10 Fatos sobre Devil May Cry 1

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Abr 21, 2025 - 21:32
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10 Fatos sobre Devil May Cry 1

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Antes de ser o estiloso épico de ação que conquistou milhões de fãs, Devil May Cry nasceu das sombras de uma franquia consagrada. Em um momento de transição criativa, o que seria um novo Resident Evil acabou se transformando em algo completamente diferente — um jogo que misturava elegância, velocidade e caos com um protagonista tão carismático quanto mortal.

Neste vídeo, vamos revisitar os bastidores dessa transformação e revelar segredos curiosos e detalhes que até os fãs mais antigos talvez não conheçam. De nomes esquecidos a inspirações inusitadas, prepare-se para descobrir 10 fatos sobre o primeiro Devil May Cry que mostram como essa obra-prima estilizada quase foi algo totalmente diferente.

Devil May Cry nasceu como Resident Evil 4

Antes de ser o game estiloso que conhecemos, Devil May Cry era, na verdade, uma versão inicial de Resident Evil 4. Hideki Kamiya estava desenvolvendo um novo capítulo da franquia focado em combate rápido e estiloso, mas o projeto acabou se distanciando demais das raízes de survival horror. Foi então que o produtor Shinji Mikami interveio e sugeriu transformar o jogo em algo totalmente novo.

Esse ponto de virada permitiu que a equipe explorasse mecânicas mais ousadas e um protagonista mais agressivo e carismático. E assim nasceu Dante, um caçador de demônios que virou um dos personagens mais icônicos dos games. O DNA de Resident Evil ainda pode ser sentido nos ambientes góticos e na atmosfera sombria do castelo.

O protagonista se chamava Tony Redgrave na versão inicial

Na versão embrionária do jogo, o protagonista se chamava Tony Redgrave, e sua história girava em torno de investigações sobre o próprio corpo, repleto de habilidades sobre-humanas explicadas por biotecnologia. Essa versão era bem mais científica e ainda carregava traços do universo de Resident Evil.

Com a transição para Devil May Cry, Tony foi rebatizado como Dante, e os elementos tecnológicos deram lugar ao misticismo demoníaco. Ainda assim, referências a essa fase do desenvolvimento continuam no jogo: as pistolas Ebony & Ivory ainda tem gravadas nelas as inscrições: "Para Tony Redgrave". Isso seria explicado retroativamente como um codinome usado por Dante durante um período de sua vida.

O nome original do jogo era "Karnival"

Antes de se chamar Devil May Cry, o jogo tinha o título provisório de Karnival, com “K” mesmo, por insistência do diretor Kamiya. O nome chegou a ser usado no jogo: é o nome do biplano que aparece durante a fuga final de Dante e Trish.

O uso do nome “Karnival” refletia a ideia de espetáculo e caos estilizado que Kamiya queria imprimir ao game. Embora tenha sido substituído por um nome mais dramático, essa fase do projeto ajudou a definir o tom exagerado e performático da franquia.

As Inspirações de Dante

Em uma entrevista para a Electronic Gaming Monthly, Hideki Kamiya confirmou as duas principais inspirações para por trás da personalidade sarcástica de Dante: Cobra, o protagonista do anime Space Adventure Cobra, e Joseph Joestar da parte Battle Tendency de JoJo's Bizarre Adventure.

De acordo com o artista Yuichiro Hiraki, Dante estava sendo imaginado como Cobra quando o trabalho de movimentação do personagem estava sendo feito. Em um vídeo em seu canal no YouTube em novembro de 2023, Kamiya reitera que Dante é baseado em Cobra e recomenda que seus espectadores leiam o mangá Space Adventure Cobra.

Expansão em Novel

De forma a dar um backstory melhor explicado a Dante, o primeiro jogo recebeu um prequel em formato de novel, escrita por Shin-ya Goikeda, com supervisão da Kamiya. O livro explora a vida de mercenário de Dante após a morte de sua mãe, quando ele usava o nome de Tony Redgrave como disfarce.

É nessa história que descobrimos alguns detalhes sobre sua vida, como sua amizade com a armeira Nell Goldstein, que construiu pra ele as armas Ebony e Ivory. É onde também inserido Enzo Ferino, o informante e agenciador de Dante. Ele faz contatos, passa trabalhos e aparece inclusive em outros conteúdos da franquia como o anime de Devil May Cry da Netflix

O jogo abandonou os cenários pré-renderizados de Resident Evil

Diferente dos jogos anteriores da Capcom, como Resident Evil, que usavam cenários pré-renderizados, Devil May Cry optou por um sistema de câmera dinâmica com gráficos em tempo real. Isso deu mais fluidez e liberdade aos combates intensos.

A escolha foi essencial para a jogabilidade ágil e cinematográfica do game, permitindo que a câmera acompanhasse Dante com estilo, principalmente durante as batalhas mais caóticas. Foi uma virada técnica que influenciou muitos outros jogos depois.

O Devil Trigger foi uma inovação poderosa

Outro elemento novo que fez sucesso foi o Devil Trigger, uma transformação que aumenta temporariamente o poder de Dante. Durante o Devil Trigger, Dante regenera vida, se move mais rápido e causa mais dano, além de ganhar um visual demoníaco.

Esse recurso se tornou um dos pilares da franquia, sempre presente e com variações criativas em cada novo título. Ele representa não só um recurso de gameplay, mas também a conexão de Dante com suas origens demoníacas.

Nelo Angelo é o irmão de Dante, Vergil

Durante o jogo, Dante enfrenta um misterioso cavaleiro demoníaco chamado Nelo Angelo, que demonstra interesse pela metade do amuleto que Dante carrega. Após algumas batalhas, é revelado que ele é, na verdade, Vergil, o irmão gêmeo de Dante.

Esse plot twist se tornou um dos momentos mais icônicos da franquia, e o personagem Vergil ganharia enorme destaque nos jogos seguintes. A dualidade entre os irmãos e suas visões de poder e humanidade é um dos pilares da mitologia de Devil May Cry.

Trish foi criada por Mundus para se parecer com a mãe de Dante

Trish é introduzida como uma aliada misteriosa, mas depois revela ser uma criação de Mundus, feita para enganar e enfraquecer Dante. Sua aparência é idêntica à da mãe de Dante, o que mexe profundamente com o protagonista.

Mesmo após trair Dante, ela acaba sendo salva por ele, mostrando o lado humano que ainda existe no caçador de demônios. No fim, Trish se redime e luta ao lado de Dante, sendo aceita como parceira após demonstrar emoções humanas — inclusive lágrimas.

O nome da loja muda para "Devil Never Cry" no final

No desfecho do jogo, após a derrota de Mundus e a redenção de Trish, vemos Dante reabrindo sua loja com um novo nome: Devil Never Cry. A mudança representa a nova fase de Dante, agora com uma parceira ao seu lado e um propósito renovado.

Esse nome é um reflexo direto de uma das frases mais marcantes do jogo: “devils never cry”, dita por Dante ao ver Trish chorar, reconhecendo que ela evoluiu além de sua natureza demoníaca. É um fechamento simbólico e poético para a jornada dos dois. No entanto, como o game se tornou uma franquia popular com inúmeras sequências, essa ideia foi ignorada e a loja de Dante voltou a se chamar "Devil May Cry" como se nada tivesse acontecido.

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