Atividade econômica avança 0,4% em fevereiro e supera projeções do mercado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um indicador antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro, segundo dados dessazonalizados divulgados nesta sexta-feira (11) pela autoridade monetária. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela agência Reuters, que projetavam uma elevação de […] O post Atividade econômica avança 0,4% em fevereiro e supera projeções do mercado apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 11, 2025 - 16:11
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Atividade econômica avança 0,4% em fevereiro e supera projeções do mercado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um indicador antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro, segundo dados dessazonalizados divulgados nesta sexta-feira (11) pela autoridade monetária.

O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela agência Reuters, que projetavam uma elevação de 0,15% no período. O desempenho do indicador reforça a tendência de recuperação da atividade econômica no início do ano.

Na comparação com o mesmo mês de 2024, o IBC-Br avançou 4,1%. Já no acumulado de 12 meses até fevereiro, o índice registrou crescimento de 3,8%, segundo os dados observados, que não consideram o ajuste sazonal.

O IBC-Br é utilizado pelo Banco Central como um dos parâmetros para avaliar o ritmo da economia brasileira e orientar a condução da política monetária.

Embora não substitua o cálculo oficial do PIB, divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice serve como um termômetro da evolução da atividade econômica no curto prazo.

O desempenho registrado em fevereiro ocorre após o índice ter apresentado estabilidade em janeiro, quando a variação foi de 0% na série com ajuste sazonal. Com o avanço observado, o nível de atividade econômica manteve trajetória positiva no primeiro bimestre de 2025.

O Banco Central não detalha os componentes setoriais do IBC-Br, mas o resultado reflete, de forma agregada, o comportamento dos principais setores da economia, como agropecuária, indústria, comércio e serviços.

O IBGE divulgará os dados oficiais do PIB do primeiro trimestre no final de maio. Até lá, o IBC-Br funciona como um dos principais indicadores disponíveis para monitorar a evolução da economia em tempo real.

O crescimento observado nos dados de fevereiro ocorre em um contexto de redução gradual da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,75% ao ano, e de desaceleração da inflação, fatores que têm contribuído para a reativação da demanda interna.

Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou o sexto corte consecutivo na Selic, sinalizando continuidade no ciclo de afrouxamento monetário. A expectativa de parte do mercado é que esse movimento seja mantido nas próximas reuniões, dependendo do comportamento dos índices de preços e da atividade.

Economistas acompanham com atenção os indicadores de curto prazo para avaliar o impacto da política monetária e projetar o desempenho do PIB em 2025. As projeções atuais indicam crescimento em torno de 2% para o ano, embora as estimativas possam ser revisadas a depender dos resultados dos próximos meses.

O relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central com base nas projeções do mercado financeiro, indica que a expectativa mediana dos analistas é de um crescimento de 1,9% do PIB neste ano. Para 2026, a projeção atual é de 2%.

Os próximos dados do IBC-Br, referentes ao mês de março, devem ser divulgados em meados de maio e ajudarão a consolidar as estimativas para o desempenho do primeiro trimestre. Até o momento, os resultados sinalizam um início de ano com expansão econômica moderada, influenciada por condições monetárias menos restritivas e uma base de comparação mais favorável.

A continuidade da trajetória de crescimento dependerá, segundo analistas, de fatores como o comportamento do mercado de trabalho, a evolução da renda das famílias, o crédito ao consumidor e o cenário externo. Também são acompanhadas as medidas fiscais adotadas pelo governo e seus efeitos sobre a confiança dos agentes econômicos.

O IBC-Br é calculado com base em estimativas mensais do valor adicionado dos setores da economia, considerando dados como produção industrial, volume de serviços, comércio varejista e indicadores da agropecuária. O índice é divulgado com defasagem de aproximadamente 40 dias em relação ao mês de referência.

Com os dados de fevereiro, o indicador se aproxima do nível mais alto desde o segundo semestre de 2022, sinalizando retomada parcial das perdas registradas ao longo de períodos anteriores marcados por incertezas econômicas e instabilidade nos mercados.

A próxima reunião do Copom está prevista para o início de maio. Até lá, o Banco Central continuará acompanhando os dados de atividade e inflação para definir os próximos passos da política de juros.

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