Dados internos do Pentágono são vazados e aprofunda crise no governo Trump

A Casa Branca negou na segunda-feira, 21, que o governo do ex-presidente Donald Trump esteja considerando a demissão do secretário de Defesa, Pete Hegseth, após relatos de que ele teria compartilhado informações sobre operações militares dos Estados Unidos no Iêmen em um grupo privado na plataforma Signal. A reação do governo ocorreu após a publicação […] O post Dados internos do Pentágono são vazados e aprofunda crise no governo Trump apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 22, 2025 - 16:39
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Dados internos do Pentágono são vazados e aprofunda crise no governo Trump

A Casa Branca negou na segunda-feira, 21, que o governo do ex-presidente Donald Trump esteja considerando a demissão do secretário de Defesa, Pete Hegseth, após relatos de que ele teria compartilhado informações sobre operações militares dos Estados Unidos no Iêmen em um grupo privado na plataforma Signal.

A reação do governo ocorreu após a publicação de uma reportagem da National Public Radio (NPR), que citou uma fonte anônima afirmando que a administração Trump teria iniciado uma busca por um novo titular para o Departamento de Defesa.

O jornal The New York Times também publicou que Hegseth teria repassado detalhes de ataques planejados contra os Houthis, no mês passado, em uma conversa na qual estariam, além de colegas de trabalho, sua esposa, seu irmão e seu advogado.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou a informação como falsa.

“Essa matéria da NPR é uma FAKE NEWS total, baseada em uma fonte anônima que claramente não tem ideia do que está falando”, afirmou Leavitt em publicação na rede X. Segundo a porta-voz, o presidente Donald Trump mantém o apoio ao secretário de Defesa.

Mais cedo, Trump também negou as acusações contra Hegseth. Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de afastamento do secretário, o ex-presidente declarou que ele continua no cargo e defendeu sua atuação.

“Ele está fazendo um ótimo trabalho. Perguntem aos Houthis como ele está se saindo”, disse Trump, segundo relato da agência Sputnik.

O caso ganhou repercussão após veículos de imprensa norte-americanos noticiarem que Hegseth teria utilizado um grupo privado no aplicativo Signal para compartilhar informações consideradas sensíveis sobre ações militares no Oriente Médio. O suposto vazamento envolveria detalhes de ataques contra o grupo Houthi, no Iêmen.

Desde o início do ano, os Estados Unidos têm conduzido operações militares na região, em meio a confrontos com os Houthis, que controlam parte do território iemenita.

Em 15 de março, Trump determinou uma ofensiva militar contra o grupo, classificando a ação como “decisiva e contundente”. Na ocasião, o Comando Central das Forças Armadas dos EUA informou que a operação tinha como objetivo proteger interesses norte-americanos.

De acordo com informações divulgadas pelo ministério da Saúde do governo Houthi, os ataques aéreos norte-americanos resultaram na morte de mais de 100 pessoas no território iemenita desde o início das operações.

As ações militares dos Estados Unidos ocorrem em meio a tensões crescentes na região e têm sido alvo de críticas de organizações internacionais. O governo Trump, no entanto, afirma que as ofensivas visam neutralizar ameaças à navegação no Mar Vermelho e ao tráfego internacional na região.

Apesar das especulações sobre a eventual saída de Hegseth do cargo, a Casa Branca reforçou que não há decisão nesse sentido. A administração também contestou a credibilidade das informações divulgadas pela imprensa, atribuindo as reportagens a fontes anônimas sem ligação com o alto escalão do governo.

Trump criticou os veículos de comunicação que publicaram as denúncias e voltou a utilizar a expressão “fake news” para se referir às matérias. “É apenas fake news. Eles simplesmente inventam histórias. Parece coisa de funcionários insatisfeitos”, afirmou o ex-presidente.

O episódio envolvendo o secretário de Defesa ocorre em um momento de intensificação das operações militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. As ações contra os Houthis, que têm apoio do Irã, fazem parte da estratégia de Washington para conter ataques a navios comerciais e bases militares norte-americanas na região.

A acusação de que informações sobre essas operações teriam sido compartilhadas em um grupo de mensagens reacendeu o debate sobre a segurança no compartilhamento de dados estratégicos no governo dos Estados Unidos.

Até o momento, o Departamento de Defesa não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo das mensagens atribuídas a Hegseth ou sobre a apuração de possíveis vazamentos.

Hegseth, que comanda a pasta da Defesa desde o segundo mandato de Trump, também não se manifestou publicamente sobre o caso.

O secretário integra o núcleo próximo ao ex-presidente e tem participado das decisões relacionadas às ações militares dos Estados Unidos no Iêmen.

A operação no país árabe continua em andamento, segundo o Comando Central, que afirma manter monitoramento constante da região e da movimentação de grupos armados que atuam no conflito local.

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