Vasco entrará na Justiça contra a 777 Partners por danos na gestão da SAF

O Vasco da Gama, que recentemente fechou acordo de sete anos com a Nike, anunciou que tomará medidas legais contra a 777 Partners, buscando indenização por prejuízos causados durante o período em que a empresa esteve à frente da gestão da SAF do clube. A informação foi divulgada pelo vice-presidente jurídico, Felipe Carregal, em entrevista ao ge.

“Acredito que o Vasco é credor da 777, por tudo que descobrimos e estamos descobrindo. Vamos buscar indenização porque o que fizeram na Vasco SAF é temerário”, afirmou o dirigente.

Desde maio de 2024, a holding americana não tem mais controle sobre a SAF do time carioca, após uma decisão liminar da Justiça do Rio de Janeiro devolver a administração ao clube associativo, sob comando do presidente Pedrinho.

Entretanto, a empresa investiu R$ 310 milhões, parte dos R$ 700 milhões acertados nos bastidores pela compra de 70% da empresa do Vasco. Assim, os bilionários ainda possuem 31% da agremiação.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) estabeleceu restrições à gestão da equipe. Entre as determinações, está a exigência de autorização judicial prévia para operações financeiras relevantes, como venda de ativos ou reorganizações societárias, garantindo maior controle sobre os próximos passos administrativos do clube carioca.

Outro ponto central da disputa é a definição de quem, de fato, está no comando da 777 Partners. Carregal mencionou um processo em andamento nos Estados Unidos, no qual um credor aponta a seguradora A-CAP como a verdadeira responsável pelo grupo norte-americano.

“Um dos credores apresentou um áudio no qual Josh Wander, ex-sócio-proprietário da 777, afirma que desde 2023 não pode assinar cheques sem autorização da A-CAP. Se essa informação se confirmar, a responsabilidade pelos atos da empresa será de quem estiver à frente dela”, explicou o vice-presidente jurídico.

Recentemente, o Melbourne Victory anunciou oficialmente a saída da empresa de sua estrutura acionária e fechou com um novo investidor: Tony Bloom, proprietário do Brighton.

Recentemente, o Cruzmaltino conseguiu postergar um julgamento que decidiria sobre a liminar relacionada ao controle da SAF, alegando que a 777 precisa esclarecer formalmente quem representa a empresa.

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