Como o principal porto público do Maranhão impacta nas exportações e desenvolvimento econômico
Crescimento do PIB maranhense na área agrícola e investimentos explicam como as exportações pelo Porto do Itaqui são cada vez mais essenciais para a geração de emprego e renda no estado. Porto do Itaqui, em São Luís Divulgação Em uma economia cada vez mais global, nos últimos anos o Maranhão tem voltado a atenção para investimentos públicos em setores com potencial para exportação de produtos locais, como os grãos. Clique e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Na Região Sul do Maranhão, por exemplo, a produção de soja e milho se tornou uma das principais forças econômicas relacionadas diretamente à crescente demanda de países estrangeiros interessados em grandes importações de commodities agrícolas, como a China, entre outros países. Nesse cenário, o desenvolvimento de uma estratégia de escoamento da produção de forma eficiente se tornou essencial, e o maior e principal porto público do Maranhão, o Porto do Itaqui, é o caminho mais curto para as rotas internacionais. O Porto do Itaqui, em 1993, foi o principal motivo da reunião dos empresários rurais migrantes da soja terem criado a Fapcen. Hoje, justamente essa porta de entrada aos mercados internacionais viabiliza a grandeza que o agronegócio representa não somente ao Maranhão, como estados vizinhos que preferem este canal de escoamento" Segundo o governo estadual, só entre janeiro de 2019 e junho de 2022, o Porto do Itaqui recebeu investimentos com recursos públicos no valor de R$ 299 milhões, além de R$ 2,7 bilhões em recursos privados. As aplicações visaram facilitar a escoação da produção, o que também permitiu a geração de empregos ao longo do percurso, como é o caso do Daniel Grolli, diretor-executivo de uma empresa de produção de sementes de soja, na Região Sul do Maranhão. Agronegócio faz parte dos caminhos para o desenvolvimento do Maranhão Reprodução/TV Mirante Ao todo, são 90 funcionários, entre produtores, tratoristas, operadores, gerentes, contabilidade, jurídico e administrativo. Segundo Daniel, cerca de 80% da mão de obra empregada é resultado do Porto do Itaqui, pela facilidade proporcionada na exportação de sua produção. "Acreditamos que se a gente não tivesse essa exportação, nós seríamos 20% do tamanho que temos hoje. Então esse sucesso todo é devido à exportação que acontece pelo porto, porque o navio é a forma mais barata de você levar commodity para o outro lado do mundo. Senão a gente atenderia só o mercado regional, o que é muito menor e iria saturar muito rápido", afirma Daniel. O agro vai mudar a realidade do Maranhão porque há terra e há clima. O que faltam são agricultores. Muitos já estão vindo de outros estados. O agro emprega muita gente e também paga bem" José Gorgen é produtor rural no Maranhão e vê com bons olhos o futuro do setor para o estado Arquivo pessoal José Gorgen é produtor rural no Maranhão e vê com bons olhos o futuro do setor para o estado Arquivo pessoal Produção em alta = necessidade de exportação No Maranhão, de acordo com dados do IBGE , o PIB cresceu 3,4% em 2024. No último quadrimestre, só o setor de agropecuária cresceu +2,7%. No caso da produção de grãos, houve um crescimento de 1,5%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). Dentre os principais fatores de crescimento está a maior demanda da China, que foi o país com maior interação comercial do Maranhão com o exterior. Ao todo, foram US$ 1,8 bilhão em valores adquiridos por exportação, sendo a soja e o algodão bruto os principais produtos adquiridos pelos chineses, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Principais produtos exportados pelo MA em 2024 “Neste ano, tivemos a maior movimentação de soja da história no mês de abril, com mais de 2 milhões de toneladas. No quadrimestre movimentou 4,6 milhões”, informou Gisela Introvini, representando a Fapcen, sobre os dados de 2025. Retorno dos investimentos Ainda segundo Gisela, o aumento na produção agrícola possui relação direta com os investimentos estratégicos em logística portuária, e vice-versa, pois a própria expansão do Porto do Itaqui traz motivação aos empresários para investir no crescimento da produção de grãos, já que existe maior confiança de que o produto chegará ao destino com qualidade. “Face elevados investimentos na modernização, versatilidade e flexibilidade em várias operações, a exemplo do "ship-to-ship", o Porto do Itaqui se tornou o principal Porto do Arco Norte", explica.


Crescimento do PIB maranhense na área agrícola e investimentos explicam como as exportações pelo Porto do Itaqui são cada vez mais essenciais para a geração de emprego e renda no estado. Porto do Itaqui, em São Luís Divulgação Em uma economia cada vez mais global, nos últimos anos o Maranhão tem voltado a atenção para investimentos públicos em setores com potencial para exportação de produtos locais, como os grãos. Clique e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Na Região Sul do Maranhão, por exemplo, a produção de soja e milho se tornou uma das principais forças econômicas relacionadas diretamente à crescente demanda de países estrangeiros interessados em grandes importações de commodities agrícolas, como a China, entre outros países. Nesse cenário, o desenvolvimento de uma estratégia de escoamento da produção de forma eficiente se tornou essencial, e o maior e principal porto público do Maranhão, o Porto do Itaqui, é o caminho mais curto para as rotas internacionais. O Porto do Itaqui, em 1993, foi o principal motivo da reunião dos empresários rurais migrantes da soja terem criado a Fapcen. Hoje, justamente essa porta de entrada aos mercados internacionais viabiliza a grandeza que o agronegócio representa não somente ao Maranhão, como estados vizinhos que preferem este canal de escoamento" Segundo o governo estadual, só entre janeiro de 2019 e junho de 2022, o Porto do Itaqui recebeu investimentos com recursos públicos no valor de R$ 299 milhões, além de R$ 2,7 bilhões em recursos privados. As aplicações visaram facilitar a escoação da produção, o que também permitiu a geração de empregos ao longo do percurso, como é o caso do Daniel Grolli, diretor-executivo de uma empresa de produção de sementes de soja, na Região Sul do Maranhão. Agronegócio faz parte dos caminhos para o desenvolvimento do Maranhão Reprodução/TV Mirante Ao todo, são 90 funcionários, entre produtores, tratoristas, operadores, gerentes, contabilidade, jurídico e administrativo. Segundo Daniel, cerca de 80% da mão de obra empregada é resultado do Porto do Itaqui, pela facilidade proporcionada na exportação de sua produção. "Acreditamos que se a gente não tivesse essa exportação, nós seríamos 20% do tamanho que temos hoje. Então esse sucesso todo é devido à exportação que acontece pelo porto, porque o navio é a forma mais barata de você levar commodity para o outro lado do mundo. Senão a gente atenderia só o mercado regional, o que é muito menor e iria saturar muito rápido", afirma Daniel. O agro vai mudar a realidade do Maranhão porque há terra e há clima. O que faltam são agricultores. Muitos já estão vindo de outros estados. O agro emprega muita gente e também paga bem" José Gorgen é produtor rural no Maranhão e vê com bons olhos o futuro do setor para o estado Arquivo pessoal José Gorgen é produtor rural no Maranhão e vê com bons olhos o futuro do setor para o estado Arquivo pessoal Produção em alta = necessidade de exportação No Maranhão, de acordo com dados do IBGE , o PIB cresceu 3,4% em 2024. No último quadrimestre, só o setor de agropecuária cresceu +2,7%. No caso da produção de grãos, houve um crescimento de 1,5%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). Dentre os principais fatores de crescimento está a maior demanda da China, que foi o país com maior interação comercial do Maranhão com o exterior. Ao todo, foram US$ 1,8 bilhão em valores adquiridos por exportação, sendo a soja e o algodão bruto os principais produtos adquiridos pelos chineses, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Principais produtos exportados pelo MA em 2024 “Neste ano, tivemos a maior movimentação de soja da história no mês de abril, com mais de 2 milhões de toneladas. No quadrimestre movimentou 4,6 milhões”, informou Gisela Introvini, representando a Fapcen, sobre os dados de 2025. Retorno dos investimentos Ainda segundo Gisela, o aumento na produção agrícola possui relação direta com os investimentos estratégicos em logística portuária, e vice-versa, pois a própria expansão do Porto do Itaqui traz motivação aos empresários para investir no crescimento da produção de grãos, já que existe maior confiança de que o produto chegará ao destino com qualidade. “Face elevados investimentos na modernização, versatilidade e flexibilidade em várias operações, a exemplo do "ship-to-ship", o Porto do Itaqui se tornou o principal Porto do Arco Norte", explica.