Entrevista com Tay Gregório, da newsletter Perspectivas
Nesta entrevista, Tay Gregório, da newsletter Perspectivas, conta seu processo criativo, como surgiu sua newsletter e outros detalhes dos seus escritos.

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Qual é a sua newsletter?
Fale um pouco de você, Tay.
Sou mineira, mas moro no Rio. Minha formação em jornalismo me abriu um leque enorme de atuações profissionais, então atualmente eu sou redatora publicitária, mestranda e também freelancer de social media. Sou sagitariana e estou sempre me movimentando e buscando a próxima aventura, mesmo que ela só exista na minha cabeça.
Como surgiu a ideia de lançar uma newsletter?
Eu sempre escrevi crônicas e por bastante tempo fui colaboradora de uma revista digital no Medium, a Revista Subjetiva, que parou de existir em 2022. Quando isso aconteceu, tive a ideia de lançar uma newsletter para voltar a ter um meio de publicação e também me forçar a escrever com mais frequência ao invés de me deixar ser convidada à escrita apenas quando me vinha uma ideia de texto.
Mas, em 2023, me mudei de estado e comecei o mestrado e nunca parecia me sobrar tempo, até que percebi que eu precisaria roubar o tempo para mim.
Assim, em 2024, decidi realizar o tão idealizado plano. Queria uma newsletter com algumas mini seções, então convidei uma amiga, Luiza, que também é jornalista e uma leitura ávida, para escrever resenhas literárias e começamos.
Qual é o seu processo criativo para escrever uma nova edição?
A Perspectivas é formada, na maioria das edições, de uma crônica e um conto, além da resenha da Luiza e de uma indicação musical. Então, depende da semana. Tem semana que eu começo a pensar na edição dias antes, vou desenhando mentalmente cada seção e texto e vou escrevendo com calma, preparando-a ao longo da semana. Geralmente são semanas que estou mais em contato comigo mesma, menos no automático do cotidiano.
Mas, há semanas que eu recorro a algo que escrevi há semanas ou meses, reviso, reescrevo e incluo na edição.
As indicações musicais são sempre lançamentos ou algum artista que conheci naquela semana ou mês.
Sua newsletter tem uma assinatura paga ou gera dinheiro de alguma outra forma?
Sim.
Fale um pouco da newsletter enquanto negócio.
No momento, não é um negócio e nem é um objetivo. É claro que, se chegar a ser um dia, vou ser a escritora mais feliz do mundo porque quem faz arte também precisa se alimentar, mas até lá, faço porque gosto e acredito na conexão que esse tipo de texto constrói.
Acredito que para ser um negócio é preciso planejamento e investimento (de tempo e muitas vezes de dinheiro) em marketing. Hoje, qualquer mercado de “criação de conteúdo” online me parece saturado, não dá para acreditar que você vai bombar organicamente.
Então, como meu ganha pão é outro, posso me desvincular da pressão de fazer dinheiro com a newsletter e focar no que me motiva toda edição: escrever.
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