Tarifaço de Trump: Amazon já está com preços mais altos
Tarifas elevadas para produtos que vem da China forçam vendedores a repassar custos e repensar cadeias de produção O post Tarifaço de Trump: Amazon já está com preços mais altos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Há uma década, Aaron Cordovez vende eletrodomésticos de cozinha na Amazon por meio da loja Zulay Kitchen. Hoje, ele enfrenta dificuldades devido à alta dependência da produção chinesa, como mostra a CNBC.
Com as novas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos da China, a empresa tenta transferir a produção para países como Índia e México — um processo que deve levar um ou dois anos.
Enquanto isso, a Zulay está elevando os preços de itens como vaporizadores de leite e coadores de cozinha, que subiram de US$ 9,99 para US$ 12,99. A empresa também reduziu custos, demitindo 19% da equipe e cortando 85% dos gastos com anúncios online.
Fabricação de produtos na China eleva preços
- Esse cenário reflete uma tendência entre os vendedores da Amazon, muitos dos quais dependem da China para fabricar seus produtos.
- A plataforma, onde o marketplace terceirizado representa cerca de 60% das vendas, está sendo diretamente impactada pela guerra comercial.
- Segundo a empresa de software SmartScout, desde o anúncio das novas tarifas em abril, 930 produtos na Amazon tiveram aumento médio de preço de 29%.
- Diversas categorias foram afetadas, como roupas, eletrônicos, joias, utensílios domésticos e brinquedos.
- Grandes marcas, como a chinesa Anker, elevaram os preços de cerca de 20% de seus produtos — por exemplo, um carregador portátil subiu de US$ 110 para US$ 135.
- Vendedoras menores, como Ursteel e Chouyatou, também fizeram reajustes.

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Vendedores já buscam alternativas
Além do impacto nos preços, as empresas buscam alternativas para reduzir prejuízos. A Desert Cactus, sediada em Illinois, tenta realocar parte de sua produção da China para México, Índia e Vietnã.
O custo de importação de uma moldura para placa de carro, por exemplo, saltou de 4% para 170% desde 2016. Já a Pure Daily Care, do setor de beleza, viu o custo de produção de um item subir de US$ 10 para US$ 25, forçando aumentos graduais nos preços para evitar prejuízos com os algoritmos da Amazon.
O CEO da Amazon, Andy Jassy, declarou que a empresa fará o possível para manter preços baixos, mas admite que vendedores terão que repassar parte dos custos aos consumidores.
Diante da incerteza, muitos lojistas esperam que as tensões comerciais entre EUA e China se resolvam antes que estoques e margens se esgotem.

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