Três pílulas do sono comuns que podem aumentar o risco de você ter demência

Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia-São Francisco revelou que o uso frequente de determinados medicamentos para dormir pode elevar significativamente o risco de demência, especialmente entre adultos brancos mais velhos. A pesquisa, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, analisou dados de cerca de 3 mil idosos, monitorados por nove anos. Os pesquisadores observaram que […]

Mai 5, 2025 - 06:44
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Três pílulas do sono comuns que podem aumentar o risco de você ter demência

O sedentarismo prolongado pode estar diretamente ligado ao desenvolvimento da demência em idosos.

Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia-São Francisco revelou que o uso frequente de determinados medicamentos para dormir pode elevar significativamente o risco de demência, especialmente entre adultos brancos mais velhos.

A pesquisa, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, analisou dados de cerca de 3 mil idosos, monitorados por nove anos. Os pesquisadores observaram que o uso contínuo de remédios como zolpidem, clonazepam e diazepam pode aumentar em até 79% as chances de desenvolver demência, dependendo da frequência e da classe do medicamento.

Diferença racial e medicamentos em destaque

A análise revelou um contraste expressivo entre os participantes brancos e negros. Enquanto 58% dos voluntários eram brancos e 42% negros, os primeiros apresentaram maior propensão ao uso contínuo de sedativos e, consequentemente, um risco mais elevado de demência. Já entre os participantes negros, o risco também aumentava com o uso frequente, embora o consumo desses medicamentos fosse consideravelmente menor.

Os especialistas alertam que o tipo de substância utilizada também influencia. O zolpidem, por exemplo, pertence ao grupo dos hipnóticos não benzodiazepínicos, enquanto o clonazepam e o diazepam fazem parte da classe das benzodiazepinas, amplamente prescritas para distúrbios de ansiedade, convulsões e insônia.

O uso frequente de remédios para dormir pode comprometer a saúde cerebral e aumentar o risco de demência.

Terapia cognitiva como alternativa segura

Yue Leng, principal autor do estudo, reforça que a medicação deve ser o último recurso. Segundo ele, a terapia cognitivo-comportamental para insônia é mais segura e eficaz a longo prazo. Para casos em que o tratamento farmacológico é necessário, substâncias como a melatonina podem representar um risco menor — embora ainda sejam necessárias mais evidências científicas.