Brava Energia dispara 19%, enquanto Embraer desaba 11% – veja as principais altas e baixas da semana na bolsa

A sexta-feira (28) pode ter frustrado um pouco alguns investidores brasileiros. Isso porque depois de ter registrado três dias consecutivos de alta, o Ibovespa encerrou a semana acumulando queda de 0,33%.

Mas, a despeito da queda do principal índice da Bolsa brasileira, algumas ações encerraram a semana acumulando ganhos superiores a 10%.

O principal destaque da semana ficou com a Brava Energia (BRAV3), que encerrou o pregão com alta de 19,50%. Os ganhos foram impulsionados pelos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24).

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A companhia reportou um prejuízo líquido pró-forma de R$ 1,02 bilhão no 4T24, uma reversão do lucro de R$ 474,7 milhões registrado no mesmo período em 2023.

Segundo a companhia, fruto da fusão entre a 3R Petroleum e Enauta, o resultado está atrelado à desvalorização cambial do período, “sendo um evento de natureza exclusivamente contábil, sem efeito caixa”.

Na avaliação dos analistas do Santander, o trimestre foi de transição e não da história completa da companhia. Embora a produção tenha sido fraca no período, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz notam um custo de extração melhor do que o esperado, dado o desempenho sólido de suas operações onshore.

Além disso, os papéis ganharam fôlego após o BTG Pactual Wealth Management elevar a participação na Brava. O BTG WM atingiu a posição de 24,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a aproximadamente 5,23% do total dos papéis emitidos pela empresa.

Tombo no ar

Na ponta oposta, a Embraer (EMBR3) teve o pior desempenho dentre as companhias que operam na bolsa brasileira. Ela encerrou o pregão de sexta acumulando perda de 11,24% na semana.

O mau desempenho da Embraer ocorreu diante dos possíveis impactos das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos — que entram em vigor na próxima semana.

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Na avaliação do BTG Pactual, o impacto das medidas deve ser limitado.

“De forma geral, acreditamos que o impacto líquido de um aumento tarifário sobre a Embraer seria limitado, com a principal exposição concentrada na aviação executiva — que representa cerca de 28% da receita líquida de 2024”, afirmaram Lucas Marquiori e Fernanda Recchia em relatório.

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