Filme perturbador é considerado tão controverso que atualmente é proibido em 6 países

Um filme lançado em 1975, chamado “Salò, ou os 120 Dias de Sodoma”, dirigido pelo italiano Pier Paolo Pasolini, é conhecido por causar reações intensas e dividir opiniões até hoje. A obra é baseada em um livro escrito por Marquês de Sade, um autor francês do século 18 famoso por suas histórias eróticas e polêmicas. O filme mostra cenas pesadas de violência, como estupro, tortura e assassinato, o que levou vários países a proibirem sua exibição logo após o lançamento.

Na Itália, terra natal do diretor, o filme foi banido, assim como na Finlândia, Austrália, Alemanha Ocidental, Nova Zelândia e Noruega. No Reino Unido, a entidade responsável por classificar filmes rejeitou “Salò” em 1976, e só em 2000 uma versão sem cortes foi liberada para cinemas e distribuição em vídeo. Na Austrália e na Nova Zelândia, após muitas idas e vindas, o filme acabou sendo permitido, mas com classificações restritivas para maiores de 18 anos.

A história de “Salò” acompanha quatro homens italianos que sequestram nove adolescentes, entre meninos e meninas, e os trancam em uma mansão afastada. Durante meses, eles submetem as vítimas a atos terríveis, como torturas e abusos extremos. As cenas são tão fortes que o filme ganhou fama por chocar quem assiste.

Nas redes sociais e em plataformas como o Reddit, muita gente comenta sobre ele. Alguns dizem que é o filme mais perturbador que já viram, enquanto outros se perguntam qual era a intenção por trás de algo tão intenso. Há quem veja o longa como uma crítica à sociedade, mas ele continua sendo um tema quente em discussões online.

Curiosamente, o filme foi gravado sem som ao vivo, então todo o diálogo teve que ser dublado depois. Por causa da polêmica, os atores originais não voltaram para essa etapa, e outras pessoas foram chamadas para gravar as vozes. Isso adiciona mais uma camada à história tumultuada da produção.

Outro filme que também chocou o mundo foi “Nekromantik”, lançado em 1987 na Alemanha. Dirigido por Jörg Buttgereit, ele aborda um tema bem pesado: a necrofilia. A trama segue Robert, um homem que trabalha limpando ruas e tem um fascínio por cadáveres. Ele leva um corpo para casa e, junto com sua esposa Betty, realiza atos bem perturbadores. O filme foi proibido em lugares como Islândia, Malásia, Singapura, algumas regiões do Canadá, Austrália e Finlândia. Robert acaba perdendo o emprego, é abandonado por Betty e, após cometer dois assassinatos violentos, tira a própria vida.

Nas discussões online, “Nekromantik” também aparece bastante. Um usuário do Reddit chegou a dizer que foi o único filme de terror que ele se arrependeu de assistir, descrevendo-o como algo muito difícil de digerir por causa do tema central. Tanto “Salò” quanto “Nekromantik” fazem parte de uma lista de filmes que marcaram a história do cinema por desafiar limites e provocar reações extremas. Eles mostram como o cinema pode explorar assuntos complicados e fora do comum, gerando debates que atravessam décadas.

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