Libra e da LFU sinalizam aproximação por mudanças no futebol brasileiro

Em recente reunião entre dirigentes dos clubes da Libra e da Liga Forte União (LFU), realizada no Rio de Janeiro, destacou discussões importantes para o futuro do futebol brasileiro, com ênfase na união dos dois blocos e no combate ao racismo.

O encontro, promovido pelo presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, contou com a participação de representantes de 19 clubes, abordando questões que vão desde a unificação dos blocos à venda de direitos de transmissão e a implementação de medidas de fair-play financeiro.

Um dos principais pontos discutidos foi a aproximação das duas entidades, que dividem a comercialização dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, com a possibilidade de uma venda conjunta para a Série B. A Libra, bloco que inclui clubes como Palmeiras, São Paulo, Santos e Flamengo, segue trabalhando para fortalecer sua posição com a negociação de direitos que devem gerar R$ 5,5 bilhões, ao passo que a LFU, composta por times como Corinthians, Internacional, Cruzeiro e Fluminense, conseguiu aumentar a receita anual em 55%, alcançando R$ 1,7 bilhão.

Além das questões comerciais, as pautas debatidas incluíram temas de infraestrutura, como a possível utilização de gramados sintéticos, e a intensificação do combate ao racismo no futebol. Este último se tornou ainda mais urgente após o caso de discriminação envolvendo Luighi, jogador do Palmeiras, durante a Libertadores Sub-20. A reunião também abordou o fortalecimento da arbitragem e a organização interna das competições.

A possibilidade de os clubes se filiarem à Concacaf e até romperem com a Conmebol foi levantada pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, gerando discussões sobre migração de confederações, embora este processo dependa de vários fatores, incluindo a aprovação da FIFA.

Conselho de clubes

Os clubes da Libra e LFU também se uniram para fortalecer o Conselho Nacional de Clubes (CNC), tornando-o um órgão decisório, e não apenas consultivo, como é atualmente.

Durante a reunião do Conselho Técnico da CBF, foram definidos os representantes do CNC para 2025, com indicações de ambos blocos.

Um dos temas centrais dessa união é a busca por uma maior participação nas receitas comerciais do Brasileirão, especialmente os valores dos naming rights da competição, que geram entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões anuais. Os clubes também estão buscando impedir que a CBF participe da exploração de placas publicitárias nos estádios, uma ação que foi proposta pela confederação em fevereiro e que os times pretendem vetar utilizando o CNC.

Além disso, há a intenção de discutir questões como o Fair Play Financeiro, a padronização de gramados e iluminação nos estádios, e até mesmo a redução do número de clubes rebaixados a cada temporada, de quatro para três.

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