ITER conclui construção do núcleo do seu “Sol artificial”
O ITER aquecerá dois isótopos de hidrogênio a 150 milhões de graus Celsius, superando a temperatura do núcleo do Sol em 10 vezes. The post ITER conclui construção do núcleo do seu “Sol artificial” appeared first on Giz Brasil.

O reator de fusão nuclear ITER, uma espécie de “Sol artificial”, fruto de uma colaboração internacional de 30 países em construção no sul da França, ganhou seu “núcleo” na última semana.
Na última quinta-feira (1º), cientistas do ITER anunciaram a conclusão do sexto e último componente do solenoide central do reator de fusão nuclear mais poderoso do mundo. Com isso, o reator ganha um ímã tão poderoso que consegue levitar um avião de carga pesando até 50, 8 toneladas.
O núcleo do “Sol artificial” do ITER é, portanto, o maior e mais poderoso supercondutor eletromagnético do mundo, que fica em um dispositivo chamado “tokamak”.
O “tokamak” é uma sigla em russo que significa “câmara toroidal com bobinas magnéticas”, responsável por gerar energia em grandes reatores. As bobinas, ou solenoides, ficam na câmara em forma de toroide, similar a uma rosquinha, permitindo que “tokamak” armazene plasma e gases ionizados.
ITER: como o “Sol artificial” vai gerar energia através do “núcleo”
O ITER conseguirá aquecer deutério e trítio, dois isótopos de hidrogênio, a 150 milhões de graus Celsius, superando a temperatura do núcleo do Sol em 10 vezes.
Mas, para demonstrar o potencial do ITER, bem como da fusão nuclear, como uma fonte comercialmente viável de energia, o projeto precisou criar seu “núcleo”.
O solenoide central é um sistema magnético de seis módulos e pesa quase três mil toneladas. De acordo com o ITER, a construção do sistema é uma “importante conquista” para o projeto.
“Ao integrar todos os sistemas necessários para fusão nuclear em escala industrial, o ITER fornece um enorme complexo de pesquisa laboratorial para cientistas dos mais de 30 países do projeto, oferecendo informações e dados necessários para aprimorar a energia de fusão nuclear comercial”, diz o comunicado.
Após integrar o sistema, os engenheiros do ITER esperam que o reator consiga gerar 500 megawatts de energia por fusão nuclear, usando somente 50 megawatts de aquecimento. Desse modo, a fusão nuclear será, majoritariamente, plasma se aquecendo de maneira autônoma.
As forças magnéticas do núcleo do “Sol artificial” do ITER serão responsáveis por armazenar essa enorme quantidade de energia. Veja:
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