Lourivaldo Ferreira: saiba quem é o homem que morreu esmagado no metrô de SP

Lourivaldo Ferreira tinha 35 anos e faria aniversário no domingo de dia das mães (11/5). Acidente aconteceu na última terça (6/5), na Linha 5-Lilás, Zona Sul da capital paulista

Mai 8, 2025 - 04:58
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Lourivaldo Ferreira: saiba quem é o homem que morreu esmagado no metrô de SP

Morador de Taboão da Serra, na Grande São Paulo (SP), estudante de educação física, repositor de supermercado, filho de um pedreiro e pai de três: Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, 35 anos, morreu na última terça-feira (6/5). Ele foi esmagado ao ficar preso no vão entre as portas do trem e da plataforma na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás, na Zona Sul paulistana. A intenção era chegar ao serviço de metrô.

O estudante completaria o 36º aniversário no próximo domingo (11/5), no Dia das Mães. Casado, Lourivaldo tinha três filhos, frutos de dois casamentos diferentes. O primeiro resultou numa menina, de 17 anos. O segundo, duas crianças pequenas: um casal de cinco e quatro anos de idade.

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A rotina era cheia e conciliava os estudos com o trabalho. Eram, no total, dois empregos. Em um supermercado, exercia a função de repositor e era responsável por reabastecer prateleiras e gôndolas com produtos. Além disso, era professor de natação em aulas particulares. Na faculdade, estudava Educação Física. O metrô era o meio de transporte para chegar aos estudos, trabalho e casa. 

Segundo informação do portal g1, Lourivaldo morava a poucos quilômetros do pai, a quem carregava o mesmo nome. No último domingo (4/5), quando se falaram pela última vez, haviam combinado um encontro, para a realização de um churrasco. O compromisso serviria para comemorar o aniversário dele. 

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O acidente trágico

Lourivaldo morreu esmagado entre a porta de uma plataforma da Linha-5 Lilás, e a porta do vagão de um metrô, que estava de passagem. Ele ficou preso em um vão, ou seja, um espaço, entre as duas entradas. O acidente aconteceu por volta das 8h da manhã da última terça-feira (6/5). Naquele horário, de pico, a estação estava movimentada. 

A ViaMobilidade, responsável pela administração do transporte no local, confirmou a não existência de sensores de esmagamento justamente no espaço onde a fatalidade aconteceu. Caso ali estivesse presente, poderia ter detectado a presença indevida, e impedir a continuidade do curso do trem. Os sensores estão presentes apenas nas portas dos vagões. A empresa confirmou a intenção de instalar os sensores até fevereiro de 2026. 

Veja a nota compartilhada pela empresa: 

Desde a adoção das portas de plataformas pelo sistema metroviário em SP, a concessionária sempre orientou seus clientes sobre o uso seguro desse equipamento por meio de placas, avisos sonoros, luminosos, monitores e campanhas de conscientização nas estações, nos trens e em seus canais de comunicação.

Além dos sensores de fechamento, que já existem e impedem que um trem parta se qualquer porta estiver aberta, a concessionária trabalha em um projeto para a implantação de sensores adicionais de presença. Cabe destacar que esta tecnologia é muito recente e seu uso no mundo ainda é uma exceção, sendo a concessionária uma das pioneiras na adoção deste tipo de solução.

Sua instalação envolve uma série de questões técnicas e testes, razão pela qual sua implantação não é imediata. Na linha 5-Lilás, o cronograma prevê concluí-la no primeiro trimestre de 2026, data que pode ser antecipada conforme os resultados dos testes”.