BR Partners (BRBI11): Rentabilidade permanece resiliente – e bem acima do custo de capital
ROE do BR Partners ficou em 21,6%, expansão de 1,1 ponto percentual contra o 4T24 O post BR Partners (BRBI11): Rentabilidade permanece resiliente – e bem acima do custo de capital apareceu primeiro em Empiricus.

O primeiro trimestre do ano veio com a esperada desaceleração de receita para o BR Partners (BRBI11); contudo, a rentabilidade permaneceu resiliente – e bem acima do custo de capital.
O lucro líquido, de R$ 43 milhões, cresceu 2% sequencialmente, mas retraiu 13% na comparação anual. Por sua vez, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ficou em 21,6%, com expansão de 1,1 p.p. contra o 4T24, mas com contração de 2,5 p.p. contra o 1T24. No todo, consideramos que os números vieram em linha com a expectativa.
Veja o desempenho por segmento
A receita com clientes somou R$ 99 milhões, queda trimestral de 17%, mas com alta de 2% na visão anual. A desaceleração foi puxada por Investment Banking & Capital Markets (-7% t/t e +1% a/a), em função do macro estressado pelo juro elevado e incertezas no comércio global. Isso leva ao adiamento de decisões de alocação de capital e fechamento de fusões e aquisições, o que deve progressivamente pesar sobre a divisão ao longo do ano.
A frente de Treasury Sales & Structuring (-44% t/t e -1% a/a) também sentiu a volatilidade elevada nos primeiros meses do ano. Na ponta positiva, a parte de Gestão de Patrimônio apresentou receita estável no trimestre, e 64% superior àquela do 1T24, refletindo o atingimento de R$ 5,5 bilhões em patrimônio sob gestão.
Já a receita com remuneração do capital próprio, de R$ 28 milhões, subiu 13% sequencialmente, mas caiu 30% na visão anual, devido ao menor patrimônio líquido do período. Ademais, a implementação da resolução 4.966, do Banco Central, também influenciou no reporte da linha.
As despesas operacionais permaneceram relativamente controladas: caíram 25% na visão trimestral, e subiram 7% anualmente. Isso se deve à menor despesa com referral fees (comissões) na originação de transações de M&A e mercado de capitais, além do maior controle da despesa com pessoal, ⅔ variável.
Isso dá flexibilidade para a companhia gerenciar sua rentabilidade quando os negócios de clientes são afetados pelo macro, como neste momento. Com isso, o índice de eficiência, que relaciona as despesas com a receita, ficou em 46,9%, melhoria sequencial de 5 pontos percentuais.
A linha final cresceu 2% sequencialmente, mas caiu 13% anualmente, para R$ 43 milhões, refletindo principalmente a desaceleração das receitas. Entretanto, consideramos que a rentabilidade foi bem resiliente, com ROE de 21,6% – que a gestão espera manter estável ao longo do ano, um ponto positivo.
A companhia declarou R$ 0,30/unit em dividendos referentes ao trimestre, a serem pagos em 23/05 (data-ex em 14/05), o que corresponde a um dividend yield anualizado de 9,1%.
BRBI11: recomendação de compra
Reconhecemos que 2025 não deve ser um ano de crescimento para a companhia, dado o juro alto e seus inevitáveis efeitos sobre emissões de dívida e fusões e aquisições.
Entretanto, mesmo nesses anos, o BR Partners historicamente conseguiu manter sua rentabilidade elevada e bem acima do custo de capital, o que, na nossa visão, deve se repetir neste ano. Negociando a 9,9x seu lucro projetado para 2025, segundo o consenso, e com um dividend yield projetado de 9,5% para o ano, mantemos BRBI11 entre as recomendações da Empiricus.
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