Xi Jinping promete apoiar Putin contra ‘intimidação hegemônica’ dos EUA

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou a Vladimir Putin que seu país se manterá ao lado de Moscou contra o “unilateralismo e a intimidação hegemônica” durante uma visita para participar das comemorações da vitória da Rússia sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Ao chegar a Moscou para uma visita de quatro dias, […] O post Xi Jinping promete apoiar Putin contra ‘intimidação hegemônica’ dos EUA apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mai 10, 2025 - 19:09
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Xi Jinping promete apoiar Putin contra ‘intimidação hegemônica’ dos EUA

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou a Vladimir Putin que seu país se manterá ao lado de Moscou contra o “unilateralismo e a intimidação hegemônica” durante uma visita para participar das comemorações da vitória da Rússia sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Ao chegar a Moscou para uma visita de quatro dias, Xi elogiou a “confiança mais profunda” entre China e Rússia, em uma clara crítica às potências ocidentais que condenam a ofensiva russa na Ucrânia, descrita por Putin como uma guerra contra “nazistas modernos”.

“Diante da maré internacional de unilateralismo e comportamento hegemônico, a China trabalhará com a Rússia para assumir as responsabilidades especiais das grandes potências mundiais”, declarou Xi a Putin.

Recebendo o líder chinês como “querido amigo”, Putin aproveitou para reforçar o papel de Moscou na Segunda Guerra, acusando o Ocidente de minimizar a importância da vitória soviética. Também reiterou sua narrativa sobre a guerra da Ucrânia como uma batalha contra o neonazismo.

“Junto aos nossos amigos chineses, defendemos a verdade histórica, protegemos a memória dos eventos da guerra e combatemos as manifestações modernas de neonazismo e militarismo”, disse Putin.

O governo russo e a China se posicionaram publicamente como aliados contra o que classificam como ameaças ocidentais. Em meio às comemorações, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu aos países que evitassem enviar militares para o evento, apontando que isso violaria a neutralidade declarada por algumas nações.

A China tem mantido uma postura oficial de neutralidade desde o início do conflito, embora autoridades ucranianas aleguem que cidadãos chineses tenham sido enviados para apoiar Moscou em território ucraniano.

Xi reforçou a intenção de China e Rússia de proteger a “visão correta” da história da Segunda Guerra, preservar a autoridade da ONU e defender os interesses de ambos os países e da maioria dos países em desenvolvimento. O objetivo, segundo ele, é promover uma globalização econômica mais “igualitária, ordenada, multipolar e inclusiva”.

A visita ocorre em um momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona Rússia e Ucrânia a chegarem a um acordo de paz, após mais de três anos de guerra. Fontes apontam que Washington tem buscado discretamente restabelecer relações com Moscou, o que poderia gerar preocupações em Pequim.

“Há quem diga que a China teme o atual reaproximação entre Rússia e EUA, que poderia provocar mudanças geopolíticas desfavoráveis para Pequim”, relatou de Moscou a correspondente Yulia Shapovalova.

Xi deve ainda assinar diversos acordos para aprofundar a parceria estratégica “sem limites” firmada com a Rússia em 2022, semanas antes da invasão da Ucrânia. A delegação chinesa também deve discutir o projeto do gasoduto Power of Siberia 2, atrasado por disputas sobre custos.

“A pressão econômica de ambos os lados pode levá-los a chegar a um compromisso desta vez”, completou Shapovalova.

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