Após impasse com Eduardo Bolsonaro e reviravolta, PL escolhe deputado Filipe Barros para presidir comissão
Maior bancada da Câmara teve dificuldade para definir chefias das comissões de Relações Exteriores e Segurança, que, após eleição tumultuada, será presidida por Paulo Bilynskyj. Filipe Barros (PL-PR) foi eleito para presidir Comissão de Relações Exteriores, que era cobiçada por Eduardo Bolsonaro Mário Agra/Câmara dos Deputados Partido com maior bancada da Câmara, o PL teve duas reviravoltas na escolha das presidências das comissões permanentes da Casa. A sigla tem 92 deputados e, por isso, definiu o comando de seis comissões da Câmara. Para definir a presidência da Comissão de Relações Exteriores, por exemplo, o partido teve dificuldades internas. A sigla mergulhou de cabeça na disputa pela presidência do colegiado depois de o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defender que o espaço poderia gerar frutos ao PL, baseado na proximidade entre o clã Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por algumas semanas, a cadeira foi prometida pelo partido ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nesta terça (18), de surpresa, Eduardo anunciou que se licenciará do mandato parlamentar para viver nos Estados Unidos. Ao anunciar que estava se afastando da Câmara, Eduardo defendeu o nome de Zucco, líder da oposição na Câmara, para assumir o comando do colegiado em seu lugar. Zucco chegou a confirmar que havia sido convidado para a função. Contudo, mais tarde, ainda na terça, Jair Bolsonaro desautorizou o próprio filho. Bolsonaro atuou para que Filipe Barros (PL-PR) fosse o escolhido pelo partido. Segundo aliados, o ex-presidente argumentou que seria melhor para o bloco de oposição manter Zucco dedicado à liderança dos oposicionistas na Câmara. Após a reviravolta, a indicação defendida por Jair Bolsonaro foi confirmada, e Filipe Barros, que foi líder da oposição na Câmara em 2024, foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores na manhã desta quarta. Disputa na Comissão de Segurança Pública Líder do PL tenta acordo entre deputados para definir presidência da Comissão de Segurança Os presidentes, indicados pelo partido, costumam ser eleitos por acordo, sem enfrentar adversários dentro da mesma bancada. Nesta quarta, no entanto, o partido quase rachou sobre o comando da Comissão de Segurança Pública. Dois deputados disputaram a indicação do partido para a presidência e quase decidiram, no voto, o comando do colegiado. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) fechou um acordo com o então líder do PL Altineu Côrtes (PL-RJ) e abriu mão do comando da comissão em 2024 em favor de Alberto Fraga (PL-DF). Ele esperava assumir sem dificuldades a presidência da comissão em 2025, mas o deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou uma candidatura avulsa. Com perfil mais moderado, deputados da comissão disseram que Meira teria mais votos e acabaria eleito. Após apelo do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e do líder da oposição, Zucco, Meira retirou a candidatura avulsa em favor do acordo fechado no ano passado. Assim, Bilynskyj foi o único a concorrer (veja no vídeo acima). Deputado Paulo Bilynskyj vai presidir Comissão de Segurança Pública; eleição só ocorreu depois de uma disputa interna no PL Reprodução/Instagram “O gesto do Coronel Meira em facilitar o cumprimento de um acordo pretérito à minha liderança engrandece ainda mais o nosso querido Coronel Meira. Na política, gestos valem mais que palavras e ações”, afirmou Sóstenes. Bilynskyj (PL-SP) acabou eleito com 20 votos sim e 6 votos em branco. A importância das comissões As comissões são responsáveis por analisar as propostas protocoladas na Casa, mas ganharam mais importância nos últimos anos por controlarem uma verba significativa do Orçamento por meio das emendas de comissão. Neste ano, será distribuído entre os colegiados um total de R$ 11,5 bilhões. O montante que cada comissão terá direito ainda não foi definido. Entre as atribuições da Comissão de Segurança Pública está a de convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública para prestar esclarecimentos e votar projetos voltados ao combate ao contrabando, crime organizado, sequestro, lavagem de dinheiro, violência rural e urbana, além de pautas ligadas ao porte e posse arma de fogo. Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, além de convocar o ministro chefe do Itamaraty, debate e vota temas ligados a relações diplomáticas, Forças Armadas, litígios internacionais entre outros.


Maior bancada da Câmara teve dificuldade para definir chefias das comissões de Relações Exteriores e Segurança, que, após eleição tumultuada, será presidida por Paulo Bilynskyj. Filipe Barros (PL-PR) foi eleito para presidir Comissão de Relações Exteriores, que era cobiçada por Eduardo Bolsonaro Mário Agra/Câmara dos Deputados Partido com maior bancada da Câmara, o PL teve duas reviravoltas na escolha das presidências das comissões permanentes da Casa. A sigla tem 92 deputados e, por isso, definiu o comando de seis comissões da Câmara. Para definir a presidência da Comissão de Relações Exteriores, por exemplo, o partido teve dificuldades internas. A sigla mergulhou de cabeça na disputa pela presidência do colegiado depois de o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defender que o espaço poderia gerar frutos ao PL, baseado na proximidade entre o clã Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por algumas semanas, a cadeira foi prometida pelo partido ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nesta terça (18), de surpresa, Eduardo anunciou que se licenciará do mandato parlamentar para viver nos Estados Unidos. Ao anunciar que estava se afastando da Câmara, Eduardo defendeu o nome de Zucco, líder da oposição na Câmara, para assumir o comando do colegiado em seu lugar. Zucco chegou a confirmar que havia sido convidado para a função. Contudo, mais tarde, ainda na terça, Jair Bolsonaro desautorizou o próprio filho. Bolsonaro atuou para que Filipe Barros (PL-PR) fosse o escolhido pelo partido. Segundo aliados, o ex-presidente argumentou que seria melhor para o bloco de oposição manter Zucco dedicado à liderança dos oposicionistas na Câmara. Após a reviravolta, a indicação defendida por Jair Bolsonaro foi confirmada, e Filipe Barros, que foi líder da oposição na Câmara em 2024, foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores na manhã desta quarta. Disputa na Comissão de Segurança Pública Líder do PL tenta acordo entre deputados para definir presidência da Comissão de Segurança Os presidentes, indicados pelo partido, costumam ser eleitos por acordo, sem enfrentar adversários dentro da mesma bancada. Nesta quarta, no entanto, o partido quase rachou sobre o comando da Comissão de Segurança Pública. Dois deputados disputaram a indicação do partido para a presidência e quase decidiram, no voto, o comando do colegiado. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) fechou um acordo com o então líder do PL Altineu Côrtes (PL-RJ) e abriu mão do comando da comissão em 2024 em favor de Alberto Fraga (PL-DF). Ele esperava assumir sem dificuldades a presidência da comissão em 2025, mas o deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou uma candidatura avulsa. Com perfil mais moderado, deputados da comissão disseram que Meira teria mais votos e acabaria eleito. Após apelo do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e do líder da oposição, Zucco, Meira retirou a candidatura avulsa em favor do acordo fechado no ano passado. Assim, Bilynskyj foi o único a concorrer (veja no vídeo acima). Deputado Paulo Bilynskyj vai presidir Comissão de Segurança Pública; eleição só ocorreu depois de uma disputa interna no PL Reprodução/Instagram “O gesto do Coronel Meira em facilitar o cumprimento de um acordo pretérito à minha liderança engrandece ainda mais o nosso querido Coronel Meira. Na política, gestos valem mais que palavras e ações”, afirmou Sóstenes. Bilynskyj (PL-SP) acabou eleito com 20 votos sim e 6 votos em branco. A importância das comissões As comissões são responsáveis por analisar as propostas protocoladas na Casa, mas ganharam mais importância nos últimos anos por controlarem uma verba significativa do Orçamento por meio das emendas de comissão. Neste ano, será distribuído entre os colegiados um total de R$ 11,5 bilhões. O montante que cada comissão terá direito ainda não foi definido. Entre as atribuições da Comissão de Segurança Pública está a de convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública para prestar esclarecimentos e votar projetos voltados ao combate ao contrabando, crime organizado, sequestro, lavagem de dinheiro, violência rural e urbana, além de pautas ligadas ao porte e posse arma de fogo. Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, além de convocar o ministro chefe do Itamaraty, debate e vota temas ligados a relações diplomáticas, Forças Armadas, litígios internacionais entre outros.