Descoberta pode revelar o calendário mais antigo da humanidade

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Abr 21, 2025 - 05:03
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Descoberta pode revelar o calendário mais antigo da humanidade

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, acreditam que as marcações em Göbekli Tepe, na Turquia, tenham um significado importante. O complexo arqueológico semelhante a um templo tem símbolos que podem indicar dias, estações e anos. Dessa forma, o monumento de 12 mil anos pode representar o calendário solar mais antigo da civilização.

Supostamente, os habitantes o fizeram com símbolos para registrar todos os eventos astronômicos, começando a partir de um impacto de um cometa. O evento, por volta de 10.850 a.C., poderia ter iniciado a preocupação com o tempo e as mudanças sazonais. Isso devido a sua contribuição para a mini-era glacial que eliminou várias espécies.

“O evento pode ter desencadeado na civilização o início de uma nova religião e motivar desenvolvimentos na agricultura para lidar com o clima frio”, disse Martin Sweatman, pesquisador-chefe do estudo, em uma declaração. “Possivelmente, suas tentativas de registrar o que viram são os primeiros passos em direção ao desenvolvimento da escrita milênios depois.”

Calendário mais antigo da civilização

De acordo com os registros, eles consideravam o solstício de verão um dia especial. O estudo alega que cada “V” nos pilares pode representar um único dia, dado que um pilar tinha 365 dias. O do solstício foi marcado por um V em volta do pescoço de uma fera parecida com um pássaro, representando a constelação do solstício no período. Assim, o calendário ajudaria a explicar o símbolo “V” comum no pescoço de estátuas próximas a divindades ligadas ao tempo e à criação.

Além disso, as esculturas rastreiam ciclos da Lua e do Sol, que antecedem outras descobertas de calendário desse tipo em milênios. O rastreamento também pode ter mostrado que impactos de cometas acontecem mais quando a órbita da Terra cruza o caminho de fragmentos de cometas circulantes, algo que a ciência moderna provou.

Um dos pilares parece retratar ainda a chuva de meteoros Táuridas, possível fonte do impacto do cometa. Os pesquisadores acreditam que essas sejam provas de que a civilização antiga registrava datas precisamente através do movimento das constelações no céu, 10 mil anos antes de Hiparco da Grécia antiga documentar a oscilação no eixo da Terra em 150 a.C.

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