Caso Ana Beatriz: mãe confessa que asfixiou bebê por causa de choro
Corpo da criança foi encontrado no quintal da casa da mãe; vítima estava desaparecida desde sexta-feira (11/4)

A mãe da bebê Ana Beatriz, Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, confessou, nesta terça-feira (15/4), que matou a criança asfixiada. O corpo da menina, que estava desaparecida desde sexta-feira (11/4), quando tinha apenas 15 dias, foi encontrada no quintal da casa da mulher, em Novo Lino (AL).
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Eduarda, que foi presa por ocultação de cadáver antes de confessar o homicídio, relatou que estava há duas noites sem dormir por conta do choro da criança. O corpo de Ana Beatriz foi encontrado em armário enrolado em uma sacola plástica.
O diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), delegado Igor Diego, conta que a mulher disse, em primeira versão, que a bebê havia engasgado enquanto era amamentada. Pouco depois, ela confessou que asfixiou a menina com um travesseiro. O corpo deve passar por análise pericial para saber qual das versões é verdadeira.
"Inicialmente, ela começou dizendo que estava amamentando, a criança teria tido um engasgo e ela teria tentado reanimar a criança e não teria conseguido”, contou o delegado à TV Gazeta. "A outra versão foi de que a criança estava doente desde quarta-feira à noite, com muitas cólicas, passou a quinta-feira inteira chorando. Em frente à casa dela tem um bar que estava fazendo muito barulho, e ela, sem aguentar mais aquela situação, resolveu dar um fim na criança".
Versões controversas
Desde sexta-feira (11/4), a mulher prestou cinco depoimentos à polícia, todos com uma versão diferente.
Na primeira versão, ainda na sexta-feira (11/4), a mãe da menina contou que a filha foi tirada dos braços dela enquanto esperava ônibus em trecho da BR 101, no Povoado de Euzébio, divisa com Pernambuco. No entanto, testemunhas que estavam no local relataram que não viram o automóvel citado pela mulher, um Classic preto, e que Eduarda estava sem a criança na ocasião.
Na última versão, Eduarda afirmou ter tido a casa invadida. Segundo ela, dois homens entraram na residência durante a madrugada, após ela ter deixado a porta aberta. Os dois citados estariam encapuzados e com luvas e casacos, e teriam abusado sexualmente da mulher antes de levar a bebê.
O pai da criança, Jaelson da Silva Souza, estava em São Paulo há um mês a trabalho. Segundo a Polícia, não há indícios de participação dele no crime.
A investigação apura agora se houve participação de outra pessoa no crime.