Itaú (ITUB4): Os números que justificaram o ‘prêmio’ do banco sobre os concorrentes no 1T25

O lucro líquido do Itaú (ITUB4) saltou 2% no 1T25 em relação à projeção média do mercado. Veja análise completa do balanço. O post Itaú (ITUB4): Os números que justificaram o ‘prêmio’ do banco sobre os concorrentes no 1T25 apareceu primeiro em Empiricus.

Mai 15, 2025 - 03:30
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Itaú (ITUB4): Os números que justificaram o ‘prêmio’ do banco sobre os concorrentes no 1T25

O Itaú (ITUB4) entregou mais um forte resultado no 1T25, superando expectativas: o lucro líquido foi de R$ 11,1 bilhões, 2% acima da projeção média do mercado. O ROE, de 22,5%, cresceu 0,4 ponto porcentual sequencialmente, e +0,6 p.p. na visão anual. Novamente, os números robustos se devem à performance no crédito, com evolução dos spreads e inadimplência controlada. Por mais um trimestre, o Itaú se prova como um “relógio suíço” na execução, destacando-se no setor bancário.

Fonte: Itaú

A carteira de crédito ampliada do Itaú (incluindo títulos, fianças e avais) cresceu 9% anualmente, excluindo variações cambiais, com destaque para micro, pequenas e médias empresas (+15%), grandes empresas (+10%) e crédito imobiliário (+17%). Por sua vez, a margem financeira com clientes, que representa a receita de juros menos o custo de captação, cresceu 14% na mesma visão, para R$ 29,4 bilhões. Houve ganho anual de 0,1 p.p. no spread, e de +0,5 p.p. sequencialmente. Isso foi um reflexo do mix de produtos, com maior participação de linhas mais rentáveis (cartão, crédito pessoal, cheque especial), e da maior taxa de juros.

Boas notícias para os índices de inadimplência no Itaú Unibanco

Em termos de inadimplência, temos boas notícias: o índice de empréstimos atrasados há mais de 90 dias caiu em 0,1 p.p., para 1,9%. Entretanto, os empréstimos atrasados há mais de 15 dias, mas há menos de 90, subiu 0,2%, puxado pela carteira de pessoas físicas no Brasil. Entretanto, esse comportamento é sazonalmente esperado no início do ano. Com isso, a despesa de inadimplência ficou em R$ 9,0 bilhões (+2% anualmente), crescendo abaixo da carteira de crédito. Assim, houve ganho anual de 0,3 p.p. no spread ajustado ao risco, ou de +0,2 p.p. na visão sequencial.

Por sua vez, a margem com o mercado, que reflete o resultado da tesouraria, ficou em R$ 923 milhões, alta de 2% no trimestre, mas queda de 13% na visão anual. Essa linha é mais volátil, por depender das condições de mercado, e está dentro do guidance. No saldo, a margem financeira total após o risco foi de R$ 21,3 bilhões.

A receita com serviços cresceu 6,5% anualmente em bases comparáveis, para R$ 13,8 bilhões, também em linha com o guidance. Os destaques foram seguros (+16%), América Latina (+23%) e administração de recursos (+12%). 

Finalmente, as despesas operacionais cresceram 10% anualmente, para R$ 15,8 bilhões. Isso reflete os investimentos estratégicos em tecnologia, que subiram 21% no período. Mesmo assim, o índice de eficiência, que relaciona as despesas com receitas totais, melhorou 0,2 p.p. anualmente, para 38,1%.

ITUB4: Preço de ações é justificado por bom desempenho

No todo, consideramos que o resultado ficou marginalmente acima do esperado, e que é consistente com o atingimento do guidance do ano. Olhando à frente, a gestão espera que os spreads permaneçam elevados ao longo do ano, e que a inadimplência fique estável.

Finalmente, o ganho de eficiência continua sendo uma das alavancas para o ganho de rentabilidade, especialmente considerando que a parte mais pesada dos investimentos em tecnologia ficou para trás. Negociando a 1,9x seu valor patrimonial, entendemos que o prêmio de ITUB4 versus seus pares foi, novamente, justificado.

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