YouTube celebra 20 anos do primeiro vídeo publicado. Das imagens “no zoo” à era da inteligência artificial
Há precisamente 20 anos, um vídeo de apenas 18 segundos intitulado “Me at the zoo” deu o pontapé de saída para aquilo que se tornaria uma revolução global na forma como vemos, criamos e partilhamos vídeos.


Há precisamente 20 anos, um vídeo de apenas 18 segundos intitulado “Me at the zoo” deu o pontapé de saída para aquilo que se tornaria uma revolução global na forma como vemos, criamos e partilhamos vídeos.
Publicado a 23 de abril de 2005 por Jawed Karim, um dos cofundadores da plataforma, a gravação mostrava-o em frente a elefantes no jardim zoológico de San Diego — uma cena simples, mas que marcou o nascimento de uma plataforma que hoje todos conhecem: o YouTube.
Duas décadas depois, o YouTube é hoje muito mais do que um arquivo de vídeos. Com mais de dois mil milhões de utilizadores mensais, tornou-se uma potência de entretenimento, educação, cultura pop e, acima de tudo, um motor de criação e economia digital para milhões de criadores de conteúdo em todo o mundo.
Mas o que reserva o futuro? Segundo o jornalista Mark Bergen, autor do livro “Like, Comment, Subscribe”, que acompanha de perto a evolução da plataforma, o “próximo capítulo” desta plataforma passa inevitavelmente pela inteligência artificial (IA) e, em particular, pelos criadores.
Num artigo recente da série Next Chapter da Bloomberg, Bergen analisa o papel da IA na transformação da experiência do YouTube. Desde as dobragens automáticas em múltiplos idiomas, que permitem a criadores de países como o Egito conquistarem audiências na Coreia do Sul, à personalização de conteúdos com base em dados de visualização, a tecnologia é inevitável.
Além da IA – que facilita o trabalho dos criadores em chegar a públicos maiores -, o Youtube tem priorizado o papel dos criadores na plataforma, como a fonte do sucesso da mesma. Ao conquistar espaço na televisão, o Youtube tem transformado os seus criadores de conteúdo em verdadeiras estrelas do prime-time.
Destacando-se na 11.ª posição da lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo de 2025, segundo o site Fast Company, a plataforma tornou-se uma nova forma de ver televisão.
De acordo com Neal Mohan, CEO da plataforma, os utilizadores veem agora a mais de mil milhões de horas de conteúdo do YouTube em televisões físicas por dia, ultrapassando o tempo despendido em dispositivos móveis. “Quando as pessoas ligam a televisão, estão a ligar o YouTube”, afirma Mohan, acrescentanto que “a televisão é na realidade o YouTube”.