F.C. Porto chegou a situação de “desespero absoluto” em novembro com salários em atraso

O F.C. Porto chegou ao passado mês de novembro numa situação que o presidente do clube, André Villas-Boas, descreve como de “desespero absoluto”, com salários em atraso nas modalidades, no futebol, nos funcionários. O líder dos Dragões, que está a implementar um processo de reestruturação financeira, diz que o financiamento de 115 milhões de euros, […]

Mar 26, 2025 - 14:52
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F.C. Porto chegou a situação de “desespero absoluto” em novembro com salários em atraso

O F.C. Porto chegou ao passado mês de novembro numa situação que o presidente do clube, André Villas-Boas, descreve como de “desespero absoluto”, com salários em atraso nas modalidades, no futebol, nos funcionários. O líder dos Dragões, que está a implementar um processo de reestruturação financeira, diz que o financiamento de 115 milhões de euros, através da recém-criada sociedade Dragon Notes, que foi constituída em setembro para gerir a participação na StadCo, ajudou o clube a reduzir o passivo, que já baixou 179 milhões em 11 meses.

Chegámos a uma situação, em novembro, de desespero absoluto, com salários em atraso nas modalidades, no futebol, nos funcionários e por isso é preciso ter o respeito por parte dos associados relativamente à situação em que nos encontrávamos”, adiantou Villas-Boas, em entrevista ao Jornal de Notícias. O líder do clube destaca que, “após novembro, se não fosse a credibilidade desta direção e desta administração, jamais o F. C. Porto anterior conseguiria concluir a operação Dragon Notes, que é única no futebol português” e que permitiu ao clube levantar um financiamento de 115 milhões de euros, junto de grandes investidores americanos.

Villas-Boas explicou ainda que este financiamento ajudou a abater o passivo que, no período de 11 meses, se reduziu em 179 milhões de euros. “Isto era totalmente impossível num cenário passado. O F. C. Porto, neste momento, tem os salários todos em dia, não deve nada a clubes, recomprou parte dos seus direitos televisivos que estavam antecipados até 2028 e tem ideia de recomprar ainda mais dívida associada aos direitos televisivos“, acrescentou.

O presidente dos Dragões, que está a realizar um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros, informou ainda que o clube tem vindo a trocar os empréstimos com custos elevados por outros com melhores condições, de modo a reduzir os custos com a dívida.