Tarifas de Trump vão começar a pesar (nos bolsos dos consumidores): Depois da Shein e Temu, Hermès anuncia aumento de preços
A estratégia implica que o impacto das tarifas impostas por Donald Trump vá pesar apenas no bolso do consumidor norte-americano que pagará esses aumentos na íntegra. A medida entra em vigor a 1 de maio e aplica-se a todas as linhas de produto.


Depois do anúncios das maiores retalhistas chinesas em e-commerce, a Shein e Temu, de que iriam refletir no consumidor o aumento dos custos provocado pela isenção dos “minimis” e das tarifas impostas por Donald Trump, é a vez da Hermès anunciar que também vai aumentar os preços dos seus produtos nos Estados Unidos.
A estratégia implica que o impacto das tarifas impostas por Donald Trump vá pesar apenas no bolso do consumidor norte-americano que pagará esses aumentos na íntegra. A medida entra em vigor a 1 de maio e aplica-se a todas as linhas de produto.
A marca, conhecida pelas célebres malas Birkin e Kelly, está a recorrer ao seu poder de fixação de preços para proteger margens num ambiente comercial volátil, agravado por novas tarifas comerciais norte-americanas.
O anúncio surge dias depois da LVMH reportar uma queda de 5% nas vendas da divisão de moda e artigos de couro, o que permitiu à Hermès tornar-se o grupo de luxo mais valioso do mundo em capitalização bolsista.
Outros grupos do setor como a Moncler e a Brunello Cucinelli apresentaram resultados mais alinhados com as previsões, com crescimentos respetivos de 1% e em linha com o esperado, demonstrando resiliência face ao abrandamento global.