Tema da Unidos do Viradouro, Malunguinho é símbolo de resistência negra e liderou um dos quilombos mais importantes do Brasil

Tema da escola de samba carioca, João Batista lutou contra perseguição ao povo escravizado, numa área que ia do Recife até onde hoje é a cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Após a morte, evoluiu como mestre e líder espiritual da Jurema Sagrada. Ensaio técnico da Viradouro Alex Ferro/Riotur São de 1817 os primeiros registros históricos sobre a vida de João Batista, o Malunguinho, último líder de um dos quilombos mais importantes de Pernambuco e do Brasil, que este ano é tema da Escola de Samba Unidos do Viradouro, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. De acordo com as pesquisas do professor João Monteiro, o Quilombo do Catucá surgiu onde hoje estão situados os bairros de Linha do Tiro e Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. Com o tempo, se estendeu por Olinda e Paulista, hoje municípios da Região Metropolitana, até alcançar terras de onde atualmente está delimitado o município de Goiana, na Mata Norte do estado. "Naquela época, essas localidades que hoje são bairros periféricos [do Recife] eram zonas rurais, áreas de mata. Foram várias incursões contratadas pela Coroa Portuguesa para dar fim ao quilombo. A história de Malunguinho foi contada por quem o perseguiu e o tratou como bandido por conta do seu ideário libertador. Por isso, é importante o resgate e a salvaguarda da memória do que realmente foi essa forma de organização social", disse o pesquisador, em entrevista ao g1. João Monteiro foi funcionário do Arquivo Público de Pernambuco. Ao longo de quase três décadas, pesquisou tanto, a ponto de participar da criação do grupo de estudos “Malunguinho Histórico e Divino”. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE

Mar 2, 2025 - 08:27
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Tema da Unidos do Viradouro, Malunguinho é símbolo de resistência negra e liderou um dos quilombos mais importantes do Brasil

Tema da escola de samba carioca, João Batista lutou contra perseguição ao povo escravizado, numa área que ia do Recife até onde hoje é a cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Após a morte, evoluiu como mestre e líder espiritual da Jurema Sagrada. Ensaio técnico da Viradouro Alex Ferro/Riotur São de 1817 os primeiros registros históricos sobre a vida de João Batista, o Malunguinho, último líder de um dos quilombos mais importantes de Pernambuco e do Brasil, que este ano é tema da Escola de Samba Unidos do Viradouro, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. De acordo com as pesquisas do professor João Monteiro, o Quilombo do Catucá surgiu onde hoje estão situados os bairros de Linha do Tiro e Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. Com o tempo, se estendeu por Olinda e Paulista, hoje municípios da Região Metropolitana, até alcançar terras de onde atualmente está delimitado o município de Goiana, na Mata Norte do estado. "Naquela época, essas localidades que hoje são bairros periféricos [do Recife] eram zonas rurais, áreas de mata. Foram várias incursões contratadas pela Coroa Portuguesa para dar fim ao quilombo. A história de Malunguinho foi contada por quem o perseguiu e o tratou como bandido por conta do seu ideário libertador. Por isso, é importante o resgate e a salvaguarda da memória do que realmente foi essa forma de organização social", disse o pesquisador, em entrevista ao g1. João Monteiro foi funcionário do Arquivo Público de Pernambuco. Ao longo de quase três décadas, pesquisou tanto, a ponto de participar da criação do grupo de estudos “Malunguinho Histórico e Divino”. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE