As campanhas mais eficazes de 2024, segundo a WARC
Já são conhecidas as campanhas mais eficazes a nível mundial. De acordo com o ranking WARC Effective 100, a campanha que ganhou mais prémios no último ano ao nível de eficácia é a “ADLaM: An Alphabet To Preserve a Culture”, assinada pela McCann New York para a Microsoft. Segue-se “A Piece of Me”, da Dentsu […]


Já são conhecidas as campanhas mais eficazes a nível mundial. De acordo com o ranking WARC Effective 100, a campanha que ganhou mais prémios no último ano ao nível de eficácia é a “ADLaM: An Alphabet To Preserve a Culture”, assinada pela McCann New York para a Microsoft.
Segue-se “A Piece of Me”, da Dentsu Creative Amsterdam para a KPN, e “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove. O top cinco fica completo com as campanhas “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove, e “It has to be Heinz”, da Rethink Toronto para a Heinz.
Quanto aos anunciantes que se destacaram pela sua eficácia na publicidade no ano passado, de acordo com a WARC (World Advertising Research Center), o McDonald’s conquistou pela primeira vez o lugar cimeiro. Nos primeiros cinco lugares do ranking de marcas surgem depois a Unilever, Anheuser-Busch emBev, PepsiCo e Mondelez Internacional.
Os EUA mantêm o seu domínio no ranking de eficácia, tendo 24 das 100 campanhas do ranking sido feitas no país norte-americano. Aos EUA segue-se a Índia, Brasil, Reino Unido e Colômbia.
Veja as campanhas mais eficazes de 2024:
1. “ADLaM: An Alphabet To Preserve a Culture”, da McCann New York para a Microsoft
Para preservar a língua africana Pular e ajudar a combater o analfabetismo na comunidade guineense, a Microsoft criou o ADLaM, um alfabeto, com o objetivo de o transformar num modo de comunicação reconhecido globalmente e usado digitalmente. A campanha levou o Ministro da Educação a tomar medidas para garantir que o ADLaM seja reconhecido como o alfabeto oficial da língua Pular.
2. “A Piece of Me”, da Dentsu Creative Amsterdam para a KPN
A marca de telecomunicações KPN fez uma parceria com o músico holandês Meau e criou um talk show no TikTok sobre a vergonha de alguns jovens pela divulgação online de vídeos íntimos. O projeto no TikTok envolveu os jovens em conversas moderadas por especialistas, que identificou a vergonha online como um dos problemas mais urgentes enfrentados pelos adolescentes e revelou como as vítimas se costumam sentir deprimidas e até suicidas. A música criada por Meau também atingiu mais de 10 milhões de reproduções, resultando num aumento de 183% nas conversas sobre vergonha online e num aumento de 9% na consideração da marca.
3. “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove
A Dove lançou o estudo “Real Cost of Beauty Ideals” para elucidar a sociedade americana de que a insatisfação corporal e a discriminação com base na aparência são uma epidemia silenciosa de saúde pública. A marca trabalhou com cinco jovens que partilharam a sua experiência, veiculou um anúncio de duas páginas no The New York Times, criou ativos de paid social media onde destacou o impacto económico e emocional do ódio à aparência e direcionou o público para uma experiência digital personalizada. A campanha resultou num alcance estimado de 1,9 mil milhões de pessoas, numa cobertura em 104 veículos de comunicação e num aumento de 19 pontos no poder da marca.
4. “Oreo codes”, de VML Commerce New York para a Oreo
A Oreo conseguiu converter compradores de leite em compradores das suas bolachas nos EUA. A marca mantinha 99% de reconhecimento no país mas, apesar da relação simbiótica entre leite e as suas bolachas, ainda havia milhares americanos que compravam leite, mas não bolachas Oreo, com as vendas da marca a entrarem em queda. A marca optou então por fazer uma parceria com três grandes retalhistas norte-americanos, colocando “Oreocodes” nos corredores do leite, o que permitiu aos compradores obter ofertas e promoções de Oreo diretamente das embalagens de leite. A campanha Oreocodes atingiu um ROI (retorno sobre investimento) quatro vezes superior e aumentou os compradores recorrentes em mais de 25%.
5. “It has to be Heinz”, da Rethink Toronto para a Heinz
Com a relevância da Heinz em declínio no Canadá perante um aumento forçado de preços, muitos restaurantes encheram garrafas de Heinz com outro ketchup, o que foi notado pelos consumidores. Para combater esta tendência a Heinz avançou com diversas iniciativas: girou o rótulo das suas embalagens 31 graus para mostrar aos consumidores o ângulo perfeito para tirar o ketchup, criou um quebra-cabeça de 570 peças para entreter os consumidores durante a pandemia, fez parcerias com plataformas de vendas online em segunda mão para vender artigos de moda de alta qualidade manchados com ketchup Heinz. A campanha resultou em mais de 12,5 mil milhões de impressões, um crescimento de 12% nas vendas globais, um aumento de três pontos na perceção de valor e um salto de três pontos na consideração.