Vendas influem nos orçamentos: do carro de série para o WRC…
Há duas décadas era assim, hoje não mudou muito, para não dizer, nada. As únicas diferenças é que na altura o mercado automóvel era algo ‘evidente’, mas as marcas sabiam para “onde iam” e o que tinham de fazer. Hoje em dia, a União Europeia pensa uma coisa, a Ásia já está à frente com […] The post Vendas influem nos orçamentos: do carro de série para o WRC… first appeared on AutoSport.

Há duas décadas era assim, hoje não mudou muito, para não dizer, nada. As únicas diferenças é que na altura o mercado automóvel era algo ‘evidente’, mas as marcas sabiam para “onde iam” e o que tinham de fazer.
Hoje em dia, a União Europeia pensa uma coisa, a Ásia já está à frente com outras ideias e a América em quatro anos compromete-se com uma coisa, e nos quatro anos seguintes, muda tudo de novo.
A instabilidade a vários níveis tem sido muito complicada. A indústria automóvel, em 2024, continuou a enfrentar desafios significativos, mas também apresentou sinais de recuperação e transformação.
Em 2024, as vendas globais de automóveis atingiram cerca de 78 milhões de unidades, um aumento em relação aos 75,3 milhões de unidades vendidas em 2023. Apesar das adversidades, como inflação e taxas de juros elevadas, a indústria conseguiu superar os níveis pré-pandemia.
Quanto à taxa de crescimento, embora as vendas globais continuem a crescer, o ritmo desacelerou. A produção global caiu ligeiramente para 89 milhões de veículos em 2024, comparado a 90,5 milhões em 2023. Prevê-se que o crescimento anual médio diminua para cerca de 2% até 2030, influenciado por fatores como eletrificação e novos modelos de mobilidade.
A transição para veículos elétricos (EVs) e serviços de mobilidade como car-sharing e subscrições está a moldar o setor. Em regiões como a China, as vendas de EVs cresceram significativamente (35% em relação a 2022), mas os custos elevados e desafios na cadeia de produção continuam a ser barreiras.
Apesar do aumento nas receitas, a rentabilidade das empresas está sob pressão devido à inflação e mudanças na demanda dos consumidores. Algumas fabricantes enfrentaram quedas acentuadas nos lucros operacionais (EBIT), como Mercedes-Benz (-30,8%) e Stellantis (-75,4%), enquanto outras como General Motors (+37,8%) mostraram resiliência.
No meio disto tudo, e este é um aspeto por vezes esquecido, apesar de essencial, a venda de automóveis continua a garantir a subsistência de uma equipa do WRC, ao mesmo tempo que beneficia dos seus resultados. Como? O patrão da Peugeot Sport, entre 1998 e 2005, Corrado Provera explicou: “Os nossos estudos de mercado indicam que os nossos modelos de série são ‘performantes’, atraentes e competitivos, pelo que o dinheiro que advém da sua venda permite-nos ter uma estrutura profissional e capaz.
Como resultado, as nossas vitórias contribuem para um sentimento de orgulho, da empresa e das pessoas que compram um Peugeot, atraindo, desta forma, mais clientes. Existe uma legitimidade em estar presente no desporto automóvel, desde que se tenha um produto, ou vários, de qualidade, pois se os nossos carros não fossem de qualidade, de que nos serviria estar no ‘Mundial’ de Ralis?
É o fator inicial de qualidade e imagem dos carros de série que leva ao envolvimento de uma marca neste desporto e que, por sua vez, potencia essa imagem junto dos compradores.
Em suma, um ciclo em permanente evolução…” Os concessionários agradecem!The post Vendas influem nos orçamentos: do carro de série para o WRC… first appeared on AutoSport.