Suspeito de furtar 70 artes sacras é alvo de mais uma operação policial
Homem atuava como decorador de igrejas e levava objetos sacros para seu apartamento, na capital paulista, e para uma chácara em Cotia, na região metropolitana

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu obras de arte sacras furtadas de igrejas do Estado em uma chácara em Cotia (SP), na região metropolitana da capital. A operação ocorreu na quarta-feira (9/4) e foi realizada na propriedade de um decorador que prestava serviços para igrejas paulistas.
O suspeito também é proprietário de um apartamento em Higienópolis, na capital, que abrigava uma espécie de museu particular desta arte. Em fevereiro, a polícia encontrou no local 40 quadros, entre eles da família real brasileira, 17 castiçais, 20 imagens feitas em cerâmica e cinco batinas.
Conforme og1, o decorador foi ouvido pela polícia e nega os furtos. "Ele negou a autoria do crime, mas não aponta a origem dos objetos", disse ao jornal o delegado Maurício Druziani.
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Investigação
Imagens de câmeras de segurança deram início à investigação. Na gravação, o suspeito entra em uma sala da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, na região da Sé. Em seguida, ele aparece carregando objetos cobertos por um pano.
Um representante da igreja procurou a polícia para denunciar o furto dos objetos. Entre os itens desaparecidos estava um crucifixo feito em prata maciça e tombado como patrimônio histórico. O decorador confessou para representantes da igreja que levou o crucifixo e o devolveu. No entanto, outras peças continuavam faltando.
A Justiça então autorizou uma busca no apartamento do suspeito, em Higienópolis. A operação em Cotia, por sua vez, é um desdobramento da primeira ação, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
"Policiais civis do 1º Distrito Policial (Sé), cumpriram, nesta quarta-feira (9/4), um mandado de busca e apreensão em uma chácara localizada no município de Cotia, na Grande São Paulo, onde foram encontradas diversas obras de arte sacras. A ação é um desdobramento da operação realizada em 26 de fevereiro, quando os investigadores localizaram peças semelhantes em um apartamento no bairro da Consolação, na Capital", informou, em nota, ao Correio.