Legado na Igreja: veja 7 mulheres nomeadas por Francisco em funções de destaque no Vaticano
O papa ampliou a participação feminina ao fazer nomeações inéditas de mulheres para cargos de confiança. Brasileira está entre os nomes indicados pelo pontífice. As mulheres nomeadas por Francisco em funções de destaque no Vaticano Durante os 12 anos do papado de Francisco, as nomeações de mulheres para cargos de liderança aumentaram, confirmando o desejo já expresso por ele de dar às mulheres um lugar maior em posições de liderança na Igreja Católica. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp De acordo com dados da Vatican News, as mulheres representavam 19,2% dos funcionários do Vaticano em 2013. O número subiu para 23,4% nos primeiros 10 anos do pontificado de Francisco. Segundo a pesquisa, o número de mulheres que trabalham na Santa Sé e na administração do Estado da Cidade do Vaticano teve um salto de 846 para 1165. Historicamente, a nomeação de mulheres para altos cargos começou com Paulo VI e, após um longo hiato, foi somente em 2004 que João Paulo II nomeou uma subsecretária. Mesmo com nomeações inéditas para cargos de destaque no Vaticano e o direito de voto em reuniões globais de bispos, o papa Francisco não ultrapassou a fronteira para a ordenação de mulheres como sacerdotes, nem mesmo para se tornarem diaconisas. Veja, a seguir, alguns nomes de destaque indicados por Francisco. Mulheres indicadas por Francisco têm funções importantes no Vaticano Helena Cunha/GloboNews Em março deste ano, Francisco nomeou a irmã Raffaella Petrini presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Ela é a mulher com o cargo mais alto no Vaticano e se tornou a primeira a ocupar a função, que possui poderes de gestão da Santa Sé abaixo apenas do próprio papa. A religiosa francesa Nathalie Becquart, por sua vez, foi nomeada em fevereiro de 2021 ao posto de Subsecretária do Sínodo dos Bispos, uma cúpula de líderes da Igreja no Vaticano que trata dos temas mais fortes que a instituição enfrenta. Com a medida, Becquart se tornou a primeira mulher com direito a voto em uma assembleia sinodal. Foi um marco histórico que abriu as portas para mais transformações. Após a indicação de Francisco em janeiro de 2020, Francesca Di Giovanni também foi primeira mulher a ocupar um cargo de responsabilidade na diplomacia do Vaticano Di Giovanni assumiu a função de subsecretária do Setor Multilateral da Seção para as Relações com os Estados, após uma longa experiência como funcionária da Secretaria de Estado, que começou em 1993. A atual secretária do Dicastério do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral é a irmã Alessandra Smerilli, também indicada por Francisco. Hoje, desempenha um papel fundamental nas questões sociais e econômicas globais dentro do Vaticano. LEIA TAMBÉM Papa Francisco foi 1º pontífice não-europeu em mais de mil anos — mas não foi o único Bênção a casais gays, celibato opcional e outras polêmicas da Igreja: como pensam os 10 papáveis cotados para o cargo? O que significa conclave? Veja perguntas e respostas sobre a reunião que escolhe novo papa Escolhas de Francisco ajudaram a colocar mulheres em cargos mais altos do Vaticano Helena Cunha/GloboNews Outra nomeação de Francisco é a de Barbara Jatta, diretora dos Museus do Vaticano desde 2016. Barbara é a primeira mulher a ser responsável pelas coleções pontifícias em uma das instituições culturais mais importantes do mundo. O papa pediu a Jatta para que a instituição fosse uma casa aberta e construísse pontes, porque “a arte ajuda o mundo a ir adiante". Embora leigos sempre tenham chefiado os Museus do Vaticano, a freira italiana assumiu o lugar de um bispo no Governatorato. Outro nome de destaque é da brasileira Cristiane Murray, que ocupa o cargo de vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano. A jornalista presta um apoio fundamental na comunicação oficial do Vaticano. Este ano, outra indicação importante foi feita por Francisco. A freira Simona Brambilla foi nomeada prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, uma organização da Santa Sé. Pioneira na função, Brambilla é responsável por uma das principais instituições religiosas do Vaticano e representa a autoridade máxima da instituição, que supervisiona as ordens religiosas, tanto masculinas quanto femininas, e os relacionamentos com seus seguidores. Em 2019, a freira foi uma das primeiras mulheres nomeadas para o dicastério que agora lidera. Em outubro de 2023, foi nomeada secretária do mesmo dicastério e, em janeiro, promovida a prefeita. Papa Francisco discursa na audiência geral da quarta-feira, 4 de dezembro de 2019 Andrew Medichini/AP


O papa ampliou a participação feminina ao fazer nomeações inéditas de mulheres para cargos de confiança. Brasileira está entre os nomes indicados pelo pontífice. As mulheres nomeadas por Francisco em funções de destaque no Vaticano Durante os 12 anos do papado de Francisco, as nomeações de mulheres para cargos de liderança aumentaram, confirmando o desejo já expresso por ele de dar às mulheres um lugar maior em posições de liderança na Igreja Católica. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp De acordo com dados da Vatican News, as mulheres representavam 19,2% dos funcionários do Vaticano em 2013. O número subiu para 23,4% nos primeiros 10 anos do pontificado de Francisco. Segundo a pesquisa, o número de mulheres que trabalham na Santa Sé e na administração do Estado da Cidade do Vaticano teve um salto de 846 para 1165. Historicamente, a nomeação de mulheres para altos cargos começou com Paulo VI e, após um longo hiato, foi somente em 2004 que João Paulo II nomeou uma subsecretária. Mesmo com nomeações inéditas para cargos de destaque no Vaticano e o direito de voto em reuniões globais de bispos, o papa Francisco não ultrapassou a fronteira para a ordenação de mulheres como sacerdotes, nem mesmo para se tornarem diaconisas. Veja, a seguir, alguns nomes de destaque indicados por Francisco. Mulheres indicadas por Francisco têm funções importantes no Vaticano Helena Cunha/GloboNews Em março deste ano, Francisco nomeou a irmã Raffaella Petrini presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Ela é a mulher com o cargo mais alto no Vaticano e se tornou a primeira a ocupar a função, que possui poderes de gestão da Santa Sé abaixo apenas do próprio papa. A religiosa francesa Nathalie Becquart, por sua vez, foi nomeada em fevereiro de 2021 ao posto de Subsecretária do Sínodo dos Bispos, uma cúpula de líderes da Igreja no Vaticano que trata dos temas mais fortes que a instituição enfrenta. Com a medida, Becquart se tornou a primeira mulher com direito a voto em uma assembleia sinodal. Foi um marco histórico que abriu as portas para mais transformações. Após a indicação de Francisco em janeiro de 2020, Francesca Di Giovanni também foi primeira mulher a ocupar um cargo de responsabilidade na diplomacia do Vaticano Di Giovanni assumiu a função de subsecretária do Setor Multilateral da Seção para as Relações com os Estados, após uma longa experiência como funcionária da Secretaria de Estado, que começou em 1993. A atual secretária do Dicastério do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral é a irmã Alessandra Smerilli, também indicada por Francisco. Hoje, desempenha um papel fundamental nas questões sociais e econômicas globais dentro do Vaticano. LEIA TAMBÉM Papa Francisco foi 1º pontífice não-europeu em mais de mil anos — mas não foi o único Bênção a casais gays, celibato opcional e outras polêmicas da Igreja: como pensam os 10 papáveis cotados para o cargo? O que significa conclave? Veja perguntas e respostas sobre a reunião que escolhe novo papa Escolhas de Francisco ajudaram a colocar mulheres em cargos mais altos do Vaticano Helena Cunha/GloboNews Outra nomeação de Francisco é a de Barbara Jatta, diretora dos Museus do Vaticano desde 2016. Barbara é a primeira mulher a ser responsável pelas coleções pontifícias em uma das instituições culturais mais importantes do mundo. O papa pediu a Jatta para que a instituição fosse uma casa aberta e construísse pontes, porque “a arte ajuda o mundo a ir adiante". Embora leigos sempre tenham chefiado os Museus do Vaticano, a freira italiana assumiu o lugar de um bispo no Governatorato. Outro nome de destaque é da brasileira Cristiane Murray, que ocupa o cargo de vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano. A jornalista presta um apoio fundamental na comunicação oficial do Vaticano. Este ano, outra indicação importante foi feita por Francisco. A freira Simona Brambilla foi nomeada prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, uma organização da Santa Sé. Pioneira na função, Brambilla é responsável por uma das principais instituições religiosas do Vaticano e representa a autoridade máxima da instituição, que supervisiona as ordens religiosas, tanto masculinas quanto femininas, e os relacionamentos com seus seguidores. Em 2019, a freira foi uma das primeiras mulheres nomeadas para o dicastério que agora lidera. Em outubro de 2023, foi nomeada secretária do mesmo dicastério e, em janeiro, promovida a prefeita. Papa Francisco discursa na audiência geral da quarta-feira, 4 de dezembro de 2019 Andrew Medichini/AP