Estudo encontra evidências de que Marte já teve praias arenosas
Marte pode ter sido um planeta muito diferente no passado, abrigando vastos oceanos e paisagens costeiras semelhantes às da Terra. Uma nova pesquisa, conduzida por cientistas chineses, revelou evidências de antigos depósitos de praia enterrados sob a superfície marciana, reforçando a teoria de que um grande oceano cobriu parte do planeta bilhões de anos atrás. […]

Marte pode ter sido um planeta muito diferente no passado, abrigando vastos oceanos e paisagens costeiras semelhantes às da Terra. Uma nova pesquisa, conduzida por cientistas chineses, revelou evidências de antigos depósitos de praia enterrados sob a superfície marciana, reforçando a teoria de que um grande oceano cobriu parte do planeta bilhões de anos atrás.
O estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, baseia-se em dados coletados pelo radar de penetração no solo do rover chinês Zhurong. O veículo, que pousou em maio de 2021, analisou camadas sedimentares abaixo da superfície. Os padrões encontrados são compatíveis com formações costeiras na Terra, onde o movimento das ondas deposita sedimentos ao longo do tempo.
Benjamin Cardenas, geólogo da Penn State e coautor do estudo, destacou a importância da descoberta: “Estamos encontrando lugares em Marte que se parecem com praias antigas e deltas de rios. Há evidências de ondas, ventos e deposição de areia – uma verdadeira praia marciana.”
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Evidências geológicas e comparação com a Terra
A equipe analisou 76 refletores de radar inclinados em direção às terras baixas do norte, sugerindo depósitos sedimentares formados pela ação de ondas. Comparando esses padrões com dados de 21 áreas costeiras da Terra, os cientistas identificaram semelhanças impressionantes, fortalecendo a hipótese de que um oceano cobria parte do hemisfério norte marciano.

Outras explicações foram cuidadosamente descartadas. A falta de redes fluviais próximas ao local sugere que os depósitos não são de origem fluvial. Em vez disso, sua formação se alinha com a dinâmica costeira de um grande corpo d’água estável, provavelmente persistindo por milhões de anos.