Funcionário de farmácia morto a tiros no Paraná enquanto trabalhava: o que se sabe e o que falta esclarecer
Câmera registrou assassinato de William Aparecido Henrique Ferreira, de 25 anos. Investigação mostra que vítima se relacionou com esposa de Jander Bezerra da Silva, que nega o crime. g1 tenta identificar defesa do suspeito. Funcionário de farmácia é morto a tiros enquanto trabalhava no Paraná O assassinato de William Aparecido Henrique Ferreira, 25 anos, é investigado pela Polícia Civil (PC-PR), que quer identificar a motivação e autoria do crime. O caso aconteceu em Londrina, no norte do Paraná, na quinta-feira (27). No mesmo dia, Jander Bezerra da Silva, de 29 anos, foi preso suspeito de atirar em William enquanto ele trabalhava em uma farmácia. Ele nega o crime. O g1 tenta identificar a defesa dele. ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Até o momento, a investigação mostra que o crime foi passional e aconteceu após William ter um breve relacionamento com a esposa de Jander, enquanto o casal estava separado. Confira o que se sabe sobre o assassinato: Quem era William? Como foi o crime? Como o suspeito pela morte de William foi identificado e preso? O que o delegado diz sobre a motivação do crime? O que falta esclarecer? Quem era William? Vítima tentou correr, mas foi atingida pelos diparos. PM-PR William Aparecido Henrique Ferreira era de Cambará, mas vivia em Londrina. As cidades ficam a 137 quilômetros de distância. Ele completou 25 anos em janeiro e trabalhava na rede de farmácias há três anos, segundo a polícia. Leia também: Investigação: Funcionário foi morto após se relacionar com a esposa do suspeito, diz delegado Após desaparecer: Jovem é encontrada morta dentro do próprio carro Perfil: Quem é Lenir de Assis, suplente que assumirá cadeira de Gleisi Hoffmann Como foi o crime? Na quinta-feira (27), por volta das 11h25, o atirador entrou na farmácia, na Avenida Inglaterra, e pediu diretamente a William um medicamento. As imagens divulgadas mostram a vítima indo até as prateleiras, momento em que o homem aponta o revólver na cabeça dela e tenta disparar pela primeira vez, mas a arma falha. A gravação também mostra que William escutou o barulho e se afastou. Em seguida, foi atingido por pelo menos dois disparos. O atirador saiu correndo e fugiu em uma motocicleta, de acordo com a Polícia Militar (PM-PR). Ele usava boné, mochila, moletom com capuz e calça. Apesar da chegada do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), William não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Como o suspeito pela morte de William foi identificado e preso? Assim que o crime aconteceu, a PM-PR recebeu informações anônimas sobre a identidade do suspeito. Os detalhes foram repassados à Polícia Civil, que iniciou as investigações. "Como não tinha ligação com tráfico, prostituição, agiotagem, que poderia ser um caso passional ligado a uma relação afetiva que a vítima pudesse ter mantido. Isso foi um dos critérios que a gente conseguiu identificar o agente do fato", disse o delegado Miguel Chibani em entrevista à RPC. Os policiais chegaram até a casa de Jander Bezerra da Silva, onde tiveram a entrada permitida pela esposa do suspeito. No local, de acordo com o termo de audiência, foi encontrada a moto que a polícia apurou ter sido usada no crime. Os policiais também localizaram porções de maconha, cocaína e uma droga psicotrópica (MDMA) no imóvel, além de balança e embalagens. A suspeita é de que o homem faz separação das substâncias para o tráfico. Após, Jander foi encontrado no trabalho, em um mercado. A PM comunicou sobre a prisão do suspeito por volta das 15h40 do mesmo dia. À polícia, o homem negou ter atirado em William e disse que não estava na farmácia no momento do crime. A polícia apurou que Jander combinou com o patrão, três dias antes da morte, que na quinta-feira, data da ocorrência, sairia do trabalho às 11h porque precisava levar os filhos ao médico. Em depoimento ao delegado, entretanto, o suspeito disse que estava em casa almoçando naquele horário. As duas versões ainda não foram confirmadas por falta de provas. A esposa contou aos policiais que ele chegou para a refeição às 12h. Um boné, reconhecido como sendo de Jander, foi colhido na cena do homicídio. Ele se recusou a fornecer material genético para ser comparado aos fios de cabelo encontrados no acessório. Após audiência de custódia do suspeito, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva na sexta-feira (28). O que o delegado diz sobre a motivação do crime? Homem preso nega ter matado funcionário de farmácia em Londrina Segundo o delegado Miguel Chibani, que conduz a investigação, William teve um relacionamento com a esposa de Jander, e esta pode ser a motivação. De acordo com o delegado, a vítima e a mulher se relacionaram por um curto período, há mais de um ano, enquanto ela estava separada. Depois que o casal reatou, Jander enviou mensagens ameaçando William. O delegado também informou que, na semana do crime, a mulher tentou terminar o casamento com Jander, mas ele não aceit


Câmera registrou assassinato de William Aparecido Henrique Ferreira, de 25 anos. Investigação mostra que vítima se relacionou com esposa de Jander Bezerra da Silva, que nega o crime. g1 tenta identificar defesa do suspeito. Funcionário de farmácia é morto a tiros enquanto trabalhava no Paraná O assassinato de William Aparecido Henrique Ferreira, 25 anos, é investigado pela Polícia Civil (PC-PR), que quer identificar a motivação e autoria do crime. O caso aconteceu em Londrina, no norte do Paraná, na quinta-feira (27). No mesmo dia, Jander Bezerra da Silva, de 29 anos, foi preso suspeito de atirar em William enquanto ele trabalhava em uma farmácia. Ele nega o crime. O g1 tenta identificar a defesa dele. ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Até o momento, a investigação mostra que o crime foi passional e aconteceu após William ter um breve relacionamento com a esposa de Jander, enquanto o casal estava separado. Confira o que se sabe sobre o assassinato: Quem era William? Como foi o crime? Como o suspeito pela morte de William foi identificado e preso? O que o delegado diz sobre a motivação do crime? O que falta esclarecer? Quem era William? Vítima tentou correr, mas foi atingida pelos diparos. PM-PR William Aparecido Henrique Ferreira era de Cambará, mas vivia em Londrina. As cidades ficam a 137 quilômetros de distância. Ele completou 25 anos em janeiro e trabalhava na rede de farmácias há três anos, segundo a polícia. Leia também: Investigação: Funcionário foi morto após se relacionar com a esposa do suspeito, diz delegado Após desaparecer: Jovem é encontrada morta dentro do próprio carro Perfil: Quem é Lenir de Assis, suplente que assumirá cadeira de Gleisi Hoffmann Como foi o crime? Na quinta-feira (27), por volta das 11h25, o atirador entrou na farmácia, na Avenida Inglaterra, e pediu diretamente a William um medicamento. As imagens divulgadas mostram a vítima indo até as prateleiras, momento em que o homem aponta o revólver na cabeça dela e tenta disparar pela primeira vez, mas a arma falha. A gravação também mostra que William escutou o barulho e se afastou. Em seguida, foi atingido por pelo menos dois disparos. O atirador saiu correndo e fugiu em uma motocicleta, de acordo com a Polícia Militar (PM-PR). Ele usava boné, mochila, moletom com capuz e calça. Apesar da chegada do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), William não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Como o suspeito pela morte de William foi identificado e preso? Assim que o crime aconteceu, a PM-PR recebeu informações anônimas sobre a identidade do suspeito. Os detalhes foram repassados à Polícia Civil, que iniciou as investigações. "Como não tinha ligação com tráfico, prostituição, agiotagem, que poderia ser um caso passional ligado a uma relação afetiva que a vítima pudesse ter mantido. Isso foi um dos critérios que a gente conseguiu identificar o agente do fato", disse o delegado Miguel Chibani em entrevista à RPC. Os policiais chegaram até a casa de Jander Bezerra da Silva, onde tiveram a entrada permitida pela esposa do suspeito. No local, de acordo com o termo de audiência, foi encontrada a moto que a polícia apurou ter sido usada no crime. Os policiais também localizaram porções de maconha, cocaína e uma droga psicotrópica (MDMA) no imóvel, além de balança e embalagens. A suspeita é de que o homem faz separação das substâncias para o tráfico. Após, Jander foi encontrado no trabalho, em um mercado. A PM comunicou sobre a prisão do suspeito por volta das 15h40 do mesmo dia. À polícia, o homem negou ter atirado em William e disse que não estava na farmácia no momento do crime. A polícia apurou que Jander combinou com o patrão, três dias antes da morte, que na quinta-feira, data da ocorrência, sairia do trabalho às 11h porque precisava levar os filhos ao médico. Em depoimento ao delegado, entretanto, o suspeito disse que estava em casa almoçando naquele horário. As duas versões ainda não foram confirmadas por falta de provas. A esposa contou aos policiais que ele chegou para a refeição às 12h. Um boné, reconhecido como sendo de Jander, foi colhido na cena do homicídio. Ele se recusou a fornecer material genético para ser comparado aos fios de cabelo encontrados no acessório. Após audiência de custódia do suspeito, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva na sexta-feira (28). O que o delegado diz sobre a motivação do crime? Homem preso nega ter matado funcionário de farmácia em Londrina Segundo o delegado Miguel Chibani, que conduz a investigação, William teve um relacionamento com a esposa de Jander, e esta pode ser a motivação. De acordo com o delegado, a vítima e a mulher se relacionaram por um curto período, há mais de um ano, enquanto ela estava separada. Depois que o casal reatou, Jander enviou mensagens ameaçando William. O delegado também informou que, na semana do crime, a mulher tentou terminar o casamento com Jander, mas ele não aceitou. "A gente acredita que dada essa não aceitação do término, isso teria motivado a ele a procurar a vítima [William]", disse o delegado em entrevista à RPC. Mesmo tendo recebido as ameaças, William não conhecia Jander pessoalmente. De acordo com o que foi apurado pela polícia, esse foi o motivo para a vítima não se assustar ao ver o homem na farmácia. "A ameaça se deu já há algum tempo, pelo menos um ano. [...] Eles não tiveram contato pessoal. Tanto que, pelas imagens, você percebe que o ofendido [William] conversa normalmente. Ele não se assusta, ele não recua, e tanto que vai buscar o medicamento para fazer a entrega", detalha Chibani. O que falta esclarecer? A autoria do crime ainda precisa ser confirmada, já que Jander negou o crime. A arma usada no homicídio não foi encontrada. A suspeita do delegado é de que seja um revólver, porque não foram encontradas cápsulas na cena do assassinato. As roupas usadas pelo atirador também não foram localizadas. No momento da prisão, Jander estava usando o uniforme do trabalho. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias em g1 Norte e Noroeste.