TVs estão estagnadas? Onde está a inovação em 2025?
Muitas vezes, o mercado de TVs parece que "carece de inovação", considerando que surgem poucas novidades capazes de mudar por completo a experiência do consumidor. Tendo isso em vista, conversamos com representantes de grandes fabricantes para entender o que esperar de inovação nas TVs em 2025 nos próximos anos, além da estratégia para democratizar tecnologias já existentes. Como transformar sua TV antiga em uma smart TV sem gastar muito? Como escolher o tamanho da TV de acordo com a sala e o sofá IA e experiência do usuário é o foco das marcas Assim como outros eletrodomésticos que usam IA, como o ar-condicionado, a inteligência artificial nas TVs já é realidade. Segundo as marcas, desde as recomendações de conteúdo na interface da TV até na hora de assistir filmes, a IA faz diferença. "A AI no sistema operacional vai entender os costumes do usuário para, a partir disso, sugerir conteúdos de acordo. Neste ano, o nosso portifólio de TVs vai entender quem que está assistindo e tornar a experiência de quem está assistindo melhor. A ideia é aprimorar a experiência, como a imagem, som e sugerindo conteúdos", explica Alexandre Gleb, gerente de produto de TV da Samsung Brasil. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A Samsung trabalha com IA nas TVs deste o sistema operacional Tizen e a imagem, até o papel de parede exibido (Imagem: Divulgação/Samsung) O Google TV, utilizado nas TVs de marcas como a TCL, Hisense, Philips e Toshiba, é conhecido por oferecer recomendações assertivas, já que conecta a conta Google do usuário. Segundo Níkolas Corbacho, Gerente de Produtos da TCL SEMP, o foco do sistema operacional de uma TV deve ser a fluidez, interação simples e muito conteúdo, e o Google TV, para o executivo, se sobressai nestes quesitos. Mas o aprendizado por IA e a fluidez da TV vai além da interface e chega na imagem exibida. Corbacho explica que as TVs TCL com o processador AIPQ contam com inteligência artificial para elevar a experiência: "Com o AIPQ, a TV utiliza todos os seus recursos de hardware para proporcionar a melhor experiência sem que você tenha que pegar o controle remoto nas configurações sempre. A TV literalmente aprende com aquilo que você consome", reforça Corbacho. Diversidade de telas chama a atenção e deve aumentar No quesito telas, a quantidade de tecnologias de painéis disponíveis no mercado aumentou significativamente. Além disso, continuamente as fabricantes apresentam evoluções das tecnologias já existentes. Atualmente, os principais tipos de tela do mercado são: LCD: a tecnologia mais comum do mercado, usa um painel de cristal líquido para filtrar a luz gerada por um backlight (luz de fundo) de LEDs; QLED: a evolução do LED, muito utilizada pela Samsung, mas também presente em outras fabricantes sob variações, utiliza uma camada de pontos quânticos (Quantum Dots) entre o backlight de LED e o painel LCD para proporcionar melhores cores e maior brilho; Mini LED: a melhoria mais significativa do LCD tradicional, o Mini-LED usa LEDs muito pequenos que garantem um melhor controle de iluminação, já que conta com mais zonas de local dimming (escurecimento local). Na prática, o televisor consegue exibir imagens com melhor contraste, pico de brilho e nível de preto. OLED: o OLED é a tecnologia mais premium do mercado e, ao contrário do LCD, dispensa o uso de luz de fundo. Ou seja, cada pixel emite sua própria luz, sem precisar de um painel a mais por trás para iluminá-los. Assim, a TV exibe o preto "realmente preto", cores precisas com alto nível de contraste e melhores ângulos de visão, além de um design extremamente fino. Ainda existem variações, como o QD-OLED, que promete os benefícios do OLED com maior pico de brilho. Segundo Corbacho, os planos da TCL são aprimorar a tecnologia Mini LED para oferecer a melhor experiência para o consumidor com a tecnologia. Vale reforçar que, em tamanhos ultra grandes, a diferença de preço entre uma TV Mini LED e uma OLED costuma ser significativa. Na CES 2025, a TCL anunciou a nova linha de TVs Mini LED QM6K com diversas novidades (Imagem: Léo Müller/Canaltech) Na CES deste ano, a marca reforçou que pretende levar para outro nível aspectos como controle de luz, contraste e fidelidade de cor. No evento, para o Canaltech, a TCL destacou que as novas tecnologias rivalizam diretamente com as OLEDs. A Samsung segue o mesmo caminho de aprimorar as tecnologias já existentes e tornar as TVs premium ainda mais versáteis. Para efeito de comparação, a Neo QLED 8K QN900D consegue realizar um upscaling preciso para 8K graças à IA, de acordo com Gleb. "Se eu tenho um conteúdo nativo em 4K e eu reproduzo ele numa TV 8K, eu consigo chegar, através do upscaling com as redes neurais, por conta da AI, a 90% de 8K, que dá 7.2K. E conteúdos em full HD chegam a 6K. Tudo isso graças às 512 redes neurais", detalhou o executivo.

Muitas vezes, o mercado de TVs parece que "carece de inovação", considerando que surgem poucas novidades capazes de mudar por completo a experiência do consumidor. Tendo isso em vista, conversamos com representantes de grandes fabricantes para entender o que esperar de inovação nas TVs em 2025 nos próximos anos, além da estratégia para democratizar tecnologias já existentes.
- Como transformar sua TV antiga em uma smart TV sem gastar muito?
- Como escolher o tamanho da TV de acordo com a sala e o sofá
IA e experiência do usuário é o foco das marcas
Assim como outros eletrodomésticos que usam IA, como o ar-condicionado, a inteligência artificial nas TVs já é realidade. Segundo as marcas, desde as recomendações de conteúdo na interface da TV até na hora de assistir filmes, a IA faz diferença.
"A AI no sistema operacional vai entender os costumes do usuário para, a partir disso, sugerir conteúdos de acordo. Neste ano, o nosso portifólio de TVs vai entender quem que está assistindo e tornar a experiência de quem está assistindo melhor. A ideia é aprimorar a experiência, como a imagem, som e sugerindo conteúdos", explica Alexandre Gleb, gerente de produto de TV da Samsung Brasil.
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O Google TV, utilizado nas TVs de marcas como a TCL, Hisense, Philips e Toshiba, é conhecido por oferecer recomendações assertivas, já que conecta a conta Google do usuário. Segundo Níkolas Corbacho, Gerente de Produtos da TCL SEMP, o foco do sistema operacional de uma TV deve ser a fluidez, interação simples e muito conteúdo, e o Google TV, para o executivo, se sobressai nestes quesitos.
Mas o aprendizado por IA e a fluidez da TV vai além da interface e chega na imagem exibida. Corbacho explica que as TVs TCL com o processador AIPQ contam com inteligência artificial para elevar a experiência:
"Com o AIPQ, a TV utiliza todos os seus recursos de hardware para proporcionar a melhor experiência sem que você tenha que pegar o controle remoto nas configurações sempre. A TV literalmente aprende com aquilo que você consome", reforça Corbacho.
Diversidade de telas chama a atenção e deve aumentar
No quesito telas, a quantidade de tecnologias de painéis disponíveis no mercado aumentou significativamente. Além disso, continuamente as fabricantes apresentam evoluções das tecnologias já existentes. Atualmente, os principais tipos de tela do mercado são:
- LCD: a tecnologia mais comum do mercado, usa um painel de cristal líquido para filtrar a luz gerada por um backlight (luz de fundo) de LEDs;
- QLED: a evolução do LED, muito utilizada pela Samsung, mas também presente em outras fabricantes sob variações, utiliza uma camada de pontos quânticos (Quantum Dots) entre o backlight de LED e o painel LCD para proporcionar melhores cores e maior brilho;
- Mini LED: a melhoria mais significativa do LCD tradicional, o Mini-LED usa LEDs muito pequenos que garantem um melhor controle de iluminação, já que conta com mais zonas de local dimming (escurecimento local). Na prática, o televisor consegue exibir imagens com melhor contraste, pico de brilho e nível de preto.
- OLED: o OLED é a tecnologia mais premium do mercado e, ao contrário do LCD, dispensa o uso de luz de fundo. Ou seja, cada pixel emite sua própria luz, sem precisar de um painel a mais por trás para iluminá-los. Assim, a TV exibe o preto "realmente preto", cores precisas com alto nível de contraste e melhores ângulos de visão, além de um design extremamente fino. Ainda existem variações, como o QD-OLED, que promete os benefícios do OLED com maior pico de brilho.
Segundo Corbacho, os planos da TCL são aprimorar a tecnologia Mini LED para oferecer a melhor experiência para o consumidor com a tecnologia. Vale reforçar que, em tamanhos ultra grandes, a diferença de preço entre uma TV Mini LED e uma OLED costuma ser significativa.
Na CES deste ano, a marca reforçou que pretende levar para outro nível aspectos como controle de luz, contraste e fidelidade de cor. No evento, para o Canaltech, a TCL destacou que as novas tecnologias rivalizam diretamente com as OLEDs.
A Samsung segue o mesmo caminho de aprimorar as tecnologias já existentes e tornar as TVs premium ainda mais versáteis. Para efeito de comparação, a Neo QLED 8K QN900D consegue realizar um upscaling preciso para 8K graças à IA, de acordo com Gleb.
"Se eu tenho um conteúdo nativo em 4K e eu reproduzo ele numa TV 8K, eu consigo chegar, através do upscaling com as redes neurais, por conta da AI, a 90% de 8K, que dá 7.2K. E conteúdos em full HD chegam a 6K. Tudo isso graças às 512 redes neurais", detalhou o executivo.
TV personalizada para o consumidor já é realidade
Uma das grandes mudanças do mercado atual de TVs, que deve crescer cada vez mais, é a categorização de modelos por público.
No site das principais fabricantes, é possível encontrar páginas dedicadas para exibir TVs por segmento, seja gamers ou focadas em cinema, por exemplo. Da mesma forma, elas também disponibilizam a categorização por tecnologias específicas.
Em suma, nunca foi tão fácil encontrar uma "TV feita para você". Para Gleb, a tendência é de que esta estratégia aumente cada vez mais:
"Antes, as TVs eram só vendidas como um meio de assistir alguma coisa, mas a gente entendeu que o consumidor está ficando mais exigente e existem tipos de consumidor, que não necessariamente vão ser agradados com um tipo só de TV. No futuro, a gente entende que o mercado está cada vez mais nichado e existem nichos pequenos interessantes para a gente entrar. Então, a gente está sempre de olho para criar novas tendências", revelou o executivo.
Desafios para melhorar o som da TV
Um dos principais desafios para melhoria nas TVs é o sistema de som. As TVs modernas estão cada vez mais finas, o que também reduz o espaço disponível para alto-falantes maiores e mais potentes.
Por outro lado, nos últimos anos, as marcas passaram a superar a "potência tradicional" de 20 W RMS e chegam atualmente a 90 W na Samsung com a Neo QLED 8K QN900D e surpreendentes 120 W na TCL com a X955 Max.
Contudo, tais números estão presentes somente em tamanhos ultra grandes, considerando as limitações físicas. Então, as marcas investem em soluções como IA, compatibilidade otimizada com soundbar e um pacote de tecnologias de áudio para realmente fazer a diferença em modelos com, pelos menos, 40 W RMS de potência.
"Não adianta você oferecer um Dolby Atmos e ter um sistema de som de 20 watts e RMS com 2 alto-falantes então não serve para nada o Dolby Atmos, você precisa ter uma solução que oferece o recurso e o software e, ao mesmo tempo, um hardware compatível com isso", explica Corbacho.
TVs já dispensam o uso do controle remoto até no comando por voz
Sem dúvidas, o comando de voz é um dos principais avanços recentes das TVs, tendo em vista a acessibilidade que o recurso proporciona. Entretanto, na maioria das vezes, ainda é necessário usar o controle remoto para ativar a função.
No entanto, TVs como modelos intermediários e premium da TCL e a linha LG OLED evo G, da LG, já dispensam o controle para emitir comandos de voz.
Juntamente com a ampla compatibilidade com a Alexa e apps para celular próprios das fabricantes, como o SmartThings, a tendência é de que cada vez menos os usuários usem o controle remoto para controlar a TV.
Gleb explica que as Smart TVs da Samsung, atualizadas, conseguem realizar comandos complexos via assistente de voz Bixby:
"Hoje, eu consigo pedir vários comandos na mesma ordem que eu der para a TV, para a Bixby seguir o que eu estou pedindo. Por exemplo, selecionar um canal específico, aumentar o volume e colocar no modo filme. Então, esses três comandos vão ser feitos automaticamente de uma vez só. Eu não preciso ficar pedindo uma coisa por vez", explica Gleb.
O executivo explica que "cada um usa a TV de um jeito diferente" e que em um futuro próximo vai ser possível até mesmo controlar a TV Samsung pelo Galaxy Watch.
O que esperar de inovação das TVs?
Em suma, as fabricantes estão trabalhando em novas tecnologias para elevar a experiência atual com as TVs e estratégias para democratizar a esses avanços para a população.
Embora seja necessário que as inovações recentes cheguem a boa parte do público antes de novos lançamentos para a popularização das tecnologias, o futuro das TVs aguarda muitas novidades, como:
- IA nas TVs, incluindo modelos de entrada;
- Novas tecnologias de tela e aprimoramento das atuais, como o MiniLED;
- "TV personalizada";
- Soluções para elevar a qualidade sonora;
- Expansão da conectividade.
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