Vendas de veículos de nova energia crescem na China e impulsionam otimismo sobre economia

As vendas no varejo de veículos de passageiros de nova energia (NEVs) na China cresceram 33,9% em abril na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA). A taxa de penetração desses veículos no mercado interno atingiu 51,5%, aumento de sete pontos percentuais […] O post Vendas de veículos de nova energia crescem na China e impulsionam otimismo sobre economia apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mai 12, 2025 - 16:34
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Vendas de veículos de nova energia crescem na China e impulsionam otimismo sobre economia

As vendas no varejo de veículos de passageiros de nova energia (NEVs) na China cresceram 33,9% em abril na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA).

A taxa de penetração desses veículos no mercado interno atingiu 51,5%, aumento de sete pontos percentuais em relação ao ano passado. A associação prevê crescimento estável para maio, sustentado por políticas voltadas à promoção do consumo.

Segundo a CPCA, a diversificação do mercado e a inovação constante nas montadoras chinesas devem sustentar o desempenho positivo nas vendas, tanto no mercado interno quanto em exportações.

“Com uma estrutura de mercado diversificada e inovação contínua de produtos, as montadoras chinesas devem manter um forte desempenho de vendas tanto no mercado interno quanto no exterior”, afirmou Wu, representante da associação.

As empresas relataram aumento contínuo na demanda doméstica, impulsionado por medidas que incentivam o consumo, fortalecem a demanda interna e aumentam o poder de compra da população.

O conglomerado Midea Group, do setor de eletrodomésticos, anunciou crescimento de 20,6% em sua receita no primeiro trimestre, somando 128,4 bilhões de yuans. O lucro líquido avançou 38%, alcançando 12,4 bilhões de yuans, segundo informações divulgadas na Bolsa de Valores de Shenzhen.

O professor Xi Junyang, da Universidade de Finanças e Economia de Xangai, afirmou que o desempenho financeiro das empresas listadas reflete o comportamento da economia.

“O desempenho financeiro das empresas listadas é geralmente visto como um barômetro da economia. No geral, os lucros acima do esperado de muitas empresas listadas demonstram a vitalidade do mercado, bem como o forte impulso da economia chinesa”, disse ao jornal Global Times.

De acordo com Xi, o cenário econômico atual, com medidas voltadas à ampliação da demanda doméstica e estímulo à produção tecnológica, deve resultar em bons resultados financeiros para as empresas listadas ao longo do ano.

O economista também destacou o papel do mercado de capitais no processo de modernização econômica, mencionando o aumento de companhias de setores estratégicos emergentes no mercado acionário da China.

No setor financeiro, o Banco Popular da China (BPC) anunciou na última quarta-feira a unificação das cotas de dois instrumentos de política monetária para apoiar o mercado de capitais.

A medida engloba a Linha de Swap de Títulos, Fundos e Companhias de Seguros, com valor inicial de 500 bilhões de yuans, e a linha de reempréstimo de 300 bilhões de yuans, voltada para recompras de ações e aumentos de participação acionária. As duas linhas passam a operar sob uma cota compartilhada de 800 bilhões de yuans.

Para o presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Financeira da Universidade Tsinghua, Tian Xuan, a decisão do banco central representa um estímulo ao mercado. “A medida do banco central envia um sinal positivo ao mercado e ajudará a fortalecer a confiança do mercado e estabilizar as expectativas”, afirmou.

Segundo Tian, a fusão das cotas permite melhor alocação de capital conforme a demanda de diferentes instituições financeiras. Isso tende a melhorar a liquidez, a flexibilidade das operações e a eficiência na utilização do capital, contribuindo para a estabilidade financeira e o desenvolvimento da economia real.

Tian também comentou que as políticas de estímulo à emissão de títulos voltados à ciência e tecnologia devem ampliar as fontes de financiamento para empresas inovadoras e instituições de investimento. A expectativa é de que essas medidas reduzam o custo de capital para o setor, impulsionem a capacidade de inovação e favoreçam a reestruturação da economia chinesa.

O otimismo com o desempenho do mercado chinês também foi registrado por instituições financeiras estrangeiras. O HSBC informou em nota recente estar elevando ligeiramente sua exposição em ações da China.

“Estamos ligeiramente sobreponderados em ações chinesas, com preferência pelos Campeões da Inovação da China, especialmente facilitadores e adotantes de IA”, escreveu Willem Sels, Diretor Global de Investimentos do banco.

A combinação entre o aumento da demanda por veículos de nova energia, os resultados financeiros positivos de grandes empresas e as políticas de suporte ao mercado de capitais compõem um cenário de crescimento gradual da economia chinesa, segundo analistas locais e internacionais.

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