Dólar inicia pregão com mercado de olho em PIB no Brasil, medidas de Lula e emprego nos EUA
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,02%, cotada a R$ 5,7570. Já o principal índice da bolsa subiu 0,25%, aos 123.358 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (7) com investidores na expectativa pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 do Brasil e de novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Investidores também repercutem o anúncio, feito nesta quinta-feira (6) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, de novas medidas para tentar reduzir a inflação dos alimentos. Além disso, o "tarifaço" de Donald Trump também segue no radar, após o presidente dos EUA decidir adiar por mais um mês as tarifas cobradas sobre produtos importados do México e do Canadá. Veja abaixo o resumo dos mercados. Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Dólar . Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,02%, cotada a R$ 5,7570. Com o resultado, acumulou: queda de 2,69% na semana e no mês; perdas de 6,84% no ano. a Ibovespa O Ibovespa só começa a operar às 10h. Na véspera, o índice teve alta de 0,25%, aos 123.358 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 0,45% na semana e no mês; ganho de 2,56% no ano. O que está mexendo com os mercados? Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do quatro trimestre de 2024, além do número fechado de crescimento da economia em todo o ano. A expectativa do mercado é de uma alta de 4,1% na atividade econômica do país no ano passado, patamar muito maior que as primeiras projeções referentes a 2024, que apontavam para um crescimento de cerca de 2,0%. A composição do PIB será observada com atenção para entender o que ainda está estimulando a economia e quais setores podem passar por uma desaceleração ao longo de 2025. No exterior, o mercado espera novos dados do mercado de trabalho dos EUA. Enquanto esperam pelas novas divulgações, os investidores seguem repercutindo as últimas notícias sobre o tarifaço de Trump. Nesta quinta, o presidente dos EUA anunciou novos recuos nas taxas de 25% aplicadas sobre produtos do Canadá e no México, que tinham entrado em vigor na terça-feira. Já na quarta, antes dos novos recuos, a Casa Branca havia informado a suspensão de taxas sobre importações de automóveis do Canadá e do México por um período de um mês. Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump conversou com os presidentes de três grandes montadoras — a Ford, a General Motors (GM) e a Stellantis —, avisando-os que deveriam mover a produção do Canadá e do México para os EUA. "Falamos com as três grandes concessionárias de automóveis. [...] Vamos dar uma isenção de um mês para qualquer automóvel que venha pelo USMCA", afirmou Trump em comunicado, referindo-se ao acordo de livre comércio da América do Norte, negociado em seu primeiro mandato. Mais cedo, também na quarta, Howard Lutnick havia dito que tarifas recíprocas mais amplas ainda viriam em 2 de abril, mas de forma escalonada, com algumas sendo cobradas imediatamente e outras levando semanas ou meses antes de serem impostas. A perspectiva de que os EUA podem ser mais flexíveis com a política tarifária agrada o mercado porque diminui a cautela com a possível pressão inflacionária decorrente das medidas. Taxas maiores aos produtos que chegam aos EUA tendem a elevar os preços dos insumos e produtos no país, encarecendo a produção de diversas cadeias produtivas e os preços para o consumidor final — movimento que pode pressionar a inflação americana. Uma inflação maior nos EUA pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar suas taxas de juros. Isso aumentaria, também, a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, o que leva investidores a retirarem seu dinheiro de ativos de risco e migrarem para esses títulos, influenciando o preço do dólar e, consequentemente, a inflação em todo o mundo. Veja como foi o vaivém das tarifas de Trump contra Canadá e México: Trump prometeu durante a campanha eleitoral que taxaria produtos importados, em especial do Canadá e do México, seus principais parceiros comerciais. Após assumir o cargo em janeiro, ele impôs uma tarifa de 25%, mas adiou sua aplicação para março, enquanto negociava com os dois países. Nesta semana, quando a cobrança começaria, ele anunciou um novo adiamento. Primeiro, isentou carros importados. Agora, outros produtos incluídos no acordo comercial da América do Norte. Além de México e Canadá, Trump anunciou taxas de 20% sobre produtos chineses e de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Nesta quinta-feira, Trump também afirmou que vai modificar as tarifas recentemente anunciadas por ele sobre aço e alumínio. O republi


No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,02%, cotada a R$ 5,7570. Já o principal índice da bolsa subiu 0,25%, aos 123.358 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (7) com investidores na expectativa pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 do Brasil e de novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Investidores também repercutem o anúncio, feito nesta quinta-feira (6) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, de novas medidas para tentar reduzir a inflação dos alimentos. Além disso, o "tarifaço" de Donald Trump também segue no radar, após o presidente dos EUA decidir adiar por mais um mês as tarifas cobradas sobre produtos importados do México e do Canadá. Veja abaixo o resumo dos mercados. Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Dólar . Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,02%, cotada a R$ 5,7570. Com o resultado, acumulou: queda de 2,69% na semana e no mês; perdas de 6,84% no ano. a Ibovespa O Ibovespa só começa a operar às 10h. Na véspera, o índice teve alta de 0,25%, aos 123.358 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 0,45% na semana e no mês; ganho de 2,56% no ano. O que está mexendo com os mercados? Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do quatro trimestre de 2024, além do número fechado de crescimento da economia em todo o ano. A expectativa do mercado é de uma alta de 4,1% na atividade econômica do país no ano passado, patamar muito maior que as primeiras projeções referentes a 2024, que apontavam para um crescimento de cerca de 2,0%. A composição do PIB será observada com atenção para entender o que ainda está estimulando a economia e quais setores podem passar por uma desaceleração ao longo de 2025. No exterior, o mercado espera novos dados do mercado de trabalho dos EUA. Enquanto esperam pelas novas divulgações, os investidores seguem repercutindo as últimas notícias sobre o tarifaço de Trump. Nesta quinta, o presidente dos EUA anunciou novos recuos nas taxas de 25% aplicadas sobre produtos do Canadá e no México, que tinham entrado em vigor na terça-feira. Já na quarta, antes dos novos recuos, a Casa Branca havia informado a suspensão de taxas sobre importações de automóveis do Canadá e do México por um período de um mês. Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump conversou com os presidentes de três grandes montadoras — a Ford, a General Motors (GM) e a Stellantis —, avisando-os que deveriam mover a produção do Canadá e do México para os EUA. "Falamos com as três grandes concessionárias de automóveis. [...] Vamos dar uma isenção de um mês para qualquer automóvel que venha pelo USMCA", afirmou Trump em comunicado, referindo-se ao acordo de livre comércio da América do Norte, negociado em seu primeiro mandato. Mais cedo, também na quarta, Howard Lutnick havia dito que tarifas recíprocas mais amplas ainda viriam em 2 de abril, mas de forma escalonada, com algumas sendo cobradas imediatamente e outras levando semanas ou meses antes de serem impostas. A perspectiva de que os EUA podem ser mais flexíveis com a política tarifária agrada o mercado porque diminui a cautela com a possível pressão inflacionária decorrente das medidas. Taxas maiores aos produtos que chegam aos EUA tendem a elevar os preços dos insumos e produtos no país, encarecendo a produção de diversas cadeias produtivas e os preços para o consumidor final — movimento que pode pressionar a inflação americana. Uma inflação maior nos EUA pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar suas taxas de juros. Isso aumentaria, também, a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, o que leva investidores a retirarem seu dinheiro de ativos de risco e migrarem para esses títulos, influenciando o preço do dólar e, consequentemente, a inflação em todo o mundo. Veja como foi o vaivém das tarifas de Trump contra Canadá e México: Trump prometeu durante a campanha eleitoral que taxaria produtos importados, em especial do Canadá e do México, seus principais parceiros comerciais. Após assumir o cargo em janeiro, ele impôs uma tarifa de 25%, mas adiou sua aplicação para março, enquanto negociava com os dois países. Nesta semana, quando a cobrança começaria, ele anunciou um novo adiamento. Primeiro, isentou carros importados. Agora, outros produtos incluídos no acordo comercial da América do Norte. Além de México e Canadá, Trump anunciou taxas de 20% sobre produtos chineses e de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Nesta quinta-feira, Trump também afirmou que vai modificar as tarifas recentemente anunciadas por ele sobre aço e alumínio. O republicano não deu mais detalhes sobre quais seriam as alterações. As medidas foram anunciadas no começo de fevereiro e impunham uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio feitas pelos EUA. Inicialmente, as tarifas entrariam em vigor já na próxima semana, em 12 de março. A medida pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, e faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana. *Com informações da agência de notícias Reuters