China anuncia plano de caçar vida extraterrestre no Sistema Solar

Na última semana, a China revelou um plano de exploração espacial de longo prazo que foca na busca de vida extraterrestre e possíveis locais habitáveis no Sistema Solar.

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Para o ambicioso projeto, a China criou o Laboratório de Exploração do Espaço Sideral (DSEL, na sigla em inglês), em 2022, mas o país só detalhou o plano na última semana. O laboratório, com sede em Shanghai, apresentou uma série de missões que ampliam o projeto de exploração espacial da China e pode desafiar a hegemonia dos EUA — devido aos recentes cortes no orçamento da NASA.

De acordo com o jornalista Andrew Jones, o plano de exploração espacial terá seu início em 2030. O pontapé inicial será a missão Tianwen-3, prevista para 2028, que buscará amostras do solo de Marte.

No ano seguinte, a China lançará a missão Tianwen-4 para explorar Júpiter e sua lua, Calisto.

Já em 2030, de acordo com o plano, a China vai desenvolver um ambiente que simula o habitat espacial em missões de longa duração, culminando na criação de uma estação de pesquisa em Marte, em 2038.

Antes disso, a China também pretende trazer amostras da atmosfera de Vênus, em 2033. Por fim, em 2039, a China lançará uma missão rumo à maior lua de Netuno, cujo objetivo é estudar o potencial de vida em planetas mais distantes no Sistema Solar.

Apresentação oficial da China mostra calendário do plano de exploração do Sistema Solar. Imagem: Andrew Jones/X/Reprodução

Governo da China precisa aprovar missões para buscar vida extraterrestre no Sistema Solar

Apesar do ambicioso anúncio, por enquanto, somente as duas primeiras missões receberam aprovação oficial do governo chinês.

No entanto, a dimensão deste plano de exploração do Sistema Solar destaca o compromisso da China em explorar os lugares mais distantes da galáxia. A missão que visitará a lua de Netuno, por exemplo, enfrentará vários desafios técnicos devido ao ambiente gelado do planeta.

Por outro lado, o sucesso do programa de exploração lunar da China e da missão Tianwen-1 são exemplos da capacidade do país. Além disso, os possíveis cortes no orçamento da NASA oferecem uma oportunidade para a China assumir um papel de maior destaque nessa nova corrida espacial.

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