Trump ou China: CEO da Vale (VALE3) fala sobre as pedras no caminho da mineradora
Gustavo Pimenta participou de teleconferência sobre os resultados da companhia no quarto trimestre e comentou sobre as tarifas do governo norte-americano e sobre a demanda chinesa por minério de ferro The post Trump ou China: CEO da Vale (VALE3) fala sobre as pedras no caminho da mineradora appeared first on Seu Dinheiro.

“No meio do caminho tinha uma pedra”. No caso da Vale (VALE3), as pedras do caminho são duas: Donald Trump e China. E quem diz isso é o CEO da mineradora, Gustavo Pimenta.
Segundo o executivo, o aumento de tarifas de Trump não tem efeitos imediatos na Vale, porém — um importante porém — traz impactos secundários, ligados ao arrefecimento da atividade econômica mundial.
Recentemente, o governo norte-americano anunciou tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA. O Brasil foi diretamente afetado pela medida, já que manda 60% da produção siderúrgica para lá. O Seu Dinheiro contou os efeitos da taxação sobre as companhias brasileiras e você pode conferir aqui.
“Não vendemos minério para os EUA, que é autossuficiente nisso. Mas entendemos que tem efeitos secundários, de arrefecimento e demanda mundial, e que podem gerar impacto. Não vemos impacto relevante agora, mas seguimos monitorando", disse Pimenta durante teleconferência de resultados da Vale no quarto trimestre.
O CEO ressaltou ainda que já teve a experiência do primeiro governo Trump, mas que é preciso aguardar agora. “Já tivemos essa experiência [com o governo de Trump] no passado, e precisamos ver onde isso vai terminar, quais os níveis de aumento das tarifas”, acrescentou Pimenta.
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China: a pedra de sempre no sapato da Vale
A China é uma pedra conhecida no sapato da Vale. A maior compradora de minério de ferro da companhia tenta driblar uma crise com uma série de programas de incentivo do governo.
“Eles [China] tiveram boa performance este ano, crescimento acima de 5%, demanda em torno de 1 bilhão de toneladas de aço. A China deve seguir com ritmo de produção forte, pouco acima de 1 bilhão de toneladas", disse Pimenta.
O executivo comentou ainda que o país segue sendo o principal mercado da Vale e deve manter ou ter leve crescimento na demanda este ano, ligada à diversificação da economia.
Ele lembrou que a demanda chinesa tinha uma dependência muito forte do segmento imobiliário, que caiu substancialmente, mas vem sendo compensada pelos setores de manufatura e infraestrutura.
"Isso fez com que a demanda chinesa por minério de ferro se equilibrasse. E a gente vê outros mercados acelerarem. Há outros mercados na Ásia crescendo ano contra ano, o que faz com que vejamos equilíbrio em 2025", disse Pimenta, citando especificamente a Índia.
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