Cid diz na delação que motociatas de Bolsonaro eram financiadas com cartão corporativo

Segundo Cid, o esquema envolvia gastos com a compra de motos para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), transporte dos veículos para os eventos, além de hospedagem e alimentação da equipe de segurança que acompanhava o então presidente. Em seu depoimento de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid revelou que as motociatas promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato eram financiadas com recursos públicos, por meio do cartão corporativo da Presidência da República. O cartão existe para bancar gastos do presidente. Em seu mandato, Bolsonaro realizou motociatas que funcionavam como eventos políticos, no qual ele reunia apoiadores. Segundo Cid, a logística envolvia gastos com a compra de motos para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), transporte dos veículos para os eventos, além de hospedagem e alimentação da equipe de segurança que acompanhava o então presidente. “A partir do momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu andar de moto, o GSI teve de comprar motos similares para poder acompanhá-lo. Em algumas ocasiões, foi necessário embarcar as motos para que chegassem ao local do evento", declarou Cid. Bolsonaro participou de motociata em Poços de Caldas (MG) em setembro de 2022. Marcos Corrêa Ele afirmou acreditar que os custos das motos e do transporte eram pagos com o cartão corporativo, assim como os gastos com hospedagem e alimentação dos servidores responsáveis pela segurança do presidente durante as motociatas. "O colaborador acredita que os gastos com as motos e seu transporte eram pagas, também, com o cartão corporativo; QUE os gastos de hospedagem e alimentação dos servidores que faziam a segurança do presidente nas 'motociatas' eram arcadas com o uso do cartão corporativo; QUE o COLABORADOR acredita que em todas aparições públicas do presidente, seja em "motociatas" ou outros eventos, os gastos operacionais de hospedagem, alimentação e segurança eram gastos, salvo engano, com o cartão corporativo do GSI", afirma a delação. Além dos eventos com motociclistas, o delator mencionou que os custos operacionais de todas as aparições públicas de Bolsonaro eram arcados pelo cartão corporativo do GSI, incluindo despesas logísticas para deslocamentos em todo o país. A revelação reforça as suspeitas sobre o uso de dinheiro público para financiar eventos políticos e de campanha do ex-presidente, uma prática que pode configurar desvio de recursos e improbidade administrativa.

Fev 19, 2025 - 23:04
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Cid diz na delação que motociatas de Bolsonaro eram financiadas com cartão corporativo

Segundo Cid, o esquema envolvia gastos com a compra de motos para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), transporte dos veículos para os eventos, além de hospedagem e alimentação da equipe de segurança que acompanhava o então presidente. Em seu depoimento de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid revelou que as motociatas promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato eram financiadas com recursos públicos, por meio do cartão corporativo da Presidência da República. O cartão existe para bancar gastos do presidente. Em seu mandato, Bolsonaro realizou motociatas que funcionavam como eventos políticos, no qual ele reunia apoiadores. Segundo Cid, a logística envolvia gastos com a compra de motos para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), transporte dos veículos para os eventos, além de hospedagem e alimentação da equipe de segurança que acompanhava o então presidente. “A partir do momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu andar de moto, o GSI teve de comprar motos similares para poder acompanhá-lo. Em algumas ocasiões, foi necessário embarcar as motos para que chegassem ao local do evento", declarou Cid. Bolsonaro participou de motociata em Poços de Caldas (MG) em setembro de 2022. Marcos Corrêa Ele afirmou acreditar que os custos das motos e do transporte eram pagos com o cartão corporativo, assim como os gastos com hospedagem e alimentação dos servidores responsáveis pela segurança do presidente durante as motociatas. "O colaborador acredita que os gastos com as motos e seu transporte eram pagas, também, com o cartão corporativo; QUE os gastos de hospedagem e alimentação dos servidores que faziam a segurança do presidente nas 'motociatas' eram arcadas com o uso do cartão corporativo; QUE o COLABORADOR acredita que em todas aparições públicas do presidente, seja em "motociatas" ou outros eventos, os gastos operacionais de hospedagem, alimentação e segurança eram gastos, salvo engano, com o cartão corporativo do GSI", afirma a delação. Além dos eventos com motociclistas, o delator mencionou que os custos operacionais de todas as aparições públicas de Bolsonaro eram arcados pelo cartão corporativo do GSI, incluindo despesas logísticas para deslocamentos em todo o país. A revelação reforça as suspeitas sobre o uso de dinheiro público para financiar eventos políticos e de campanha do ex-presidente, uma prática que pode configurar desvio de recursos e improbidade administrativa.