convite à interação do usuário, que permite o direcionamento do feixe luminoso e diferentes níveis de intensidade de iluminação, e o apelo escultural dos lançamentos, acrescentando teor estético à característica funcional dos produtos, mantiveram-se presentes, assim como as possibilidades de customização dos projetos luminotécnicos a partir de módulos componíveis ou de sistemas que integram distintas propostas de iluminação.
As referências à natureza, por sua vez, apareceram materializadas em galhos encravados nas luminárias ou nas formas orgânicas que evocavam elementos naturais da fauna e da flora.
O Casa.com visitou a Euroluce e selecionou nove destaques da edição 2025 da mostra. Confira!
Race of lights

A Davide Groppi trouxe o aspecto lúdico das corridas de carro infantis para o universo da iluminação. A pista eletrificada alimenta lâmpadas autoiluminadas que se fixam magneticamente ao sistema, criando composições livres e mutáveis, nas quais a luz pode ser movimentada e reinventada a todo momento.
Nuvem

A Slamp apresentou na Euroluce sua primeira coleção outdoor. Entre os lançamentos, o destaque foi a Nuvem, um sistema modular inovador, assinado por Miguel Arruda, para a criação de cenografias luminosas. Totalmente personalizável, ela pode ser utilizada desde como decoração de parede – numa espécie de hera tecnológica – até como elemento de sombreamento, além da sua função de iluminação.
Poppy

Também da Slamp, a Poppy é uma luminária carregada de apelo poético e cênico. Feitas à mão, as papoulas transparentes ou vermelhas são sustentadas por hastes de latão laqueado em vermelho. Agrupadas em múltiplos de sete e conectadas umas às outras por um delicado fio de cobre prateado, elas formam uma espécie de jardim luminoso suspenso, com design assinado por Marc Sadler.
Boltons

A união de tradição e conceitos da física dão vida à Boltons, assinada por Herzog & de Meuron para a Artemide. Nela, o corpo transparente do vidro trabalhado à mão sustenta um disco de metal móvel, conectado a ele por uma esfera magnética que permite a liberdade de movimento e de reflexão da luz, cuja intensidade varia conforme sua inclinação.
Maap

A luminária Maap une simplicidade e complexidade transformando a parede em uma tela luminosa. Feita em tyvek (material sintético feito de fibras de polietileno trançadas de alta densidade), ela é moldada à mão, resultando em uma superfície imprevisível que difunde um brilho suave e envolvente, como a luz do sol filtrada por uma nuvem.
Reflexus

Assinada por Alessandro Pedretti para a Artemide, a luminária reflete o espaço no qual está inserida, valorizando-o sem invadi-lo com estruturas técnicas que não dialogam com a arquitetura do local. Suspenso, o corpo esconde a pista sobre a qual são posicionados os holofotes para iluminação direta ou de destaque.
Tilia

O pendente Tilia é uma representação escultural das estruturas de ramificações naturais. Deltas de rios, nervuras das folhas, recifes de corais serviram de fonte de inspiração para a designer Francesca Lanzavecchia, que assina as peças para a Foscarini e as desenvolveu em um sistema modular adaptável às necessidades dos espaços, a partir da ideia de crescimento orgânico.
Duna

A luz quente e envolvente da luminária Duna, por Cecilie Manz para a Vibia, realça a serenidade dos ambientes. Feitos com papel washi natural (um tipo de papel japonês), os pendentes e luminárias de piso e de mesa são percebidos mais pela atmosfera que criam do que pela presença das luminárias em si nos espaços.
Brotas Lamp

O Estúdio Campana assina para a Fabbian a luminária Brotas. Composta por vidro e galhos naturais, ela reforça a linguagem híbrida que caracteriza o trabalho do estúdio brasileiro e remete às memórias de infância de Humberto Campana no interior de Brotas, cidade natal dele e de seu irmão, Fernando. O resultado é uma sensação de estranheza entre materiais artificiais e naturais, unidos de maneira poética.