Criação de empregos com carteira assinada cai 70,8% em março ante 2024
Foram criados 71.576 postos de trabalho no mês passado, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego

O Brasil criou 71.576 empregos com carteira assinada em março empregos com carteira assinada em março de 2025. O resultado representa uma queda de 70,83% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram criados 245.395 postos.
O saldo de empregos com carteira assinada está bem abaixo das projeções dos agentes financeiros, que estimavam a criação de aproximadamente 210 mil postos de trabalho. Trata-se do pior resultado para o mês desde março de 2020 –início da pandemia de covid–, quando houve o fechamento de 294.985 vagas.
Este é o 3º mês seguido em que há saldo positivo, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (30.abr.2025) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Eis a íntegra (PDF – 1 MB) do relatório.
Em março, houve 2,23 milhões admissões e 2,16 milhões desligamentos. O Brasil agora tem pouco mais de 47,5 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado.
De janeiro a março de 2025, foram abertos 654.503 postos de trabalho. O saldo acumulado é 9,84% menor do que o mesmo período em 2024, quando houve a criação de 725.973 postos.
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de admissão foi de R$ 2.225,17 em março. O resultado representou um aumento de R$ 4,06 (ou de 0,18%) em relação a fevereiro, considerando o valor corrigido pela inflação (R$ 2.221,11).
Em relação a março de 2024, houve um acréscimo real de R$ 29,25 (ou alta real de 1,33%).
SETORES
De acordo com o Caged, 3 dos 5 grupos de atividades econômicas tiveram saldo positivo em março.
Eis os resultados setoriais:
- serviços – 52.459 postos;
- construção – 21.946 postos;
- indústria – 13.131 postos;
- agropecuária – menos5.644 postos;
- comércio – menos 10.310 postos.
No acumulado do ano, 4 grupos tiveram saldo positivo. Eis os resultados setoriais de janeiro a março de 2025:
- serviços – 362.866 postos;
- indústria – 153.868 postos;
- construção – 100.371 postos;
- agropecuária – 51.064 postos;
- comércio – menos 13.659 postos.
ESTADOS
Segundo o ministério, 19 das 27 unidades federativas registraram saldo positivo na criação de empregos em março. O Estado de São Paulo teve o maior número de postos (34.864, alta de 0,24%), com destaque para serviços (+20.301).
Alagoas foi o Estado com maior queda no saldo: menos 9.492 postos (-1,84%), com impacto da indústria (-6.899), especificamente a fabricação de açúcar em bruto (-6.800).