Campeonato de Portugal de Ralis: um caso único na Europa
Com a notícia da confirmação de Dani Sordo a competir pela Hyundai no campeonato português de ralis, juntado-se a outra recente confirmação de Kris Meeke na equipa oficial da Toyota em Portugal, estão os dados lançados para uma época ímpar de ralis no campeonato português, e mais do que isso, é algo que não tem […] The post Campeonato de Portugal de Ralis: um caso único na Europa first appeared on AutoSport.

Com a notícia da confirmação de Dani Sordo a competir pela Hyundai no campeonato português de ralis, juntado-se a outra recente confirmação de Kris Meeke na equipa oficial da Toyota em Portugal, estão os dados lançados para uma época ímpar de ralis no campeonato português, e mais do que isso, é algo que não tem paralelo na Europa em termos de nomes fortes.
Se há palavras que se ouvem muitas vezes relativas ao motorsport em Portugal, são as dificuldades em encontrar patrocínios, e isso é uma realidade, mas depois do que se viu recentemente pelo lado da Toyota que apostou forte nas três competições nacionais de motorsport, Ralis, Todo-o-Terreno e Velocidade, agora foi a vez da Hyundai trazer também um piloto estrangeiro de topo para correr no campeonato português.
Alguns podem estar agora a questionar-se de que forma isso ajuda todos os outros à sua volta e a resposta é óbvia: Quando entramos numa competição valorizada desta forma, mesmo com recursos mais limitados que nos impeçam de lutar por posições mais acima, a simples participação num campeonato de maior nível traz benefícios significativos.
Ao competir ao lado de pilotos de renome, com vasta experiência no Mundial de Ralis, a competição ganha imediatamente um patamar superior de visibilidade e credibilidade.
Essa presença de grandes nomes não só atrai mais atenção do público e da imprensa, como também desperta o interesse de patrocinadores e potenciais investidores, criando um ambiente que beneficia todos os participantes. Mesmo aqueles que estão em posições mais modestas passam a integrar uma rede de apoio e reconhecimento que pode abrir portas para futuras oportunidades. Ou seja, ao gerar atenção, alguns desses ‘olhos’ podem ver ali oportunidades para os seus próprios negócios, é por isso que muitas empresas investem no ‘motorsport’.
Claramente, a presença num campeonato competitivo valoriza todos os que lá andam, claro que de forma indexada ao seu contexto, impulsionando o crescimento e desenvolvimento do desporto para todos os envolvidos, independentemente da posição na “cadeia alimentar”.
Fazendo uma ‘volta rápida’ pelos campeonatos europeus de ralis de alguns dos melhores países, entre eles os mais ‘virados’ para os ralis, em nenhum deles se veem nomes do calibre de Dani Sordo e Kris Meeke.
É verdade que muitos desses países alimentam os Rally1 e em maior escala os Rally2, e os principais nomes depressa transitam para o ERC ou WRC, e por isso já saíram dos seus campeonatos nacionais enquanto em Portugal há muito não temos pilotos no WRC ou mesmo no ERC, mas, em contrapartida, desde há uma década para cá o CPR cresceu imenso e já vai em duas equipas oficiais, algo que não era visto em Portugal há duas décadas…
Olhando para Espanha, sim, têm um campeonato forte, cheio de jovens promissores ou já mesmo mais consagrados como Alejandro Cachón, Diego Ruiloba, Pepe Lopez, José Antonio Suárez e vários outros.
Na Bélgica, os desconhecidos, ou quase, Cedric Herain, Maxime Potty, Niels Reynvoet, sendo que o mais falado é mesmo Jos Verstappen, e todos percebem o porquê. Na República Checa, um País absolutamente louco por ralis, temos nomes como Dominik Stříteský, Jan Kopecký, Adam Březík, Filip Mareš, Erik Cais, jovens, veteranos, pilotos que andam no Europeu e Mundial de Ralis. A Chéquia é um caso à parte de competitividade, e tem muito que agradecer à Skoda, obviamente.
Na Alemanha Marijan Griebel, Julius Tannert, Dennis Rostek, o campeonato da Finlândia, já sabemos que é forte, e o porquê, de França a mesma coisa, e com nomes bem conhecidos, Leo Rossel, Yoann Bonato, Eric Camilli, já na Grã-Bretanha, Chris Ingram, Will Creighton, Osion Pryce, Keith Cronin, é também um campeonato bastante forte, o mesmo se pode dizer de Itália, com Andrea Crugnola, Giandomenico Basso, Simone Campedelli, Países Baixos, Dannis Rostek, Yannick Vrielink ou Kevin Van Deijne, na Polónia, Jarosław Szeja, Grzegorz Grzyb, Zbigniew Gabryś, na Suécia Patrik Hallberg, Patrik Dybeck, Per-Gunnar Andersson.
Ou seja, olhando somente para nomes, nenhum destes plantéis tem pilotos do calibre de Dani Sordo e Kris Meeke, que entrando em luta direta na totalidade do campeonato português aumentam significativamente o nível da competição que, curiosamente, também ganha ‘músculo’ entre os pilotos portugueses, pois se lamentavelmente, Miguel Correia parece ir ficar mais uma vez de fora, em nada nos podemos lamentar de ter uma lista como Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), Ricardo Teodósio (Toyota GR Yaris GR Rally2), José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2), Ruben Rodrigues (Toyota GR Yaris GR Rally2), Pedro Almeida (Skoda Fabia RS Rally2), e Gonçalo Henriques (Hyundai i20 N Rally2) e Hugo Lopes (Hyundai i20 N Rally2), com três ralis cada um sendo certo que Pedro Meireles e João Barros vão aparecer aqui e ali, se calhar mais vezes, pois um plantel assim entusiasma toda a gente.
O CPR 2025 pode, claramente, ser um dos melhores campeonatos de Portugal de ralis que há memória.The post Campeonato de Portugal de Ralis: um caso único na Europa first appeared on AutoSport.