Autarca de Gaia renuncia a mandato em junho após decisão de perda de mandato proferida pelo Tribunal Constitucional
O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, anunciou nesta quinta-feira que vai renunciar, em meados de junho, ao mandato à frente da autarquia, na sequência do despacho do Tribunal Constitucional (TC) que veio confirmar a sua perda de mandato. Nesse mesmo mês vai apresentar as contas consolidadas municipais. Numa conferência […]


O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, anunciou nesta quinta-feira que vai renunciar, em meados de junho, ao mandato à frente da autarquia, na sequência do despacho do Tribunal Constitucional (TC) que veio confirmar a sua perda de mandato. Nesse mesmo mês vai apresentar as contas consolidadas municipais.
Numa conferência de imprensa no salão nobre da câmara, o autarca socialista garantiu que vai recorrer da decisão judicial e “lutar até ao fim” e diz-se “convencido que [tal] acabará numa remissão”.
Ainda assim, Eduardo Vítor Rodrigues considera “injusto e errado” o despacho do TC, frisando que “nunca teve processos de desvio de dinheiro”. Mesmo assim vai renunciar ao mandato no município ao qual preside desde 2013. “Tenho o sentimento da missão cumprida e a minha consciência tranquila. Por isso, comunico que apresentarei a minha renúncia ao mandato, juntamente com a entrega do relatório de contas consolidadas, em meados de junho”, anunciou o autarca socialista que garante não regressar à vida política local.
Sobre se tenciona candidatar-se a outra câmara municipal, o edil foi perentório: “Desde o início que disse que está posto de parte, porque não sou um saltimbanco, não ando a saltar de concelho em concelho. Vamos ver o futuro.”
Desde o início que disse que está posto de parte, porque não sou um saltimbanco, não ando a saltar de concelho em concelho. Vamos ver o futuro.
“Concluirei assim com o reporte financeiro municipal completo, o meu trabalho e o trabalho da minha equipa, deixando o documento de contas consolidadas municipais para se comparar com o estado lastimável em que recebi a câmara e o erário público municipal“, prosseguiu.
“Nesta semana de eleições legislativas, o Tribunal Constitucional (TC) tornou público um primeiro despacho, mantendo a multa de 140 euros e a perda de mandato do presidente da câmara de Gaia pelo alegado, e falso, uso pessoal de um carro municipal“, começa por assinalar o autarca socialista.