Trump eleva tarifas sobre produtos chineses para 125% e anuncia trégua com países não retaliadores
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9, um novo aumento nas tarifas aplicadas sobre produtos importados da China, elevando a alíquota para 125%. A medida, segundo ele, tem efeito imediato e foi motivada pela conduta de Pequim no comércio internacional. “Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos […] O post Trump eleva tarifas sobre produtos chineses para 125% e anuncia trégua com países não retaliadores apareceu primeiro em O Cafezinho.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9, um novo aumento nas tarifas aplicadas sobre produtos importados da China, elevando a alíquota para 125%. A medida, segundo ele, tem efeito imediato e foi motivada pela conduta de Pequim no comércio internacional.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, afirmou Trump em declaração oficial.
O anúncio amplia o conflito tarifário entre as duas maiores economias do mundo e sucede uma série de ações recíprocas adotadas nos últimos dias.
Na semana anterior, os Estados Unidos haviam aplicado tarifas de 34% sobre importações chinesas, que se somavam aos 20% previamente em vigor. Em resposta, a China impôs uma tarifa adicional de 34% sobre produtos norte-americanos.
Na manhã desta quarta-feira, o Ministério das Finanças da China comunicou uma nova elevação, estabelecendo tarifa de 84% sobre todos os produtos dos Estados Unidos, também com início imediato. A medida foi apresentada como uma retaliação direta às ações adotadas por Washington.
Em meio ao agravamento das tensões com Pequim, o presidente norte-americano anunciou também uma pausa tarifária de 90 dias para países que, segundo ele, não responderam com medidas retaliatórias às ações dos Estados Unidos. Durante esse período, as tarifas recíprocas com essas nações serão reduzidas para 10%.
“Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!”, declarou Trump.
As medidas intensificam o embate iniciado com a adoção de tarifas globais pelos Estados Unidos, apresentadas por Trump no dia 2 de abril. A proposta incluiu elevações tarifárias para diversos países, com a China entre os principais alvos.
A elevação anunciada nesta quarta-feira marca o terceiro ajuste em menos de duas semanas no quadro tarifário bilateral entre Estados Unidos e China.
Após a implementação inicial da tarifa de 34%, o governo Trump elevou a carga tributária sobre importações chinesas para 104%, movimento que foi posteriormente seguido pela nova retaliação de Pequim, com a alíquota de 84%.
A série de aumentos sucessivos amplia a instabilidade nos fluxos comerciais entre os dois países e gera preocupação entre investidores e exportadores. A escalada tarifária ocorre em um contexto de desaceleração no comércio global e de revisão de cadeias de suprimento por parte de empresas multinacionais.
As medidas também têm impacto nas decisões estratégicas de países que mantêm relações comerciais com ambos os lados. A trégua anunciada por Trump deve afetar acordos temporários com parceiros que optaram por não retaliar os Estados Unidos, abrindo espaço para possíveis renegociações bilaterais.
As autoridades chinesas ainda não se pronunciaram sobre a nova elevação das tarifas anunciada pela Casa Branca. O Ministério das Relações Exteriores da China limitou-se a reiterar que as medidas norte-americanas representam uma violação das normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prejudicam o sistema multilateral.
A OMC confirmou o recebimento de notificações sobre as mudanças tarifárias e informou que está avaliando a situação. Até o momento, não há previsão de reuniões oficiais entre representantes dos dois países no âmbito da organização.
Especialistas em comércio internacional alertam para os riscos de uma prolongada guerra tarifária. A adoção de medidas unilaterais e de retaliações consecutivas tem sido apontada como fator de incerteza para o comércio internacional, com possíveis impactos sobre preços, crescimento econômico e estabilidade de mercados emergentes.
A equipe econômica dos Estados Unidos indicou que continuará monitorando as ações de Pequim e poderá anunciar novas medidas, conforme a evolução do cenário. A nova tarifa de 125% sobre produtos chineses passa a valer ainda nesta quarta-feira, sem exceções ou prazos de transição para as cargas já embarcadas.
Com informações da Reuters
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